SUPER JUNIOR: Run 'Till You're Out Of Breath, by Sarah B

Run 'Till You're Out Of Breath

 

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RUN 'TILL YOU'RE OUT OF BREATH
by Sarah B.

Você o ama, mas não pode admitir e precisa deixá-lo ir, pelo próprio bem dele.
Gênero: Citrus, Romance, Drama, UA
Dimensão: Shortfic
Classificação: PG-17

Tradução: Nikki - Beta: KimN & Lyssa

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# I # II # III # IV #

 

I

 

— Nós temos que parar — falei, aceitando seu beijo, contradizendo totalmente minhas palavras. Suas mãos deslizaram pela lateral do meu corpo, se aproximando dos meus seios. Eu estremeci de excitação e o trouxe para mais perto. Meu corpo era um traidor.

— Eu quero  — disse , me empurrando com força contra a parede do quartinho.

Seu corpo largo estava quente contra o meu, sua roupa já estava desarrumada. O desejo sexual entre nós era impossível de negar. Não conseguíamos ficar a um metro de distância um do outro, sem que nossas mãos e bocas entrassem em ação.

— Nós já tentamos isso, tentamos ficar afastados. É tão difícil — disse , sugando meu lábio inferior. Eu me inclinei para ele. Seu calor era muito aconchegante. Eu cheguei a me apoiar nele.

De maneiras que eu não devia.

Enquanto estava distraída em meus pensamentos, senti beijar minha testa.

— Pare com isso — me queixei. — Não pode ser carinhoso comigo.

suspirou e pressionou a testa no meu ombro.

— Me desculpe. Eu estou tentando, juro, mas... Ai, Deus, eu não quero te deixar ir.

, por favor! Deveria ser só sexo. É só sexo — eu disse. Meu coração se rebelou à afirmação, porque sabia que eu queria mais que isso.

Claro que o sexo era perfeito, eu nunca tivera melhor; mas era errado.

— Seus pais vão anunciar seu casamento essa noite, nessa festa idiota, e isso vai ter que acabar. É isso, , a última vez antes do fim — eu disse, minha voz estava tensa.

— Isso é idiota! — ele estava agitado. — Nós somos forçados a agir assim por causa dos nossos pais idiotas! Eu já tenho vinte e oito anos, pelo amor de Deus! É ridículo. Por que tenho que me casar com a garota que meus pais escolheram? Não tenho interesse em casar com Lim! Ela é uma boa garota, mas, droga, eu não gosto dela!

Senti meu lábio inferior tremer.

, por favor, pare. Não pode falar assim.

— Eu quero desistir do hotel. Quero que a gente fique junto.

Meus olhos lacrimejavam, mas estava escuro o bastante para que ele talvez não visse.

Eu tinha que colocar um fim naquilo. Ele ia arruinar seu futuro inteiro por minha causa. Quando ele havia começado a ter tantos sentimentos assim por mim?!

, chega! Isso entre nós está acabado. Eu não me importo com você assim. Não gosto de você desse jeito. É só físico. Não sei por que você pensou que havia algo mais, mas—

— Eu te amo! — soou desesperado. Ele sempre evitou se expôr... Por que estava agindo assim agora?

— Não, isso—

Ele agarrou minha nuca e me beijou vorazmente, o outro braço se envolvendo ao redor da minha cintura, me puxando contra seu corpo. Eu queria chorar, sentia as lágrimas ameaçando cair.

O beijo começou rude, mas nunca conseguia ser rude comigo. Era sempre muito gentil e cuidadoso. Como se achasse que poderia me quebrar.

Ele não usou a língua, só a pressão lenta dos lábios, a carícia suave nos meus cabelos, o doce roçar da sua respiração quando nos separamos.

— Por favor, não me rejeite. Eu sei que você sente algo por mim. Talvez não me ame, mas você também quer ficar comigo. Eu posso esperar para você me amar.

Os portões da represa se partiram e as lágrimas correram pelo meu rosto, enquanto minhas feições se tornavam uma tremenda bagunça. Graças a Deus ele não podia me ver. Mesmo que estivesse acabando — porque tinha que acabar — eu não queria que ele pensasse em mim como feia... e ainda que eu quisesse que ele ficasse zangado e me deixasse ir... Qual era o problema comigo? Ele tinha que me odiar!

