SUPER JUNIOR: The One I Love, by Yoja



Ele a conhece na Faculdade de Música e sua primeira impressão não é das melhores. Mas a verdade é que ela perdeu uma coisa muito preciosa em um acidente, e isso faz com que as pessoas a interpretem mal. Essa história foi inspirada pela música "The One I Love" do Suju KRY. 
Gênero: Romance, UA
Dimensão: Longfic
Classificação: Livre
Última atualização: 10/04/14


Tradução: Anny & Nikki | Betas: Anny, KimN & Lyssa


The One I Love

Capítulo 1 - Capítulo 2 - Capítulo 3 - Capítulo 4

 

 

Capítulo 1
~Primeiras Impressões~

 

A primeira impressão nem sempre é a melhor...

————————————————————☆

 

null praguejou, abrindo caminho pelos corredores lotados. Apertou o telefone como se estivesse tentando sufocá-lo, o brilho em seus olhos traía sua raiva. Como se atreviam a tentar enganá-lo? Quase o haviam feito se atrasar para a primeira aula na faculdade. No entanto, não levou muito tempo.

Um pouco da raiva de null diminuiu ao finalmente chegar à frente da sua sala de aula, que parecia muito diferente do que havia imaginado. As salas do corredor onde ele estava, tinham as portas esculpidas em mogno, enquanto nas outras seções da faculdade elas tinham portas lisas simples. null sentiu uma grande vontade de tocar a madeira esculpida. Estendeu a mão para tocar a porta, mas não esperava que ela só estivesse encostada. Suas mãos empurraram  a porta e ele tropeçou para dentro da sala de aula. Uma mulher o cumprimentou.

— Ah, null -ssi, não precisa correr, já que as aulas só começam em cinco minutos. Por que não se senta e recupera o fôlego nesse meio tempo? – perguntou, sorrindo. Sua voz era suave, como seu sorriso, mas afiada. null bufou.

— Omonim, por que não fala assim comigo em casa também? – Sua tia o encarou.

— Talvez se você aprender a respeitar essa pobre senhora, ela o faça! – ela disse. – Oh, e só para constar, fui eu que pedi àqueles dois para pregar uma peça em você.

null a encarou, boquiaberto, e então olhou para o fundo da sala onde dois garotos estavam reprimindo o riso e batendo as mãos. null olhou de volta para sua tia.

— Eu pensei que você era professora de literatura. O que está fazendo aqui? Minha mãe não lhe disse para não interferir nos meus estudos?

— Sua professora é uma velha amiga minha e me pediu para supervisionar a classe antes de começar. Há alguns encrenqueiros aqui, como você deve saber. – Ela olhou diretamente para a parte de trás, onde os dois garotos cochichavam alguma coisa. null franziu os lábios e tomou o caminho em direção a eles, olhando para trás para encarar sua tia.

— Não vou levá-los para almoçar como eu disse que faria – disse null e se deixou cair no assento entre eles. Seus dois melhores amigos prenderam o riso novamente e deram de ombros. null balançou a cabeça e suspirou. Perguntou-se como eles acabaram fazendo a mesma matéria que ele. Foi retirado dos seus pensamentos quando o sinal tocou e marcou o início da aula.

— Bom dia, turma. – A professora entrou. Era uma senhora muito mais velha que a tia de null, mas sua postura demandava respeito. A classe inteira ficou de pé e fez uma reverência para a professora. Ela sorriu calorosamente para eles e gesticulou para que sentassem. – Antes de começarmos, eu gostaria de fazer a chamada.

Durante a chamada, a professora fez questão que todos respondessem em voz alta para demonstrar o poder de suas vozes. Mas ela pareceu ser parcial com o último nome da lista.

null null? Ah, claro. Srta. null, espero que ache o curso aproveitável.

null encarou a garota sentada na frente. Seu cabelo longo cobria o rosto, mas null deduziu que ela era provavelmente filha de alguém podre de rico e estava recebendo atenção especial por isso. Apesar de não ser particularmente rico, null estava acima da classe média. No entanto, ele não foi, como havia presumido sobre a garota, mimado e teve uma vida relativamente comum.

