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THE JERK NEXT DOOR
por Ash
Você é uma garota normal vivendo feliz com sua família nos arredores de Seul. No entanto, tudo muda quando uma nova família se muda para a casa ao lado. Acontece que eles têm um filho da sua idade. Um filho lindo. Todo mundo o vê como um garoto inocente, disciplinado, estudioso... mas você logo descobre que, por trás daquele exterior angelical, há uma peste disfarçada. Não importa o quando você tente convencer a todo mundo, ninguém acredita em você, nem mesmo seus pais! Cada dia é preenchido com observações arrogantes, provocações, comentários maliciosos e... talvez uma possível atração? Você só consegue descrever em uma palavra: TORTURA. Como poderia conviver com esse vizinho idiota?
Gênero: Romance, UA
Dimensão: Longfic
Classificação: Livre
Tradução: Nikki / Betas: KimN & Lyssa
# Prólogo # Capítulo 1 # Capítulo 2 # Capítulo 3 #
ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔ
PRÓLOGO
Os Novos Vizinhos
Primeiras impressões podem realmente nunca revelar o verdadeiro caráter de uma pessoa. Mas, com toda sinceridade, é da natureza humana julgar as pessoas antes de conhecer. Alguém que pareça o cara mais rude, pode ironicamente ser a pessoa mais doce da face da Terra. Bem, mas isso não era verdade no meu caso. Na verdade, acabou sendo o completo oposto. Tudo começou duas semanas antes das minhas férias de inverno chegarem ao fim. Foi quando ouvi conversas frequentes se propagando pelo quintal da frente da desabitada casa vizinha. Caixas de papelão lacradas estavam espalhadas pela calçada. Alguns homens se esforçavam para carregar as peças de móveis volumosas e sofisticadas para dentro de casa. Isso só podia significar uma coisa: alguém estava se mudando.
Ansiosa para descobrir quem seriam meus novos vizinhos, eu rapidamente peguei um par de binóculos do baú de madeira na base da cama, afastei a cortina da janela e ajoelhei nas almofadas para espionar os vizinhos. Uma mulher jovem desceu de um carro luxuoso acompanhada por um belo homem. Pisquei os olhos através das lentes, a fim de dar uma boa olhada nas suas características faciais. O casal era definitivamente bem apessoado, mas infelizmente eles não eram os vizinhos que eu tinha esperado. Sinceramente, eu esperava por alguém próximo da minha idade, que compartilharia os mesmos interesses que eu. Desde que minha melhor amiga Hyojin se mudou para alguns quilômetros de distância, eu queria desesperadamente um amigo com quem pudesse sair nos fins de semana sem ter que implorar a Hyojin para pegar o ônibus para vir. Ela vinha me visitar ocasionalmente, mas na maioria das vezes era só se—
— Changmin oppa! — uma voz ecoou por todo meu quarto quando a porta se abriu. Eu revirei os olhos e continuei escaneando o gramado do vizinho sem nenhuma preocupação do mundo. Eu não precisava me virar para confirmar quem era.
— O que está fazendo aqui? — murmurei, enquanto via uma sombra aparecer na minha visão periférica.
— Yah, é desse jeito que você cumprimenta sua melhor amiga? — Hyojin perguntou, ajeitando a faixa de cabelo rosa , enquanto se colocava ao meu lado. — Então, oppa ainda não chegou? Não o vi lá embaixo, então achei que ele estaria aqui perturbando a irmãzinha! — ela guinchou como uma garotinha radiante de cinco anos no Natal, juntando as mãos e fitando sonhadoramente o céu azul.
Eu desdenhei e dei um peteleco na sua testa.
— Yah, como pode se chamar de minha melhor amiga? Você só vem aqui para babar no meu irmão!
— Não é minha culpa se seu irmão é muito idiota para captar as pistas de que eu estou apaixonada. — ela reclamou, cruzando os braços no peito. — O que mais ele espera que eu faça?
Eu não pude deixar de rir do comportamenta da minha amiga. Era sempre assim com ela. Desde que pôs os olhos no meu irmão, Changmin, ela se apaixonou desesperadamente por ele. Era louca a ponto de ela me incomodar com detalhes sobre o tipo ideal dele, a cor e a comida favorita. Na verdade, a principal razão por ela ser boa em cozinhar era porque dedicara os últimos dois anos a aprender requintados pratos coreanos na esperança de que um dia poderia cozinhar para ele. A garota basicamente vivia e respirava Changmin.
— Bem, ele não está aqui — eu disse com um sorriso estampado na cara.
— Eh?! Você disse que ele viria hoje!
— Bem, eu tinha que dizer algo para fazer você vir! Ele vai chegar daqui a alguns dias — eu repliquei, rindo.
Hyojin gemeu.
— Que diabos você está fazendo? Não me diga que está espiando!
— Relaxa. Eu só quero saber de que tipo serão meus novos vizinhos.
— Mas mesmo assim, espiando outras pessoas. Isso definitivamente não é você, Shim!
— Eu sei, não é irônico? Normalmente, seria você com o binóculo espiando meu irmão!
— Eu nunca fiz isso!