Empurrei seu peito.

— Case com Lim, é o que todo mundo quer. Eu quero que você se case com ela.

E eu o empurrei para fora do caminho, deixando seu calor acolhedor para trás e saindo do cubículo.

Nosso relacionamento inteiro tinha sido baseado nisso. Escondendo-se para que não nos pegassem e entrando e saindo discretamente de diversas salas. Era um jeito horrível de um relacionamento existir.

Com Lim ele poderia viver abertamente, sem se preocupar com os pais. Sem nenhuma rixa de família.

Eu disparei para o banheiro antes que ele pudesse me seguir. Recostei-me na pia, o longo vestido de noite balançando ao redor dos meus tornozelos.

Era horrível. Minha família frequentava os mesmos círculos sociais que . Que Lim. Eu os veria juntos todo dia pelo resto da minha vida. Eu veria as nuances do seu casamento e o amor crescer entre eles e os filhos que viriam de sua união. O hotel deles iria florescer e eu lentamente perderia contato com o mundo porque eu o amava. Só a ele.

Era ou mais ninguém.

Tentei corrigir a maquiagem, amaldiçoando minha família pela bagunça que eles haviam criado. Eu tinha conhecido desde nova; nossos pais se odiavam, nossos hotéis viviam em constante competição pela liderança na Coreia.

A família de não queria ver uma família de estrangeiros no topo. E aí começou a rixa.

Quando alcancei a adolescência, tomei consciência de quanto era atraente. Ele cresceu para ser um belo cavalheiro. Ele se irritava facilmente e era um pouco violento, mas nunca foi ruim comigo, a despeito do que tinha acontecido entre nossos pais.

Quando cheguei na casa dos vinte, eu resolvi arrumar um namorado, um que me distrairia do fato de estar me apaixonando pelo rapaz que um dia assumiria os negócios da família, como eu faria. Eu estava dançando ao redor de uma mina perigosa.

Quando aquele namorado tentou me pressionar no quarto dos fundos de uma grande festa que várias cadeias de hotéis estavam patrocinando, foi quem chegou e me salvou. Essa era uma das minhas lembranças mais preciosas.

Eu empurrei seus ombros, sentindo a mesa pressionando minhas costas. Estava gritando para que parasse, mas ele estava me forçando, empurrando seus quadris contra minhas coxas, tentando abrir minhas pernas.

Eu gritei por ajuda, mas ele me silenciou, prometendo que eu gostaria daquilo se simplesmente lhe desse uma chance.

— Por favor, pare, eu não quero — eu estava chorando àquela altura, meus braços fracos não faziam nada para lutar contra ele. Ele era muito forte e eu não era páreo para ele.

Ele puxou meu vestido, rasgando um das alças e a costura lateral. O vestido começou a cair enquanto ele puxava. Ele me empurrou contra a mesa, montando em cima de mim.

De repente eu o senti me deixando, ar frio percorrendo meu corpo enquanto ele caía. Eu ergui os olhos para ver lá, socando-o no rosto.

Nunca tinha visto alguém parecer tão zangado antes, a fúria marcada em cada centímetro do seu rosto. Ele gritava e socava meu namorado no chão.

Até que eu chamei seu nome gentilmente.

— eu funguei, tentando enxugar as lágrimas.

Ele olhou para mim, e deixou o homem no chão, correndo em minha direção. Meu namorado fugiu tropeçando. Ele estava chorando. Eu nunca o vi novamente.

— Me desculpe, eu não deveria ter... — disse . — Me desculpe.

Ele tirou o paletó dos seus ombros e me ajudou a deslizar meus braços por ele. Ele fechou um dos botões e alisou meu cabelo.

— Você está bem? — perguntou. Eu assenti.

— Acho que sim. Obrigada, oppa.

E essa foi a primeira vez que o chamei assim. Ele se sentou comigo pelo resto da noite depois de pegar um pouco de comida e bebida para nós.