— Ok, turma – a professora começou. – Apesar de que vamos estar estudando a teoria da música nessa aula, nós não vamos começar a matéria hoje. Acho que deveríamos tentar conhecer melhor nossos colegas de classe. Eu vou sortear dois nomes e esses dois vão se apresentar. Ok, então os primeiros dois são Kim Kibum e Kwon Jiyong.

Os dois amigos de null sorriram entre si e se cumprimentaram exageradamente. null assistiu enquanto outras pessoas na classe se emparelhavam até que só ele e null null sobraram.

— Bem, imagino que os rivais pelo primeiro lugar serão obrigados a se conhecer. O jeito de sobreviver nesse mundo cruel é conhecendo o inimigo – a professora sorriu.

null caminhou para frente e se sentou perto da garota. Ela torcia as mãos no colo, mas não ergueu os olhos para ver se ele tinha vindo. null decidiu que deveria começar a apresentação depois de ver sua falta de resposta.

— Ei. Eu sou null e tenho 20 anos. Me formei no Colégio Pyeonghwa e estou me especializando em música e matemática aqui. E você?

A garota parou de torcer as mãos e olhou para a mão estendida de null. Ela continuou encarando, fazendo-o erguer as sobrancelhas.

— Eu lavei a mão, se é isso que te preocupa.

A garota olhou para ele, os olhos sem expressão, mas null finalmente conseguiu ver seu rosto. Ela não usava nenhuma maquiagem, mas ainda era bonita, com o rosto emanando um tipo de poder. Parecia ser alguém com quem não se deveria mexer. Mas null se perguntou como ela havia conseguido a cicatriz rosada, pouco visível, na bochecha direita. No entanto, a garota não fez nenhuma menção de falar com ele, deixando-o perplexo.

— Hm… seu nome é null null, né? Então... er... null-ssi, tem alguma razão para você não querer falar comigo?

A garota continuou a encará-lo, mas não abriu a boca. Ela o olhou por mais alguns instantes e então soltou um longo suspiro. Desviou o olhar dele e baixou o olhar para a mesa, o cabelo longo tirando mais uma vez seu rosto de vista. A raiva de null despertou e ele se recusou a falar mais com ela.

null olhou para a professora em busca de ajuda para sair dessa situação, mas sua primeira impressão dela se provou estar errada. A postura da professora parecia demandar respeito, mas agora ela estava dormindo com a cabeça na mesa, a boca aberta. null enterrou o rosto na mesa e esperou silenciosamente pelo sinal que indicaria o final da aula.

Uma hora mais tarde, enquanto null pegava sua mochila, ele percebeu que a garota andava apressadamente para fora da sala.

— Kibum-ssi, eu insisto para que se sente primeiro.

— Mas Jiyong-ssi, seria rude se eu me sentasse antes de você!

null assistia, indignado, seus dois amigos continuando exageradamente com a dramatização da aula na cafeteria da universidade.

— Então, null-ssi, me permite puxar a cadeira para você enquanto nos fala da moça intrigante que você conheceu?

null deu um tapa na cabeça de Jiyong e se sentou à mesa. Ainda teriam meia hora antes da próxima aula.

— Então, como é a garota? É bonita? – perguntou Kibum. null se lembrou da sua grosseria e pegou o garfo na frente dele e pressionou contra a mesa, quase cravando buracos na madeira.

— É uma pirralha mimada! – exclamou. – Ela mal olhou para mim e muito menos falou. Aposto qualquer coisa que ela é uma dessas princesinhas que têm vinte criados para servi-las e não falam com ninguém abaixo do seu status.

Kibum e Jiyong sorriram e ergueram as sobrancelhas para null.

— Bummie, eu sinto uma trágica história de amor se aproximando – disse Jiyong, dramatizando. Kibum imitou sua pose.

