OTHER: I'm Fool, by May


I'm Fool

I'm Fool
por May

Dizem que a vida é feita de altos e baixos, mas por que eu sinto que depois de você eu apenas regredi?
Gênero: Angst, Citrus, Deathfic;
Dimensão: Oneshot
Classificação: PG-17
Aviso: O nome Jisung já está sendo usado como personagem secundário, e não pode ser escolhido.

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# Capítulo Único #

 

CAPÍTULO ÚNICO

 

Hoje era pra ser o dia da nossa comemoração de bodas de papel, mas você partiu sem me dizer adeus.

Eu acordava toda a manhã e te via dormir serena, com um sorriso nos lábios. E quando despertava, dizia sonhar com nosso filho que se gerava dentro de você.

Bem, e nós nos preparamos. Compramos uma casa nova, maior... Com um quarto para o bebê.

Você deixou bem claro que, se fosse um menino, o nome dele seria , pois seu melhor amigo tinha esse nome.

Se fosse garota, você me deixaria escolher o nome. Só não podia ser das meninas que ficavam no meu pé durante o colegial.

Você já estava com quatro meses, quando começou a sentir fortes dores. Eu corri contigo para o hospital.

Assim que chegamos, os médicos te deitaram em uma maca e correram contigo para uma cirurgia.

E eu me perguntava, o que diabos fariam nessa cirurgia.

Eu esperei. Sentado naquele sofá duro dentro de onde seria a sua “estadia” durante o repouso. Duas... Três... Cinco horas de cirurgia e você não voltava, e nenhum enfermeiro podia me dar sequer notícia sobre você e nosso filho.

Acabei pegando no sono sentado naquela pedra... Digo, sofá. E quando abri os olhos, você estava na maca, cheia de aparelhos.

Me levantei rapidamente e olhei em seu rosto. Pálido, sem vida... Você parecia uma pessoa morta, meu amor.

Quando a primeira enfermeira passou em frente ao quarto, a aclamei que me explicasse seu estado.

“Ela está bem, só está dormindo.”

A enfermeira era uma amiga de infância minha. Hee Young. Você a odiava de ciúmes, e ela sentia um carinho imenso por você cuidar de mim.

Depois de alguns minutos, o médico responsável por você chegou. Ele me olhou sério, seu semblante me preocupou de primeira. O que aconteceu naquela cirurgia?

“Ela está bem, acordará em breve... A sedamos por conta da cirurgia.”

Ouvir aquilo me aliviou. Senti como se dez quilos fossem tirados dos meus ombros. Mas... Algo faltava.

“Entretanto... Não conseguimos salvar a vida de seu filho.”

Era isso. O nosso fruto que nunca aflorou. Nosso filho não ficou nem ao menos cinco meses perto da gente.

Isso me machucou, sabe? Fiquei tão irado que lhe abandonei, naquele hospital gelado e sem cor.

Depois de umas três horas bebendo. Recebi uma ligação de Jisung, que brigou comigo.

“Ela está apavorada, ! Faça alguma coisa!”

Eu tinha te abandonado! O que eu tinha na minha cabeça?

Não estava sóbrio o suficiente pra dirigir. Apenas deixei o carro lá e liguei para Jisung, pedindo para me buscar e me deixar no hospital.

Quando cheguei, você parecia descansar. Me aproximei da sua maca, e seu rosto estava sereno, como sempre.

Encostei levemente na sua mão, e você falou comigo.

“Achei que tivesse me abandonado.”

E eu realmente tinha. Por algumas horas apenas, mas tinha.

Eu apenas sorri, me fingindo de inocente.

Dias se passaram desde então.Toda noite, você fazia um capuccino, sentava no sofá ao lado da grande janela da nossa casa e o tomava, olhando a luz do luar.

Sua alma sorridente não estava mais ali. Ela foi embora junto com o nosso filho.

Isso se sucedeu por longos três meses. Já tínhamos nove meses de casado.

Enraivecido por conta do trabalho excessivo, você em casa deprimente, minha cabeça estava explodindo. E acabei descontando tudo na bebida, como sempre fazia.

Você me dizia que algum dia eu cometeria uma besteira por conta da bebida. E isso realmente aconteceu.

Eu te traí. Traí sua confiança e você viu com os próprios olhos. Eu, chegando em casa pela madrugada, você me esperando no sofá.

Quando me abraçou em preocupação, sentiu o cheiro de perfume feminino e me olhou séria.