Eu ri por horas, trocando histórias do terror de crescer com pais obcecados pelos negócios e a solidão das escolas particulares. Tinha se tornado uma noite maravilhosa, a despeito de tudo que tinha acontecido.

tinha a habilidade de fazer uma garota esquecer as coisas ruins, ele era uma pessoa incrível que acabou eliminando as más experiências.

E eventualmente ele se tornou o meu primeiro. Aos vinte e quatro anos, eu finalmente perdi a virgindade. foi paciente e gentil. Eu achava que ele ia só me seduzir, só fazer eu me entregar. Eu tinha ouvido rumores sobre ele.  Mas ele continuou o mesmo.

só gostava de sexo lento. De vez em quando ele queria ser apressado e bruto, mas gostava de aproveitar o momento. Ele sabia como cuidar de mim e trabalhar nossos corpos até o orgasmo.

Era estranho considerando que ele era um esquentadinho.

Nós dois sabíamos que essa relação não ia a lugar algum. Então ambos dissemos que seria só sexo. Eu sabia que era mentira, mas fingia por causa do acordo. Não queria desistir dele.

Quando ele se envolveu em uma briga, foi enviado ao exército pelos pais para ser reeducado.

Nós fizemos um pacto quando ele partiu. Quando voltasse nós fingiríamos que nada daquilo tinha acontecido. Nós passaríamos dois anos separados, ele me disse para arrumar um namorado, um melhor que o primeiro, e nós poderíamos continuar amigos. Nós dois seguiríamos em frente.

Mas quando ele voltou, o violento, impulsivo, havia ido embora. Ele estava maduro e tinha aprendido a controlar seu temperamento.

E na primeira noite da sua volta, ele veio para mim. Perguntou se eu tinha namorado.

Claro que não, porque eu ainda não estava pronta para esquecê-lo.

E então nós caímos na cama de novo. E de novo. E ali estava eu, um ano depois, chorando no banheiro porque o queria e nunca poderia tê-lo.

Portanto agora eu sabia. Ele não estava só brincando em todos esses anos. Ele também tinha se apaixonado por mim.

Uma coisa perigosa.

Mas iria desgastar. Ele se apaixonaria por Lim. Ela era bonita e meiga. Seria uma combinação perfeita. Ninguém poderia negar. Seria bom para eles, bom para os negócios.

E o que era mais importante no casamento que os negócios?

Mas a noite não havia acabado. Eu tinha que sair de lá e mostrar a cara. Tinha que assistir os queixos dos meus pais caírem quando eles percebessem que estaria conectando sua rede de hotéis com a terceira maior do país. Eu estaria em apuros depois disso.

Refiz a maquiagem e encarei meu reflexo mais uma vez. Eu fazia uma imagem lamentável. O amor da minha vida tinha acabado de me fazer uma confissão e eu estava morrendo por dentro.

O fim daquela noite só poderia significar um desastre.

Mesmo assim saí do lavatório e entrei no salão de festas. estava de pé ao lado dos pais, parecendo tão miserável quanto eu.

Porra de vida.

 


 

II

 

Eu observei com os olhos cheios de água, enquanto avançava na direção dos pais.

— Pedimos um minuto de atenção; nós temos um anúncio a fazer. — Era o pai de no microfone.

Todo mundo imediatamente se voltou para olhar, até mesmo meus pais. Qualquer coisa que aquela família tivesse a dizer seria uma mensagem importante que todos queriam ouvir.

— Então, essa é mais do que uma festa comum. Essa noite eu gostaria de apresentar a vocês o futuro da hotelaria na Coreia — o pai dele ia dizendo. — Meu filho e essa bela jovem Hyelim vão se casar nesse outono e nós estamos muito animados pelo o que essa união vai fazer pelos negócios. Esse casamento vai unir dois dos maiores hotéis da Coreia.

Nenhuma menção de amor entre os dois. Nenhuma menção de felicidade. Só de dinheiro e lucros. E hotéis.

Eu limpei meu rosto, sentindo a umidade começando a escorrer novamente. Os aplausos aumentaram.

Eu tinha que dar o fora dali. Mesmo que meus pais ficassem zangados, esse não era mais meu lugar. Agora que eu estava perdendo , não queria mais ter nada a ver com hotelaria. Meus pais poderiam achar um novo herdeiro.