— Eu também, Ji, vejo o verdadeiro amor prestes a brotar desse verdadeiro ódio.

null acertou os dois na cabeça e saiu da mesa.

“Maldita princesa mimada,” pensou.

 


 

Capítulo 2
~Chegando a um entendimento~

 

Depois do agitado primeiro dia de faculdade, null foi finalmente capaz de relaxar. Ele tinha tirado recentemente a carteira de motorista e, de alguma maneira, conseguiu convencer seus pais a lhe comprar um carro. Ele ficou lá sentado se perguntando se deveria ir direto para casa ou simplesmente ir a outro lugar. Decidiu que iria para casa primeiro e depois daria uma volta com Kibum e Jiyong. Isso é, se eles não fossem à alguma festa.

null ligou o motor e deixou o estacionamento da faculdade, ligando o rádio. Ele parou em um sinal vermelho, ainda perto da faculdade. Olhou pela janela e viu a Princesa null sentada sozinha no banco, os livros ao lado dela, esperando pelo ônibus. null abriu a janela e se inclinou ligeiramente para ter uma visão melhor. O que ela estava fazendo pegando o ônibus? Será que não tinha centenas de limusines a seu serviço? Nessa altura, o ônibus chegou e ele viu a Princesa null entrar, deixando um dos livros para trás. Ele estava prestes a chamá-la quando o carro atrás dele buzinou. O sinal tinha ficado verde. Ao invés de ir em frente, ele dobrou a direita e estacionou o carro. Correu de volta até o ponto de ônibus onde o livro foi esquecido.

— Agenda do Estudante de null null – leu na capa. Ele o levou de volta com ele para o carro. Embora não gostasse de pessoas esnobes, não era totalmente maldoso e decidiu devolver a ela na aula do dia seguinte.

✰————————————————————☆

null espalhou todos os livros na cama, procurando pela agenda. Já tinha um trabalho a fazer e sua agenda continha todos os detalhes. Passou a mão pelos cabelos em frustração e caiu deitada na cama. Voltou a se sentar quando sua mãe entrou.

null-yah, como foi seu primeiro dia? – perguntou.

null encolheu os ombros e começou a recolher os livros. Sua mãe sorriu tristemente para ela e se aproximou.

— Se precisar de qualquer coisa, só nos deixe saber. Seu pai e eu sempre estaremos aqui para você.  –  Ela suspirou.

null congelou. Por um segundo parecia que ia chorar, mas então se virou para a mãe e sorriu. Sua mãe sorriu de volta e acariciou sua bochecha antes de se afastar. Quando ela saiu, as lágrimas que tinham ameaçado cair dos olhos de null escorreram silenciosamente.

✰————————————————————☆

null estava de bruços na cama, morrendo de tédio. Jiyong e Kibum já tinham arrumado umas garotas e ido para uma festa qualquer. Ele teria jogado Starcraft, mas estava enjoado depois de jogar sem parar durante as férias de verão. As únicas coisas na TV àquela hora eram os programas chatos para mulheres de meia idade. Não tinha absolutamente nada para fazer. Olhou de soslaio para a mesa e então para o livro em cima de todos os outros.

— Não é violação de privacidade, certo? Quero dizer, hoje foi só o primeiro dia e não pode ter nada pessoal aqui... – null começou a criar desculpas para abrir a agenda. Uns instantes depois, ele estava sentado confortavelmente na cama, a agenda já aberta em seu colo.

— Nome: null null. Eu já sabia disso. Idade: 20. Nós temos a mesma idade. Aniversário... hmm... Tipo sanguíneo... Condições médi—

null encarou a página à sua frente. Ele pensou na aula passada e tudo finalmente fez sentido. Por que ela se recusava a falar ou até mesmo olhar para ele? Por que ela parecia tão rude? Por que a professora parecia favorecê-la? Por um segundo, ele fechou os olhos e imaginou sua vida no lugar dela. Não conseguia sequer começar a entender como ela conseguia viver assim. null rapidamente se colocou em roupas apresentáveis e levou a agenda consigo para fora do quarto.