Seus olhos se encheram de lágrimas quando percebeu um batom borrado em meus lábios. Você os limpou e se afastou de mim. Olhou para o chão como se pensasse, e finalmente me levantou o olhar.

Seus olhos... Vermelhos e inchados. Você já chorava antes mesmo de chegar. Você já desconfiava antes mesmo de ver com os próprios olhos.

Você tentou sorrir, e disse que iria dormir. Avisou que havia comida no prato, que já deveria estar fria, mas era apenas esquentar no microondas.

Foi aí que a ficha caiu. Eu não era o homem de antes. Eu não era o que se casou com você. Eu me sentia na puberdade. Um adolescente rebelde, que não respeita a nada e ninguém.

Eu traí sua confiança, e desrespeitei seu sexo. E eu ao menos te pedi perdão.

Tomei um banho gelado e comi a comida gelada. Lavei a louça e fui ao quarto.

Mas antes, passei no quarto do nosso filho. Já estava com as paredes pintadas de branco, que você me ajudou a pintar.

Quando cheguei ao nosso quarto, me deitei ao seu lado. Você já estava adormecida.

Fechei os olhos e, enquanto me afogava no sono, percebi que não era digno de me deitar na mesma cama que você... Mas eu simplesmente não tinha forças para me levantar.

No dia seguinte, acordei com o Sol batendo em meu rosto. Diabos, eu não havia fechado as cortinas.

Percebi um tempo depois que você não estava no quarto. Seu lado da cama, arrumado. A sua parte do armário, vazia.

Você partiu. E não me disse um tchau.

Me levantei e fiz todas as coisas de sempre, como se fosse um dia normal. Fui ao trabalho, levei bronca do meu chefe, ouvi os conselhos de Jisung, briguei com Ong por motivos bestas... A mesma rotina.

Quando cheguei em casa pelo entardecer, avistei uma carta pregada na porta da frente.

Abri-a e li antes mesmo de entrar na casa. Nela, você dizia que precisava de um tempo. Dois meses, era o suficiente para você descansar seu psicológico e podermos conversar sobre nosso relacionamento.

Eu respeitei seu tempo. Era a única coisa que eu podia fazer por você, certo?

Então eu aguardei. Esperei longos dois meses, que pareceram a eternidade. E eu não bebia, não ia para bares, não levava mais bronca, não brigava com Ong... Nem mesmo tinha tempo de escutar os conselhos de Jisung.

Meu corpo e minha alma estavam 100% focados no trabalho.

Os longos dois meses finalmente se passaram. Em menos de três semanas, seria nosso aniversário de casamento, e eu já estava ansioso para nos consertarmos.

Você me mandou uma mensagem, e nos combinamos de nos encontrar aqui em casa, numa sexta feira.

Eu garanti que faria um bom jantar, para podermos relaxar.

E assim fiz. Salada com alface e rúcula que você amava, frutos do mar como prato principal, e torta de cereja para sobremesa.

Comprei o vinho mais caro que achei, pois era uma ocasião importante.

A sexta feira chegou, e junto dela, meu nervosismo de te reencontrar.

Quando o relógio deu 18h00 exatas, você tocou a campainha. Eu lhe atendi.

Você, em um vestido longo, azul turquesa. Você estava mais magra também.

A sala de jantar estava esplêndida. A mesa, a luz de velas. Uma mesa redonda, com duas cadeiras almofadadas.

Te dei a mão, como se fosse nosso primeiro encontro, e puxei a cadeira para você.

“Como sempre, muito cavalheiro, .”

Me elogiou e soltei o maior sorriso da noite. Nos servi a salada e passamos a conversar sobre o que aconteceram nesses dois meses longe.

“Eu fiquei sem fazer nada, apenas comendo sorvete.”

Tu me respondeste e acabei soltando uma risada. Magra do jeito que estava, você realmente só tomou sorvete?

Assim que finalizamos a salada, peguei em sua mão discretamente sobre a mesa. Você sorriu e ruborizou.

Eu já tinha te dito o quão fofa você ficava ruborizada?

Busquei os pratos principais e, assim que lhe servi, seu sorriso deu uma pequena murchada.

“Foi você quem fez?”

Me perguntou e acabei estranhando.

“Foi eu sim. Por que? Não está com uma cara boa?”

“Está sim... É que me surpreendi mesmo.”

Você respondeu sorrindo torto. Mas porque, no êxtase, eu simplesmente acreditei em suas palavras.