— Você observou enquanto ele estava dormindo! ISSO É ASSUSTADOR!
— Yah, espera só! Um dia, quando você se apaixonar, vai fazer algumas coisas loucas assim também.
Eu fiz pouco caso.
— Eu? Coisas loucas? Não acredito.
— Veremos — afirmou Hyojin, espreitando por cima do meu ombro para ter uma melhor visão dos vizinhos.
— Então, quem está se mudando?
— Acho que é um casal. Definitivamente não são recém-casados.
— Alguma criança?
— Mmm... Eu não vi nenhuma—
— Espera, quem é aquele?
— Quem?
— Aquele garoto saindo do carro.
Eu rapidamente esquadrinhei o jardim da frente e finalmente me deparei com o Audi preto estacionado na garagem. Um jovem descia do veículo, vestido numa camisa social branca, um blazer azul marinho e calças jeans simples. Eu mal acreditar nos meus olhos. Ele era tão incrivelmente bonito que eu poderia tê-lo confundido com um anjo. Ele casualmente esfregou a nuca e correu as mãos pelos adoráveis cabelos castanho-avermelhados. Sua franja suavemente pousou sobre os óculos de sol azul-escuros, que contribuíam para sua aura misteriosa e deslumbrante. Com o sol brilhando com força na calçada, ele franziu o rosto, claramente irritado com o calor. Então, descoladamente desabotou os primeiros dois botões da camisa e puxou o colarinho para se refrescar.
Eu estava em uma tal espécie de torpor, enquanto testemunhava a visão, que o binóculo quase escorregou dos meus dedos!
— Yah, gwaenchana*? — Hyojin perguntou depois de testemunhar meu pequeno acidente.
[*Você está bem?]
— Ne — respondi ausentemente, enquanto olhava atentamente através das lentes. O rapaz continuou olhando as várias casas ao redor, enquanto segurava com força o que parecia ser um laptop. Seu olhar de repente se virou e olhou diretamente para... MIM!? Meus olhos imediatamente se arregalaram. Como se entendesse a deixa, meu coração começou a bater de maneira irregular. O garoto franziu as sobrancelhas e suavemente abaixou os óculos até a ponta do nariz a fim de ter uma melhor vista de mim.
— ELE NOS VIU! SE ABAIXA! — exclamei, puxando minha melhor amiga para baixo também.
Depois de alguns instantes, nós duas levantamos cautelosamente e vimos que seu olhar afiado ainda estava fixo na janela!! Quase instantaneamente, nos abaixamos outra vez.
— Você viu aquilo? — perguntei com a boca aberta em choque.
— É. Aquele garoto parece capaz de fecundar uma mulher só com o olhar — Hyojin sussurrou, enquanto nós ríamos como uma dupla de colegiais que tinham pregado alguma peça e fugido do diretor.
— Quem está grávida? — veio uma voz da porta. Nós duas viramos o rosto e vimos meu pai de pé no quarto. — Vocês estão espiando os vizinhos?
Nós duas trocamos um olhar nervoso.
— Na verdade, appa—
— Que brilhante! — ele exclamou, se apressando para a janela. — Não sei por que não pensei nisso! Vocês por acaso viram se eles descarregaram um removedor de neve? Assim eu não teria que gastar dinheiro para comprar um novo!
— DÊ MAIS UM PASSO E VAI FICAR SEM JANTA — minha mãe gritou, entrando no quarto.
— Yeobo! Quando chegou aqui? — questionou meu pai inocentemente.
— Não se faça de bobo comigo! Sei exatamente o que vocês estão fazendo! Jagiya, você não está um pouco velho demais para esse tipo de truque?
Meu pai, Hyojin e eu abaixamos a cabeça.
— Já chega disso — ela afirmou gentilmente, fechando a janela e puxando as cortinas. — Agora, por que não descemos como um grupo de pessoas civilizadas e tomamos chá?
— Com o resto daquele bolo de Tiramisu? — perguntou meu pai, correndo pela porta sem nem esperar resposta.
Minha mãe balançou a cabeça.
— Tal pai, tal filho.
— Changmin oppa! — Hyojin guinchou, cobrindo o rosto corado com as mãos. Eu a cutuquei na cabeça para impedi-la de continuar com seus ataques aleatórios de aegyo.
— Tudo bem, garotas, vamos lá — disse minha mãe, nos guiando para a porta. — Antes que seu pai acabe com o resto do bolo.
—✰—
Era quase meia noite e eu ainda não tinha terminado o exercício de Cálculo Aplicado que minha professora passou para as férias. Por que eu sempre deixava tudo para o último minuto? Eu bati a cabeça repetidas vezes contra a mesa, em frustração. Suspirei. Talvez eu conseguisse continuar as 100 questões restantes depois de um banho quente. Precisava dar um tempo daquelas integrais e derivadas, afinal.
Depois de alguns minutos desfrutando o chuveiro quente, eu sai do banheiro de camiseta e short, enquanto secava vigorosamente meu cabelo com uma toalha seca. Assim que entrei no quarto, ouvi uma voz masculina cantando em um tom suave, sem conseguir evitar, me vi envolvida pela música.