— Omma, vou sair. Volto em algumas horas – gritou, enquanto disparava para fora da casa.

Um “ok” abafado saiu pela porta batendo.

null olhou na agenda novamente para se certificar do endereço. Então dirigiu procurando pela casa. Quinze minutos depois, ele estava batendo nervosamente na porta de uma casa estilo chalé. A porta se abriu e uma mulher apareceu.

— Oi. Em que posso ajudá-lo?

null se curvou e estendeu a agenda.

— Eu sou colega de classe da null. Ela esqueceu um de seus livros, então eu vim devolvê-lo.

— Obrigada por ter vindo. Quase ninguém visita null mais.

null observou a pequena casa. E pensar que acreditava que ela era uma princesa mimada. Ele olhou para as fotos de null na parede. Em quase todas, ela estava cantando. Ele se voltou para a mãe de null.

— Há quanto tempo ela não... – a voz de null sumiu, perdendo a confiança.

A sra. null suspirou e tocou uma das fotos da filha.

— Dois anos. Faz dois anos desde o acidente.

— Não tem cura? É permanente? – null perguntou.

A sra. null balançou a cabeça.

— Ela não quer fazer a cirurgia.

— Por que não?

— Acho que é melhor você falar diretamente com ela. – Com isso, a sra. null deu meia volta para ir buscar null.

✰————————————————————☆

null queria chorar. Sua agenda continha todos os detalhes do trabalho de artes. E sua ideia para o projeto tinha que ser entregue na manhã seguinte. Ela havia recebido tanta pena indesejada dos professores que queria mostrar a eles que era tão competente quanto qualquer outro aluno.

null ouviu alguém batendo na porta. Provavelmente era só seu pai chegando mais cedo em casa. Alguns minutos se passaram e então null ouviu passos vindo na direção do quarto. Sua mãe abriu a porta e sorriu largamente para ela.

null-yah, um amigo veio vê-la e devolver um livro que você deixou na faculdade.

O coração de null deu um salto. Sua agenda! Mas então algo a atingiu. Um AMIGO tinha vindo?

 


 

Capítulo 3
~Amigos~

null

estava no quarto de null, esperando que ela respondesse de alguma maneira à sua presença. Mas ela continuava a encará-lo como tinha feito na aula. null suspirou.

— Talvez eu tenha sido um pouco rude com você na aula. Eu não tinha noção da sua situação – ele disse.

null olhou para ele por mais alguns segundos e então puxou um bloquinho.

“A maioria das pessoas não se preocupa em falar comigo mesmo depois que descobrem. Por que você veio?” ela escreveu.

null tentou esconder sua excitação por ela ter respondido, mas falhou. Ele sorriu abertamente e disse:

— Por que você seria diferente de outra pessoa? Não pode falar, mas e daí? Também é humana, não é?

O rosto de null permaneceu inexpressivo, mas uma estranha emoção estava se formando dentro dela. Uma emoção que ela não sentia há dois anos. As ações de null haviam sido inesperadas. Ela tinha acreditado que depois das suas atitudes na aula que ele nunca falaria com ela novamente. Ninguém tinha tentado fazer amizade com ela nos últimos dois anos. Mesmo seus velhos amigos a tinham deixado.

— Então... – null começou meio sem jeito. – Nas fotos lá debaixo você estava cantando. Você cantava bastante?

Parecia que null tinha feito a pergunta errada. O rosto inexpressivo de null se tornou magoado. Ele pode ver seus olhos vidrados. Ela mordeu o lábio inferior, tentando o máximo possível afugentar as lágrimas. null estava chocado. Não era sua intenção magoá-la.

— Me desculpe. Eu não quis... Quero dizer… - null pegou a caixa de lenços na mesa de null e se sentou na cama ao lado dela. null pegou um lenço e enxugou o rosto. Então pegou o bloquinho e começou a escrever novamente.