Dei meia volta e me movi em direção à porta, tentando não disparar em alta velocidade. Eu me compeli a me manter lenta e contida. Torci para que meus pais continuassem olhando em choque para a família Kim.

— Espera, ! — Era . Ele havia acabado de gritar meu nome no microfone. — Por favor, espere. Eu tenho algo a dizer.

Eu queria continuar indo, mas aquele era . E ele estava me chamando. Como eu gostaria de continuar andando...

— Pai, eu quero desistir do hotel.

— Não! — eu gritei sem pensar. Cambaleei até ele, de repente me sentindo muito instável nos meus saltos. — , nem sequer pense nisso!

Todo mundo se virou para olhar para mim e então de volta para , que estava parecendo chocado pela minha explosão.

— Jagi...

— Pare! Não pode fazer isso. Você precisa desse negócio. É o seu futuro! — gritei.

Não me importava que as pessoas estavam vendo, que meus pais estavam lá. Que os pais DELE estavam lá. Eu precisava impedi-lo de cometer o maior erro da sua vida.

— Eu não me importo. Pare de agir assim! — disse . — Não é mais só uma aventura. Juro por Deus que eu te amo mais que qualquer coisa nesse mundo. Percebi quando estava no exército que eu não posso viver sem você.

Meu rosto ardeu, indicando que estava vermelho vibrante.

— Não,

Ele esticou a mão e agarrou meu braço, me puxando para perto. Eu fui porque tinha aprendido durante o curso da minha vida adulta que era mais fácil ir até do que fugir.

— Por favor, olhe nos meus olhos e diga que não me ama. Se puder jurar que nunca sentiu nada por mim, então eu vou deixar isso para lá. Vou te deixar ir — disse .

— Vai me deixar ir? — perguntei.

Seus olhos lacrimejaram.

— Vou.

— Fisicamente?

Ele assentiu.

— Emocionalmente?

Ele hesitou. Então meneou a cabeça.

— Eu não posso. Só o que você pode esperar é que eu solte sua mão agora. Você pode me pedir para te deixar em paz, mas acredite, isso não significa que eu vou deixar de te amar. Eu vou pensar em você cada dia da minha vida até morrer, desejando que nossas vidas pudessem ser diferentes.

Minhas mãos tremiam. Eu me vi apertando meus dedos ao redor de sua mão, retornando seu aperto.

— Diga.

Eu aspirei antes de balançar a cabeça.

— Eu não te amo.

Seu aperto afrouxou. Ele deu um passo atrás. Ninguém falou nada pelo instante mais lento da minha vida. Então ele assentiu.

— Ok.

— Ok?

— Vou te deixar ir — ele disse, seus olhos pareciam embaçados.

— Simples assim?

— Vá — ele vociferou. Ele nunca levantara a voz para mim.

Eu me virei e fugi, porque isso era o que eu fazia de melhor quando estava envolvido.

 


 

III

 

Eu pressionei o rosto contra as cobertas, enquanto a TV soava ao fundo. Falava exatamente o que eu não queria saber.

Fazia três meses desde que eu vi naquela noite. Se eu tinha achado que o momento antes de ele dizer ok foi o mais longo da minha vida, eu estava dolorosamente enganada. Esses últimos três meses haviam sido os mais longos. Eu nem percebia a passagem do tempo, estava vivendo em um torpor, incapaz de diferenciar um dia do outro.

Nunca soube como era ter o coração partido até então.

E a TV continuava a zunir, insensível a minha dor.

Hoje à noite o herdeiro da maior cadeia de hotéis da Coreia vai se casar com sua noiva Woo Hyelim a fim de unir as duas famílias. Esse é o evento mais aguardado do ano depois do rompimento ocorrido três meses atrás entre e o amor de sua vida. Muitos dos telespectadores vão recordar a cena que os dois criaram quando proclamou seu amor por ela e ameaçou deixar o ramo de hotéis. A herdeira do Heaven Hotel, no entanto, partiu depressa e ninguém a viu desde...

Ninguém tinha me visto porque eu não estava pronta para ver ninguém. Eu mal estava pronta para ver a mim mesma.