Inconscientemente, comecei a me balançar para frente e para trás sob a melodia suave, com os olhos fechados. De repente, o canto parou. Confusa, fui até a janela de onde eu tinha ouvido a música e espiei lá fora. Nenhum dos meus vizinhos estava dando uma festa a essa hora da noite, então de onde vinha aquela voz? Lentamente eu ergui os olhos e vi o mesmo garoto daquela manhã me encarando de volta da janela da casa em frente. Impossível! Isso devia significar que o quarto dele ficava diretamente de frente para o meu! Ele discretamente removeu o fone da orelha esquerda e me olhou com a mesma curiosidade que eu o olhava. Logo seus lábios formaram um sorriso dissimulado. Meus olhos se arregalaram diante da repentina mudança. Dessa vez, ele me examinou atentamente da cabeça aos pés, enviando calafrios a minha espinha.
Ele provavelmente sabia que eu havia ficado hipnotizada pelo seu canto, o que só aumentava seu orgulho. Sorrindo, ele ergueu as sobrancelhas para mim, divertido. Com as mãos apoiadas no parapeito da janela, ele astutamente franziu os lábios, soltando um beijo para mim.
Atordoada, eu cambaleei para trás e bati na estaca de madeira da cama. Eu instantaneamente estendi os braços e fechei as cortinas, me arrastando para a cama. Levei os braços ao peito e, para minha surpresa, senti uma leve palpitação.
Tum tum. Tum tum.
O que tinha acabado de acontecer?
CAPÍTULO 1
Escola
Eu me espreguicei quando ouvi o grito estridente da minha mãe vindo da cozinha na manhã seguinte. Se eu ficasse mais cinco minutos enrolando na cama, não me surpreenderia se ela irrompesse no andar de cima com uma colher de pau na mão, pronta para me dar umas palmadas. Sentei-me na cama e prendi meu cabeço bagunçado em um coque, antes de correr para o banheiro para me aprontar. Depois de me enfiar em uma calça jeans e uma blusa rosa de chiffon, penteei o cabelo apressadamente e me lancei em direção à cama para pegar a mochila.
Em cima da mesa de cabeceira, eu notei a foto que tinha tirado com meu irmão no parque de diversão. Eu sorri. Fazia um tempo desde a última vez em que eu o vi. Mamãe criou meu irmão com disciplina rigorosa, principalmente porque ele era o mais velho e porque meu pai carecia de talento na área de habilidades parentais e tendia a ser mais uma criança. Parecia plausível que ela continuasse esse estilo comigo também, mas nunca foi tão severa quanto com Changmin . Já que eu era a caçula e única menina, minha família era louca por mim.
Meu irmão sempre teve talento e amor pela música e eu estava bem ciente disso. Havia noites em que ele se esgueirava para fora de casa a fim de participar de apresentações de rock com sua banda, já que ele sabia que mamãe desaprovaria.
Mas então, numa tarde de sexta chuvosa, o sonho dele finalmente se tornou realidade. Lembrava-me distintamente dele correndo pelo caminho de pedra até a porta da frente, enquanto acenava freneticamente com um pedaço de carta na mão.
— Yah, eu entrei! – ele exclamou. – Entrei na Academia de Música de Seul! – Eu estava tão feliz por meu irmão que imediatamente pulei em seus braços e o abracei apertado.
— Oppa, estou tão orgulhosa de você! – exclamei e depositei um beijo em sua bochecha. – Sabia que você conseguiria!
Ele imediatamente se sacudiu do aperto depois da minha exibição entusiasta de afeto. Não importava o quanto ele resistisse, eu continuei apertando suas bochechas e fazendo biquinho já que sabia que isso o irritava.
— Aish! Já não te disse para não me beijar em público!
— Aigoo, não fuja do amor, oppa!
— Yah! Cai fora! Meus amigos estão bem ali na porta!
Fiz beicinho e em seguida olhei por sobre seus ombros para ver o resto da sua banda gargalhando. Eu sorri. Conhecendo seus amigos, eles definitivamente iam provocá-lo por isso por toda a eternidade. Mas a despeito do quanto eu o torturasse, eu sabia que ele me amava mesmo assim.
Infelizmente, aquele momento feliz foi arruinado depois que minha mãe descobriu. Ela ficou perturbada. Changmin , no entanto, não recuou. Pela primeira vez na sua vida, ele saiu da sombra de mãe e deixou claro que era isso que queria fazer pelo resto da vida. Levou meses para convencê-la, mas finalmente, ela concordou. No entanto, dava para dizer através de seu olhar e do tom de voz quando ele vinha visitar durante os feriados que ela não o apoiava completamente. Por causa dessa experiência com meu irmão, ela se tornou excessivamente protetora comigo.
— Oppa, estou com muita saudade! Venha logo para casa, ok? – beijei a foto e a coloquei de volta na mesa. Checando a hora, eu notei que tinha só 15 minutos antes do primeiro sinal tocar. Eu me desesperei e disparei escada abaixo.
— , você tem que comer antes de ir! – exclamou meu pai, antes que eu me lançasse porta a fora. Eu gemi e enfiei um pedaço de torrada na boca e peguei uma barra de granola do balcão.