“Eu não queria chorar. É só que eu sempre desejei ser cantora. Depois que perdi a voz, o sonho de toda minha vida foi esmagado.”

null assentiu em compreensão.

— Eu também canto. Entendo sua paixão por isso, mas não consigo imaginar minha vida sem voz. Todo meu estudo de música depende do meu canto. Não consigo nem imaginar o quanto tem sido difícil para você.

null sorriu tristemente e escreveu em seu bloquinho:

“Acabei me acostumando. Além disso, sei tocar instrumentos suficientes para compensar minha falta de canto.”

— Mas sua mãe disse que existe uma cirurgia disponível, mas que você se recusa a fazer. Por quê? Poderia ter sua voz de volta.

null fez uma pausa por alguns segundos antes de responder.

“A cirurgia só tem 50% de chance de dar certo. Se der errado, eu posso perder minha voz para sempre. Enquanto eu não faço nada, ainda tenho esperança e isso me conforta.”

null assentiu e então deu uma olhada no relógio. Ele se ergueu de um pulo.

— Hm... null, te vejo na aula amanhã. Eu deveria estar em casa meia hora atrás.

Ele se virou para partir, mas null puxou sua mão de volta. Ele a encarou com um olhar confuso no rosto. Ela apontou para sua agenda e então sorriu, curvando a cabeça. Ele entendeu que era um agradecimento e sorriu de volta para null. Ele acenou enquanto saía do quarto dela. null tinha se aberto com ele em uma hora mais do que tinha em dois anos com sua família. Mas seria de curta duração. Ele provavelmente não ia querer falar com ela depois que descobrisse como tinha perdido a voz. Ela tinha se referido àquilo como um acidente, mas ele ia querer saber os detalhes futuramente. Ela suspirou, enquanto pegava sua agenda e começava seu trabalho de artes.

————————————————————☆

Depois de uma aula prática de música juntos, null arrastou null para a cantina para encontrar Kibum e Jiyong. Ambos encararam null como se ele tivesse enlouquecido.

— Oi, gente. Essa é a null. Ela está em todas as minhas aulas de música e também faz artes visuais. Espero que vocês também sejam amigos dela – ele disse. Kibum e Jiyong coordenaram seus olhares para null e a olharam de cima a baixo. null podia ver os pensamentos que provavelmente estavam passando pelas mentes deles. Ele deu um tapa em suas cabeças, mas ele percebeu que ela estava mesmo muito bonita em suas roupas.

— Deixa a garota falar por si mesma, seu idiota! – disse Kibum. Jiyong assentiu, de acordo.

— Eu já ia falar sobre isso – null disse – null não pode falar. Então, sejam gentis com ela.

null pegou a caneta e o bloquinho, assim ela poderia se comunicar com os dois garotos. E pela primeira vez em um longo tempo, null se sentiu sendo apreciada por pessoas que não se incomodavam com sua aflição.

 


 

Capítulo 4
~Música~

 

— Ei, null! — null abriu caminho até a mesa onde null estava sentada. — Então, o que está fazendo?

null apontou para o desenho que estava fazendo. Era apenas um esboço de um jardim, mas mesmo assim null ficou encantado com os detalhes. Ela até colocara uma borboleta numa flor.

“Nós fomos designados a fazer o desenho da casa dos nossos sonhos. Eu só quero que minha casa tenha um jardim bonito,” null escreveu. null assentiu e sorriu.

— Acho que quero uma também — ele disse. null sorriu timidamente para ele.

Kibum e Jiyong caminharam até a mesa deles e cada um sentou a um lado de null.

— Finalmente vamos ter aula prática de música hoje. Que instrumento você vai tocar, null? — perguntou Kibum.

“Violino”.

— Kibum e eu vamos fazer rap. Espere ansiosamente por isso — disse Jiyong, pousando o braço ao redor dos ombros de null.

Ela gentilmente se esquivou de seu braço e assentiu para os dois.

“O que você vai fazer?” escreveu e passou o caderno para null.