Você comia o prato devagar. Assim que terminei, você ainda apreciava o gosto dos frutos do mar e do camarão.

Você expressava seus sentimentos tão bem. Cada expressão de prazer seu por apenas comer daquele jantar, fazia uma luz surgir em meu peito.

Quando aleguei ir buscar a torta, você me pediu um copo de água, e eu prontamente lhe trouxe.

Assim que cheguei com a torta, você sorriu. Estava meio escuro, seu sorriso parecia menor.

Você começou a tossir, e perguntei se estava tudo bem. Alegou que era apenas um resfriado que pegou pela manhã, mas estranhei, pois você não espirrava quando chegou.

Comemos a torta em paz e com menos conversas rolando. Toda hora você parava de comer para tomar um gole do vinho, ou da água. Você revezava.

Assim que finalizamos tudo, te chamei para sentarmos no sofá e resolvermos tudo.

Você me seguiu. A casa estava toda escura, havia apenas a luz das velas sobre a mesa para nos iluminar. Não pude enxergar seu rosto, mas algo me dizia que você sorria.

Nos sentamos e conversamos, finalmente, sobre nós.

Eu te disse coisas lindas. Eu entreguei o meu coração, e você continuava a tossir seco.

Segurei em suas mãos e tracei nossos dedos, como se eu pudesses nos unir para todo o sempre.

Assim que olhei em seus olhos, finalmente percebi que estavam menores que o normal.

“Eu te amo, . Você foi o motivo dos meus sorrisos por longos anos, mas agora... Eu estou muito mal.”

Você não conseguiu continuar. Desmaiou em meu colo.

Soltei sua cabeça no sofá e corri até o interruptor, e quando te olhei, seus lábios sangravam, seu olho estava inchado, assim como seu rosto. Seus braços começavam a se empipocar, e manchas vermelhas surgiam em seu colo descoberto pelo decote do vestido.

Liguei para a emergência, e eles disseram que chegariam em menos de dez minutos.

Corri para o andar de cima e procurei por qualquer roupa sua que ali restasse... Deveria haver alguma.

E havia. Um short jeans e uma camiseta soltinha de quando você estava grávida.

Desci e tirei seu vestido, trocando pela roupa mais confortável.

Nesse meio tempo, seus lábios já estavam roxos e seu corpo todo empipocado. Seu colo e pescoço estavam avermelhados, e seu rosto continuava inchado.

Depois de quinze minutos aguardando, eu já estava irado e nervoso.

A ambulância finalmente chegou e te colocaram na maca. Toda a retrospectiva de você passando mal nos quatro meses de gestação voltaram, mas dessa vez eu podia olhar para seu rosto.

Diabos, o que havia causado isso em você?

Demoramos um pouco para chegar no hospital. Os médicos na ambulância disseram que sua respiração estava baixa, e seu risco era alto.

Descemos da ambulância com pressa e te levaram, e mais uma vez, esperei.

Mas dessa vez, a notícia veio antes de uma hora completada.

“Tentamos de tudo, mas ela não sobreviveu.”

O médico saiu desejando pêsames, mas o meu mundo havia caído.

Eu te perdi. Eu perdi a única coisa que me fazia ter ânimo pra vier. Eu perdi meu motivo pra sorrir a cada manhã. Eu perdi minha razão. Eu perdi o amor da minha vida.

Você partiu, e levou consigo meu coração e meus sentimentos.

E hoje, nosso aniversário de casamento, fazem duas semanas que você se foi.

Eu não quero me suicidar, e não irei, pois sinto que você não quer isso pra mim.

Apenas... Me culpo pela sua morte.

Como eu havia me esquecido da sua alergia com camarões? Você já foi parar no hospital por causa disso, e eu já te conhecia!

Eu sou um péssimo marido... Agora, viúvo.

Mas isso ainda me dói tanto. A minha estrela na Terra se foi, mas agora ela brilha pra mim nos céus.

Todos os dias, me guiando para viver a vida que queria que eu vivesse.

Obrigada por tudo. E me perdoe, por tudo.

De seu eterno marido, e melhor amigo,

.

 

 

~ The End ~


N/A: Eu quero dizer que essa fic mexeu muito com o meu psicológico, eu a escrevi quando eu fui basicamente traída (não pelo namorado que, primeiramente, nem existe)... Espero que tenham gostado bastante <3 kissuris

N/B: Hello, aqui é a beta, vamos dar amor a essa autora maravilhosa e a essa história incrível!!! Vamos comentar!!! *-* By: Pâms *-*


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