— Aish, olhe com essa garota come – minha mãe proclamou, enquanto fazia ovos mexidos. – Como vai se casar assim?
— Por que eu me casaria, de qualquer jeito? – declarei, antes de beber um pouco de suco de laranja para ajudar o pão a descer.
— Para me dar netos!
— Omma, eu não tenho que estar casada para te dar netos! – repliquei maliciosamente.
— Aish, essa garota safada! Yeobo, você ouviu o jeito que ela falou comigo? Aigoo! Vou ficar cheia de cabelos brancos com todo esse estresse!
Eu sorri diante do mini caos que eu tinha acabado de criar, enquanto meu pai simplesmente ria. Antes que o drama pudesse prosseguir, eu escapuli pela porta e alcancei à calçada.
Era uma bela manhã de primavera. As canções alegres de pardais e gralhas azuis que circulavam pelas ruas eram melodiosas o suficiente para elevar o espírito de qualquer um. Algumas pétalas de flor de cerejeira pousaram graciosamente no meu cabelo, enquanto eu passava por baixo das árvores. Eu parei um momento quando passei pela casa do vizinho. Só então os eventos da noite passada me atingiram. O garoto da janela! Minha mente rapidamente repassou a cena onde ele franzia os lábios e me mandava um beijo. O pensamento me fez estremecer. Aquilo tinha mesmo acontecido? Ou eu imaginei? Parecia tão surreal.
Balancei a cabeça numa tentativa de livrar minha mente daquela imagem arrepiante e continuei meu caminho para a escola. À medida que me aproximava dos portões, eu notei um casal namorando diante dos muros de pedra. Ambos eram definitivamente da minha escola. Eu não podia distinguir seus rostos já que o cara estava muito ocupado fuçando o pescoço da garota. Fiz uma careta de desgosto, extremamente enojada com a cena. Demonstração pública de afeto era algo que eu não conseguia tolerar. Era muita falta de noção e consideração com as pessoas ao redor. Da minha parte, eu me perguntava como eu ia passar pelos dois idiotas para ir para a aula.
— Droga – murmurei e tentei chegar um pouco mais perto enquanto eles se afastavam um do outro.
— Obrigado pela ajuda, querida – disse o garoto, pegando um livro da mão da garota. – Te vejo por aí. – Ele piscou e correu os dedos pelos cabelos castanhos avermelhados. Eu arfei. Era ele. Aquele esquisito da casa ao lado! ELE IA ESTUDAR NA MINHA ESCOLA? DROGA!
Abaixei a cabeça e passei pelos dois o mais rápido possível, esperando desesperadamente que ele não me visse. Ele estava na escola só por um dia e já tinha namorada? Droga, ele trabalhava rápido! Assim que alcancei meu armário, respirei pesadamente tentando colocar algum oxigênio para dentro dos meus pulmões.
— Eu sabia! – exclamei. – Sabia que ele era um louco pervertido!
— ! – uma voz trovejou pelos corredores. Eu imediatamente estremeci depois de ouvir aquela voz. Só podia pertencer a uma pessoa. Uma pessoa que fazia seu dever de me torturar todo dia. Eu me virei e me curvei respeitosamente.
— Ne, Kang seonsaeng-nim (professora) – disse, puxando uma mecha de cabelo para trás.
— -yah! Você viu os resultados da prova?
Claro, dã! Não precisava esfregar aquilo na minha cara.
— Ne.
— É só isso? Isso é tudo o que tem a dizer?
Eu me encolhi. Alguns estudantes passaram, rindo entre si enquanto eu era repreendida.
— Hmm... O que eu deveria dizer?
— Aigoo, o que vou fazer com você? Por que não pode ser mais responsável como seu irmão? Quando ele estudava nessa escola, era um estudante modelo.
— Ne.
— Anote minhas palavras. Se você não estudar, o monstro do cálculo vai continuar devorando suas notas em todas as provas! Está me entendendo?
— Ne.
— Agora, vá para sua sala. Você já está atrasada.
Eu me curvei mais uma vez e fui para a aula. Infelizmente, minha primeira aula era de cálculo. A Sra. Kang aproveitava cada oportunidade para tornar minha manhã um verdadeiro inferno. Tudo, desde bater os pagadores, limpar as mesas, lavar o quadro e até mesmo varrer o chão, eventualmente pousava sobre mim. Ela sabia que eu era acomodada então amava me torturar. Não que eu fosse extremamente preguiçosa. Na verdade, eu me esforçava em todas as matérias, só não conseguia entender alguns conceitos.
— Você foi repreendida pela mulher-demônio mais uma vez? – perguntou Hyojin enquanto eu tomava meu assento. Eu fiz biquinho e enterrei o rosto nas mãos. De repente, meu rosto se ergueu quando me lembrei do meu vizinho no portão.
— Yah, você não sabe quem eu—
— Muito bem, turma, sentem-se – disse a sra. Kang entrando na sala. — Temos um novo estudante conosco hoje. — Ela se virou em direção à porta enquanto um garoto entrava. Meu olhos se arregalaram imediatamente. Uma onda de murmúrios preencheu a sala. As garotas cochichavam e riam sobre como ele era lindo.