Ele fez uma pausa antes de responder, o tempo todo olhando para null, se desculpando.

— Eu vou cantar.

null sorriu amplamente para ele e balançou a cabeça.

“Não tem que se desculpar. O que passou, passou.”

Kibum e Jiyong puxaram null para o abraço e disseram ao mesmo tempo:

— Aw, que fofa!

Ela sorriu para eles e escreveu: “Eu pensei que só Kibum estivesse estudando drama. O que há com Jiyong?”

Jiyong lhe deu um sorriso bobo.

— Eu sou o que chamam de multitarefas.

— É multitalentoso, idiota — disse Kibum, batendo na cabeça de Jiyong com um livro.

————————————————————

— Ok, turma, vamos ter uma demonstração das habilidades musicais de cada um — disse a professora. — Vamos começar com o Sr. Kim Kibum e o Sr. Kwon Jiyong que decidiram fazer um dueto de rap.

A classe aplaudiu educadamente. Kibum e Jiyong cantaram Mockingbird do Eminem juntos. A despeito de suas costumeiras atitudes brincalhonas, eles levaram o rap a sério e receberam uma salva de palmas apreciativa da classe. Um por um, os alunos mostraram suas habilidades. A professora havia caído no sono há algum tempo e só acordou quando a turma inteira a gritou. null estava feliz por não poder produzir nenhum som, ou estaria rolando no chão de rir. null também abandonou o “comportamento respeitoso” sobre a professora Hwang e a classificou na mesma categoria que sua tia.

— Nosso penúltimo intérprete de hoje vai ser o Sr. null null. Podemos esperar bastante do rapaz que empatou no primeiro lugar nessa matéria no teste de entrada, não podemos?

null apenas assentiu educadamente e se sentou ao piano. Ele começou a cantar uma música chamada “7 years of love”. null sentiu seu coração falhar uma batida enquanto a voz dele preenchia a sala. Era muito profunda e emocional. A letra triste da música e a voz de null trouxeram lágrimas aos seus olhos. Quando sua apresentação acabou, a classe o ovacionou de pé e a professora estava enxugando as lágrimas enquanto aplaudia.

— E finalmente — anunciou a professora Hwang, — teremos a Srta. null null que empatou com o Sr. null no primeiro lugar. Ela perdeu a voz num acidente trágico, mas vai interpretar uma canção no violino para nós hoje.

null colocou o violino sob o queixo e posicionou o arco sobre as cordas. Então se afundou na sua própria terra de sonhos. null encarava seus movimentos, mesmerizado. Se a performance dele havia sido tocante, então a de null era muito mais. A interpretação o fez sentir uma tristeza que ia além das lágrimas e null se pegou imaginando o quanto ela havia sofrido para trazer aquele tipo de dor e desespero em sua música. No final, a turma estava mesmerizada demais até para falar. Até mesmo a professora. null foi o primeiro a “despertar” e começou a aplaudi-la. Logo, toda a turma se juntou a ele.

— Foi incrível, Srta. null! Qual o nome dessa canção? Eu não reconheci — disse a professora Hwang.

null disse algo na linguagem de sinal para professora, que arfou.

— Foi a própria Srta. null quem escreveu essa música!

Jiyong caminhou até ela e, de maneira pouco sutil, colocou o braço em seus ombros.

— Acho que ela fica logo atrás de mim em multitalentosidade — falou para null e Kibum. null gentilmente se afastou dele enquanto Kibum batia em sua cabeça novamente.

— Isso não é uma palavra, seu idiota.

null sorriu. Ela percebeu que vinha fazendo isso bastante desde que conheceu null e seus amigos. Mas se perguntou como eles reagiriam quando descobrissem sobre o “trágico acidente”.

~Continua~


N/A: Desculpa novamente se isso foi chato, mas é importante pra formação do próximo capítulo...
Anyway, comentem. Comentários são mto bem-vindos ^_^

#Yoja


Gostou? Então, curta e deixe um comentário!