Desliguei a TV e pressionei os olhos fechados. Eu não podia ficar em Seul enquanto se casava com outra mulher.

Busan. Meus tios haviam se mudado para Busan para ajudar a administrar os hotéis que minha família possuía lá. Eu poderia ir à Busan!
Eu saí da cama, voando de um lado para o outro no quarto, jogando roupas nas malas e tentando empacotar minha vida naquelas malas que pareciam pequenas demais.

Corri para o chuveiro, tomando o banho mais rápido da minha vida, antes de me trocar e me enfiar nas pesadas roupas de inverno. Meu cabelo estava molhado, então eu coloquei um chapéu, e calcei as luvas.

Agarrei minhas malas e estava pronta para partir. Descendo a rua, eu estiquei o pescoço para procurar um táxi.

Meu corpo inteiro estava tremendo; eu estava tão nervosa. Essa era uma grande mudança. Uma vez que eu partisse, não haveria volta. Aquela noite se casaria e seria assim.

Eu achei um táxi, sinalizei para ele e me apressei em colocar minhas coisas na parte de trás com a ajuda do motorista.

— Para onde?

— Estação de trem, por favor — disse, com a voz trêmula.

O motorista hesitou.

— Você está bem?

Dei uma risada curta, afiada.

— Tão bem quanto alguém que está fugindo de seus problemas possa estar.

Ele assentiu como se entendesse. E talvez ele entendesse.

Eu fiquei em silêncio pela maior parte da corrida, eu tinha que me convencer de que aquilo era o que eu queria e era o melhor para o futuro de . O motorista preencheu o silêncio com sua calma tagarelice.

— Muito bem, aqui estamos, senhorita — ele disse, me ajudando a pegar minha bagagem. Eu lhe entreguei o dinheiro e sorri.

— Obrigada. Tenha uma boa noite — disse. Ele assentiu e começou a voltar para o carro.

Eu lutei para puxar todas minhas malas para a ala da estação onde poderia comprar o bilhete.

A neve deixara a calçada escorregadia, e eu cambaleava em direção à porta.

Não havia fila, então eu comprei o bilhete e fui para a faixa indicada pela placa.

Fiquei de pé na beirada, sentindo o ar gelado da plataforma aberta. Doía ficar lá sozinha. Lembrava-me que eu tinha estado ali com uma vez, a caminho de Busan.

Respirei fundo. Só mais quatro horas e eu poderia fingir que nada disso estava acontecendo.

— Mamãe, mamãe, é aquele cara da TV!

Ouvi uma voz baixa à minha esquerda, mas não ergui os olhos. Continuei olhando para os trilhos, rezando para que o trem viesse logo. Eu precisava sentar.

— Não, querido... hm... espera...

— Mamãe, era ele na TV! O cara do hotel! Ele estava na capa da sua revista de fofocas.

Dessa vez, a mãe o silenciou, e eu me virei, como se estivesse em câmera lenta.

O vento pareceu aumentar, fazendo os flocos de neve flutuarem em um mini tornado.

. — Meu queixo caiu.

Ele estava lá parecendo tão bonito quanto sempre, o casaco preto apertado ao redor do seu corpo, o lenço tremulando ao vento.

. — Seu nome escapou de meus lábios mais uma vez.

— Não vá — ele disse. Sua voz falhou. — Por favor, não vá.

— Você disse que me deixaria ir. — Ele deu um passo à frente, e ficou mais difícil fazer as palavras saírem. Outro passo.

— Eu menti — respondeu. Ele ficava mais próximo a cada segundo. — Eu disse aos meus pais que me recusava a casar com Lim. Ela não é você, então eu não posso passar o resto da minha vida acordando ao lado dela, todas as manhãs.

Eu sacudi a cabeça, as lágrimas se formando em meus olhos. Isso era exatamente o que eu não queria ouvir. E, ao mesmo tempo, queria ouvir com cada pedaço do meu coração.

— Isso é um erro–

— Pare! Sabe o quanto me machuca quando você diz isso? — perguntou. Ele me agarrou pelos braços, me puxando mais perto. — Perder o hotel não significa nada comparado a perder você. Como pode não ver isso?!

— Eu quero que sua família–

— Meus pais aceitaram — ele disse.