— Annyeonghaseyo. -imnida. Prazer em conhecê-los.
— Ei, não é aquele garoto atraente que nós vimos se mudando? – perguntou Hyojin .
Tentei responder, mas estava muito chocada para fazê-lo. De todas as turmas, porque ele tinha que estar logo na minha?
— Você disse ? – perguntou um dos garotos. — Então quer dizer que seu pai é o dono da escola!
riu.
— É, tem razão.
— Poxa, cara, sua família deve ser cheia da grana! – exclamou outro garoto.
— Muito bem, já que você é novo aqui, nós precisamos de alguém para te mostrar o lugar – disse a sra. Kang, vasculhando a sala em busca de um estudante.
Em poucos segundos, cada garota da sala levantou a mão no ar. Eu imediatamente me abaixei, evitando qualquer tipo de contato visual com ela.
— -yah, obrigada por se voluntariar. – Eu ergui a cabeça da mesa e gemi. — Você pode mostrar os arredores para ele durante o intervalo. -ah, sente-se atrás dela.
sorriu, seus olhos nunca se desviando de mim. Ele andou casualmente na minha direção com tanta graça e estilo que podia ser confundido com um modelo. Senti um arrepio na espinha quando ele sentou atrás de mim. Enquanto isso, a sra. Kang começou a ler alguns anúncios antes da aula.
A cadeira dele rangeu quando se inclinou por cima da mesa de modo que eu senti seu hálito quente no meu pescoço.
— Eu me lembro de você — ele sussurrou roucamente na minha orelha, fazendo os cabelinhos da minha nuca se arrepiarem. — Você é a gatinha da casa vizinha que não conseguia tirar os olhos de mim. Então seja sincera comigo, linda. Espionar é um hábito regular seu?
— Eu não estava espiando! — eu exclamei tão alto que a classe inteira se virou para me encarar, enquanto Hyojin erguia as sobrancelhas para mim. Senti minhas bochechas esquentarem imediatamente.
— -yah — repreendeu a sra. Kang. — Gostaria de compartilhar sua história com o resto da classe?
— Aniyo, eu sinto muito – respondi, embaraçada. A sra. Kang suspirou e continuou com seus avisos. Eu ouvi uma risada suave atrás de mim e me afundei no assento em humilhação. Esse ia ser um semestre agitado.
CAPÍTULO 2
— Análise comportamental — enunciou o professor Lee, de psicologia, — alguma ideia do que pode ser ou onde é usado? — A turma inteira se encolheu em suas cadeiras, recusando a encará-lo nos olhos. Ele andou até a carteira de Hyojin e bateu na mesa dela.
— Srta. Park?
Hyojin o encarou com um olhar sonolento. Não havia dúvidas de que ela estava dormindo na aula, coisa que ele não apreciava.
— Seonsaeng-nim, qual é o ponto de perguntar quando você vai nos explicar de qualquer jeito? — ela se queixou junto com o resto da turma. — Por que simplesmente não segue meu método? No final do dia, nós não perturbamos você e você não nos pertuba!
Aish, aquela garota!
O professor Lee suspirou e massageou a testa. Eu conhecia aquele olhar, significava: “Por que inferno eu sequer estou aqui?”
— É uma ciência baseada nos fundamentos e princípios do comportamento — veio uma voz forte de trás da sala. Meus sentidos se tornaram alerta quando percebi quem estava falando.
— — disse suavemente o professor com um sorriso no rosto. — Sabia que poderia contar com você. Por favor, continue.
Apesar de não poder vê-lo, eu poderia dizer que ele estava sorrindo. Não era difícil de perceber pelo som da sua voz. Parecia como se ele realmente quisesse estar na aula.
— É um ramo da psicologia que é usada principalmente em investigações criminais, uma vez que fornece uma luz para saber se uma pessoa está mentindo ou não. É uma tática útil para... ler as pessoas.
— Ler as pessoas? — um dos garotos perguntou. — Isso não é especulação?
— Talvez — declarou , — mas serve como um guia. Tome por exemplo.
Eu imediatamente enrijeci.
— Desde o momento em que me sentei, ela se distanciou de mim, então eu posso dizer que ela está muito nervosa nesse momento.
A classe riu. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo.
— Interessante, prossiga — disse o sr. Lee olhando para mim com diversão.
— Ela sempre ajeita o cabelo e a camisa, então eu suponho que ela se sente um pouco insegura. Sua respiração está curta, mas rápida. Ela deve adorar a atenção... da minha parte.
Poderia ser mais humilhante? Meus olhos se desviaram para Hyojin que me encarou de volta com uma expressão estupefata no rosto.
— Isso definitivamente não é verdade — disse, um pouco sem fôlego.
— Negação — replicou calmamente.
Apesar dos sussurros e risadinhas por toda a sala, continuou com sua avaliação.
— Ela tenta criar uma barreira, cruzando os braços e as pernas, que por sinal são lindas.
Meu queixo caiu. O riso se espalhou pela sala. Tentei gritar, mas estava traumatizada demais pelo que estava acontecendo que não consegui fazê-lo.
— Sempre quando ela passa as apostilas para trás, evita qualquer tipo de contato visual e seu rosto fica tão vermelho quanto um morango. — Com esse comentário, eu senti um repentino calor se espalhando pelas minhas bochechas. pausou por um segundo e riu baixinho. — Aposto que ela está corando de novo, né? Estou achando que ela ou está envergonhada pela minha avaliação ou tem uma queda por mim. Querem minha opinião sincera? Acho que é provavelmente a segunda.
Era o suficiente! Eu imediatamente me ergui da cadeira.
— Seonsaeng-nim, isso não é um pouco demais? Você não vai pará-lo?
— Por quê? — reprimiu o professor Lee. — Por responder a minha pergunta? Ele forneceu mais estímulo para minha aula nos últimos minutos do que você já me deu no semestre passado inteiro! Sente-se!
Eu suspirei e abaixei o olhar para o chão, enquanto meus colegas de classe riam. Colocando o cabelo atrás da orelha desajeitadamente, eu voltei a me sentar.
O sr. Lee voltou sua atenção para . Ele colocou a mão sobre o coração e suspirou.
— Obrigado, . Com sorte, eu não vou acordar gritando no meio da noite sobre por que eu fui me tornar professor.
sorriu e respondeu:
— Você subestima suas capacidades, seonsaeng-nim. Da minha perspectiva, acho que você é um professor brilhante.
Eu rolei os olhos. Ah, aquele pequeno puxa-saco! Esse moleque era uma verdadeira aberração maligna! Não havia chance de todos os professores serem tão ingênuos a ponto de acreditarem em sua fachada. Eu vi através dele e ia revelar o verdadeiro por trás da máscara.
— Na verdade, acho que nunca tive tanta diversão em aula antes.
Diversão? Que abusado! Eu tentei desesperadamente sobreviver à aula pelos próximos 40 minutos sem ter que lidar com mais nenhuma questão ridícula. Assim que o sinal para o almoço tocou, recolhi meus livros e me levantei da carteira. Encontrei com Hyojin enquanto caminhava na direção da porta.
— Yah, a aula de hoje foi totalmente estranha. — Eu gemi quando uma réplica rápida dos comentários do piscaram em minha mente.
—Ah qual é, ele só estava jogando conversa fora como qualquer moleque.
— Não o defenda! Ele é mau!
— Você está se ouvindo? Tem ideia do quanto isso soa ridículo? Querida, garotos serão garotos. Esse é um fato comum. Aprenda, Memorize. Devore.
Eu suspirei e atravessei a porta.
— Yah — Hyojin exclamou atrás de mim. — Não vai mostrar os arredores ao aluno novo? A sra. Kang queria que você o fizesse.
Eu bufei e olhei de volta para que ainda estava sentado em sua cadeira com uma expressão distraída no rosto. A Abelha Rainha da escola, Tiffany, empoleirou-se em cima da mesa dele enquanto ajeitava a saia. Eu não sabia sequer porque ela perdia tempo já que a bainha mal passava quatro centímetros da sua cintura de qualquer maneira. Mesmo que se esforçasse para tentar parecer feminina e adequada, estava claro que a única coisa que tinha em mente era sedução. Ela se inclinou na direção dele, ignorando completamente o fato de que estava vestindo uma blusa decotada, e ajeitou a gola dele.
Eu quase engasguei com a cena.
— Acho que ele pode se virar muito bem sozinho. Além disso, você não está escalada na cantina hoje? Eu posso ajudar.
— Mesmo? – Hyojin exclamou, passando um braço pelo meu. — É melhor nos apressarmos então. Os garotos devem estar esperando por nós.
Os “garotos” que ela estava se referindo era Super Junior, ou assim era como eles gostavam de ser chamados. Havia atualmente 14 membros e eles estavam juntos desde o ensino fundamental. Admito que não gostara muito deles no início já que eles eram os “reis’ da escola. Tudo mudou no ensino médio durante uma aula de educação física. Durante um jogo de queimado, eu levei uma bolada forte no rosto e o membro que jogou a bola, , se sentiu tão mal que tomou para si a responsabilidade de cuidar de mim com a enfermeira. Todos os membros fizeram questão de me checar de tempos em tempos e foi assim que eu comecei a ficar próxima deles. Eu me aproximei especialmente de e descobri que ele não era nada além de um verdadeiro cavalheiro. Acabou que eles não eram tão ruins afinal de contas.
Eu e Hyojin entramos na cafeteria para sermos cumprimentadas por um coro de risadas e conversas barulhentas. Entrei pela porta lateral para ter acesso à cozinha e peguei avental e chapéu numa prateleira próxima. Hyojin me seguiu para o balcão onde eu vi uma fila de estudantes esperando para pegar seu pedido.
Eu notei um rosto familiar na multidão e acenei vigorosamente. O garoto alto com ombros largos acenou de volta exibindo um sorriso no rosto que com certeza faria todas as garotas desmaiarem.
— Ei, ! – exclamei. — O que vai querer hoje? Espere, deixe-me adivinhar. Dieta, certo? Ainda tentando manter seu tanquinho?