— O quê? — franzi a testa, meu rosto molhado pelas lágrimas.

— Seus pais foram na casa dos meus pais na noite passada. Eles ofereceram uma trégua. Disseram que não vão brigar mais com meus pais contanto que eles permitam que fiquemos juntos. — dobrou ligeiramente os joelhos, chegando seu rosto mais próximo do meu. — Meus pais aceitaram. Eles decidiram tentar e ser amigos assim nós podemos ficar juntos. Nós vamos unir nossos hotéis.

Eu pisquei, insegura do que dizer.

— E Lim?

— Eles não gostam dos pais dela mais do que dos seus. Ao menos assim eles sabem que eu estou feliz. E seus pais querem que você seja feliz também.  Então, por favor, quando eu te disser que eu te amo e que você virá para casa comigo essa noite, você vai concordar e vir. Não lute contra mim. Amor, nós vamos ficar juntos e dessa vez não tem que ser um segredo — disse.

Ergui os olhos para ele, com as lágrimas agarradas aos meus cílios. Com certeza eu havia salvado uma vila inteira na minha vida passada.

— Então?

— Você vai me pedir? — eu engasguei com a risada, estava pesada com a emoção.

— Eu te amo.

— Eu também te amo.

— Venha para casa comigo essa noite.

— Eu vou.

— E eu nunca vou te deixar partir. Você vai ser minha esposa e vai ter meus filhos e nós vamos ser felizes, entendeu?

Eu corri para me pressionar contra seu peito. Seus braços me envolveram sem hesitação. Eu comecei a chorar ainda mais, mas ele se pôs a rir.

— Nós somos um casal patético. Você acha que nós podemos fazer isso? — perguntou.

Bati em seu peito de brincadeira.

— Não diga isso.

Ele riu, dando um passo atrás e puxando minha mão.

— Venha, nós temos que batizar nossa casa nova.

— Nova?

Ele corou.

—Te conto mais tarde.

 


 

IV

 

Ele me carregou para o quarto.

— Por que sempre acabamos no quarto? — perguntei, beijado a lateral do seu pescoço enquanto ele me depositava na cama.

— Você tem sorte por eu deixá-la sair. Eu tenho desejo de te tocar a todo momento — confessou, tirando a jaqueta. Ele se ajeitou entre as minhas pernas, e eu as envolvi em seu quadril, puxando-o com força contra meu corpo. Através da sua calça, eu senti sua rigidez já pulsando em necessidade.

Havia algo de desesperado naqueles beijos, o toque forte da sua língua, a pressão quase esmagadora dos seus lábios. A única outra vez que ele estivera assim foi justo antes de ele ir para o exército.

— gemi. — Você está bem?

— Eu só não quero perder você.

— Você não vai, não dessa vez — disse, beijando-o ainda mais profusamente, as palavras saindo entre os beijos. — Sinto muito por tentar fugir.

Eu senti algo molhado cair minha bochecha, o beijo ainda continuando. Sabia que ele estava chorando nessa altura, mas não queríamos nos separar.

Com as mãos tremendo, como se fosse a primeira vez que fazíamos sexo, nossas roupas foram removidas. Cada toque era elétrico, seus dedos deslizando para baixo nos meus quadris, sua boca fechando no meu mamilo. Eu sugava seu pescoço, mordiscava-lhe o ombro, beijava seu corpo. Eu o fiz rolar, ficando por cima dele.

Ele admirou meu corpo antes de me dar um sorriso que me comoveu. Como ser merecedora de tal amor?

Eu lhe beijei o peito, mergulhando a língua em seu umbigo, traçando o rastro de pelo com o dedo.

— Tenho que fazer isso para você por tentar fugir? — perguntei, erguendo uma sobrancelha.

Ele balançou a cabeça.

— Você não tem que fazer nada.

Eu o ignorei e envolvi a mão ao redor do seu membro ereto, bombeando levemente até que ele estava gemendo meu nome e tentando me tocar em todo lugar que alcançava.

Cobri sua ereção com a boca, tomando tanto quanto pude. Girei a língua ao redor da ponta, provando a pérola de líquido que tinha se acumulado em cima. Eu provoquei a pequena abertura até que ele sacudiu a cabeça.