Ele riu enquanto colocava a bandeja no balcão.
— Não é uma dieta. É uma...—
— Escolha de vida — eu o remedei.
— Deveria tentar também.
— Acho que eu vou passar. Então, o que vai querer?
— O de sempre.
Eu rapidamente peguei uma tigela e enchi com salada e deslizei dois peitos de frango em seu prato.
— Não sei por quanto tempo você vai continuar a viver assim.
sorriu enquanto colocava a salada na sua bandeja e se moveu na fila.
— Ah, não sei se você conheceu meu amigo. Acho que eu mencionei ele uma ou duas vezes. É o último membro da nossa gangue. Yah, venha aqui.
Eu me inclinei para ver andando até o balcão com um sorriso no rosto.
— Você?
olhou de um para o outro.
— Imagino que já tenham se conhecido.
— Estamos na mesma turma — respondeu e então se virou para mim. — Sei que sou novo aqui, mas não é considerado rude abandonar um novo colega de classe no seu primeiro dia de aula?
Passei o olhar pela cozinha, pensando em uma desculpa.
— Eu estava ocupada.
— Uhum, claro.
— Além disso, achei que você estava bem cuidado. — Um sorriso apareceu nos lábios dele. — Vê algo que gosta? — perguntei.
Ele me avaliou de cima a baixo.
— Ah, sim, eu vejo — respondeu sedutoramente.
— Estou falando da comida.
— Vá com calma, tigrão — disse . — Não precisa assustá-la.
riu e correu um dedo pelo queixo, escrutinando os pratos na sua frente. Ele então olhou de volta para mim.
— Você está no cardápio?
imediatamente pegou em uma chave de braço de brincadeira enquanto minha mente ficava turva por um segundo. Eu tinha acabado de ouvir o que eu achava que tinha?
— Yah, o que eu falei? — exclamou na orelha de , mas eu podia dizer que ele também achou engraçado. — Você vai ter que desculpá-lo. Ele é um pouco...—
— Perturbado? — concluí por ele.
— Idiota — respondeu e o arrastou da fila. — Yah, os outros estão esperando por você e Hyojin, então se apressem!
CAPÍTULO 3
Super Junior
Eu achei extremamente difícil terminar meu almoço com na mesa. Fiz questão de manter os olhos no prato, para evitar olhar diretamente para ele. Ele provavelmente acabaria zombando de mim de qualquer jeito. Ou me dando aquele sorriso irritante e, ainda, estranhamente atraente. Sacudi a cabeça para removê-lo dos meus pensamentos e continuei encarando minha comida.
Nossa mesa estava extremamente barulhenta. Enquanto a maioria conversava, havia dois que praticavam golpes de luta e outros dois que disputavam arremesso de comida com uma colher. Mas, por cima de todo o alvoroço, a voz de era bem audível, possivelmente de qualquer canto do refeitório.
— Aqui está minha garota — veio uma voz às minhas costas. — Você vai ensaiar hoje? — Eu me virei para ver se elevando sobre mim com um grande sorriso no rosto.
— Aniyo — respondi, com um biquinho. — Minha mãe acabou de me mandar uma mensagem para faltar hoje.
— Ya, de todos os dias, por que logo hoje? — perguntou, sentando-se ao meu lado. — Quer dizer que eu vou ter que fazer par com aquele garoto que fede a meias velhas! Como vou conseguir me concentrar na dança?
Eu sorri. Eu fazia aula de dança todas as quartas já que era uma maneira de escapar do stress da escola. Era relaxante e o que deixava mais divertido era que estava na minha aula também. Geralmente, sempre alguém ficava sem par na aula de dança, e o remanescente acabava fazendo par com o instrutor. Dessa vez, parecia que não tinha escolha além de dançar com ele.
— E nós estamos aprendendo tango! — exclamou, jogando a cabeça para trás em frustração. — Admita, você está fazendo isso de propósito, não está? Foi que te convenceu a fazer isso?
— Eu não fiz nada! — exclamou . Ele jogou uma batata frita do lado oposto da mesa, mas se desviou para o lado, escapando do ataque.
Revirei os olhos. Era com isso que eu tinha que lidar todo dia. Às vezes me perguntava se eles eram mesmo garotos crescidos, já que tendiam a agir como bebês.
— Ya, por que você está usando óculos de sol aqui dentro? — perguntou repentinamente a .
— Obviamente por causa das luzes do teto. Caramba, , por que anda tão irritado ultimamente? Nós precisamos arrumar uma namorada para você! — exclamou .
Eu quase engasguei com a comida. ? Com uma namorada? Eu raramente o via falando com qualquer outra garota além de mim ou Hyojin. A despeito disso, ele era extremamente popular com todas as garotas do terceiro ano, já que era um verdadeiro gentleman. Até um pequeno gesto, como abrir a porta ou puxar uma cadeira, fazia as garotas quase desmaiarem. Apesar disso, ele nunca se gabou pelo tanto de atenção que recebia e isso era uma das qualidades que eu admirava nele. Ele era tão pé-no-chão.
riu da sugestão de .
— Não, obrigado.
— Por que não?