— Essa noite não, eu estou muito excitado — ele disse.

— Eu mal te toquei — disse, mas estava sorrindo, satisfeita com o efeito que tinha sobre ele, mesmo depois de todo aquele tempo.

— Sem provocação, por favor, não essa noite. Eu só preciso sentir você — ele disse, me puxando contra seu peito. Eu o abracei e permiti que me rolasse para baixo novamente.

Assenti,  gentilmente tocando seu rosto.

— Sem provocação. Eu vou te dar tudo o que precisa.

Com um beijo rápido no meu nariz, ele estava rolando uma camisinha em seu membro e olhando para mim com aquela expressão novamente.

Nossas bocas se encontraram em um beijo quente, molhado, enquanto ele deslizava para dentro de mim. Meu corpo o recebeu facilmente, embora eu sentisse plenamente toda sua extensão.

Meu quadril ondulava lentamente de encontro ao dele, nossos corpos se encaixando com uma facilidade que vinha da familiaridade de um com o outro. Mãos apertadas, dedos entrelaçados, escorregadias com nosso suor, bocas se separando apenas o suficiente para murmurar lisonjas e palavras de amor.

Cada movimento nos levava mais próximos ao limite, cada toque delicado tornava a chama mais quente.

- — solucei, me arqueando para trás. Eu me agarrei a ele.

Ele beijou minha testa. Um arrepio atravessou meu corpo e eu gritei, o corpo contraindo com a liberação.

Meu mundo estava girando, enquanto eu agarrava seus ombros, arfando em sua orelha.

Ele gemeu meu nome, meus músculos internos o pressionando e ele se contraiu em minha direção. Seu gozo o fez morder meu ombro, forte o suficiente para deixar uma marca.

Meu orgasmo durou ainda mais com sua amostra de domínio. sempre era muito gentil comigo, mas era dele deixar um hematoma. Era a evidência física do seu amor.

Ele me envolveu em seus braços, ajeitando nossos corpos embaixo da coberta.

Ficamos em silêncio, as respirações voltando ao normal. Eventualmente eu me virei para olhá-lo, nossos rostos bem próximos, os narizes quase se roçando.

— Vai me falar agora?

— Falar o quê? — Ele franziu a testa.

— Sobre essa casa? — lembrei-o, cutucando sua barriga.

Ele corou e pressionou o rosto no meu ombro.

— Eu comprei a casa para nós antes de ir para o exército.

— O quê? — perguntei, surpresa. — Nós tínhamos decidido terminar...

— Para mim, nós nunca tínhamos terminado — disse . — Eu só pensava em você quando estava no exército.  Sabia que um dia eu teria você para sempre. Eu tive que comprar essa casa para nós.

Fiquei em silêncio por um momento, então eu o abracei apertado.

— Eu te amo.

Ele acariciou meu cabelo.

— Eu também te amo.

— Obrigada por não desistir de mim — minha voz soou abafada contra seu pescoço. Ele beijou minha cabeça.

— Eu nunca vou desistir de você.

 

—Fim—


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7 comentários:

  1. Adorei!!! Continua por favor.

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  2. Meu Santo Paranauê, isso ta muito tudo, tipo você TEM que continuar se não eu pulo do Empire States.... você escreve muito bem sou sua fã

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    1. Obrigada por comentar e me lembrar dessa fic! Havia esquecido dela! rsrs Assim que possível, a atualizaremos! :D

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  3. OMG OMG OMG OMG quando vai ter mais?

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  4. Terminado, meninas! Espero que tenham gostado e obrigada por comentar! :*

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  5. Que perfeito :3 amei e amei, meus sentimentos estão destruídos! Você tem outras fics?

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    1. Que bom que gostou! :) Aqui algumas fics da Sarah:
      http://purple-linefics.webs.com/seducing-mr-cop
      http://purple-line-fics.webs.com/truth-or-dare
      http://purple-linefics.webs.com/welcome-back
      http://purplelinefanfics.blogspot.com/2015/01/other-race-by-sarah-b.html
      http://purplelinefics.webs.com/the-dj-is-mine
      http://purplelinefics.webs.com/why-not

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