— Não acho que estou pronto para um relacionamento ainda.
— Está falando sério? — perguntei. — , você é um dos poucos garotos que pode ser classificado como namorado perfeito!
riu e bagunçou meu cabelo. Isso parecia estar se tornando um hábito ultimamente.
— E o que torna um garoto um namorado perfeito? — perguntou de repente.
Eu olhei em volta nervosamente. Sua voz enviou um arrepio à minha espinha. Eu podia nunca me acostumar com aquilo, mesmo depois de seu discurso na aula mais cedo.
— Sim, eu estou perguntando a você — ele afirmou, apontando diretamente na minha direção.
Eu clareei a garganta antes de falar.
— Bem, pode-se dizer que um namorado perfeito é alguém educado, atencioso, respeitoso com os mais velhos, sem nenhum mau hábito, responsável, inteligente e... humilde.
Ele riu e meneou a cabeça.
— Qual o problema com isso? — perguntei, desapontada.
Ele se inclinou para frente e focou seu olhar em mim.
— Você é tão ingênua, , mas esse é o mundo real, não um conto de fadas.
Eu desdenhei.
— E o que isso quer dizer?
— Vocês garotas esperam encontrar algum Príncipe Encantado perfeito que viraria seus mundos de pernas para o ar e então viveriam felizes para sempre como nos filmes clássicos da Disney.
— Por homens assim, vale esperar — argumentei.
— Na verdade... homens assim raramente existem — devolveu.
— O que está dizendo?
— Estou dizendo que nós somos humanos e ninguém é perfeito. Mas quando a hora chegar e você encontrar alguém especial, você vai não somente amá-lo, mas também suas falhas. Suas imperfeições. Suas peculiaridades. Porque a única coisa que importará naquela altura é que, aos seus olhos, ele é perfeito.
Ergui as sobrancelhas. Ele era a última pessoa que eu esperaria que dissesse algo desse tipo. Olhando para minha direita, eu notei que Hyojin descansava o rosto da palma da mão, olhando sonhadoramente para . Revirei os olhos. Ela provavelmente estava pensando em Changmin.
— Cara, você é algum tipo de conselheiro amoroso ou algo do tipo? Onde aprendeu a falar assim? — perguntou .
— É porque ele é o incrível ! — exclamou, erguendo o punho no ar.
Respirei fundo antes de falar novamente.
— Então, isso quer dizer que você também tem falhas, ?
Os olhos de se moveram na minha direção. Parecia um pouco surpreso por eu ter perguntado isso. Por um segundo, eu senti uma pontinha de nervosismo nele. Seu olhar não me pareceu mais ousado, mas frágil e perturbado. A despeito da leve surpresa, ele continuou sorrindo.
— Não, porque eu sou o incrível !
Os garotos caíram na gargalhada, enquanto eu simplesmente sorri. Alguma coisa sobre ele parecia não se encaixar. Ele era o tipo de pessoa que geralmente respondia cheio de confiança. O que estava escondendo que poderia ter causado aquela expressão dolorida em seu rosto? Mesmo tendo sido só por uma fração de segundos. Fosse o que fosse, me deixou realmente curiosa.
— Tenha certeza de dizer isso para sua namorada — murmurei.
— Namorada? tem uma namorada e nunca nos disse? — perguntou curiosamente um dos garotos.
— Uau, nosso garoto está crescendo! — exclamou .
— Eu achei que você seria a última pessoa a manter um relacionamento estável — provocou.
— Seu relacionamento mais longo não durou uma semana? — caçoou .
— Eu não tenho namorada — riu, reclinando-se casualmente na cadeira. — Imagino que esteja se referindo à garota do portão essa manhã.
Eu olhei para o chão, sentindo-me um pouco embaraçada.
— Eu só estava agradecendo a ela por ser tão gentil e me explicar como chegar à sala de aula.
De repente, o sinal tocou me fazendo pular no assento. Eu suspirei e despejei o conteúdo da minha bandeja na lixeira mais próxima. colocou o braço no meu ombro e me puxou em direção à porta. Eu dei o braço à Hyojin e juntos nós deixamos o refeitório para a próxima aula.
Geral POV - ON
permaneceu sentado na mesa, enquanto remexia sua salada descuidadamente.
— Nós temos que ir para a aula — disse . — Você não vem?
— Sim, claro — afirmou letargicamente e se ergueu. Sem tirar os olhos de , enquanto ela deixava o refeitório com o resto dos garotos.
colocou uma mão reconfortante no ombro de .
— Por que simplesmente não diz a ela?
— Eu não posso e nem vou, não importam as circunstâncias.
— Por que não?
suspirou.
— Ela ficaria furiosa se dissesse que gosto dela mais que como amigo. Arruinaria nossa amizade. Não posso me dar o luxo de perder isso.
sorriu.
— Você é realmente um grande amigo, . Vendo pelo lado bom, ela acha que você é o tipo de namorado perfeito.
— Bem, eu não posso discutir com isso.
Geral POV – OFF
Cheguei em casa depois da escola e entrei letargicamente na cozinha. Enfiando um brownie de chocolate na boca, olhei ao redor e notei uma panela de ensopado de frango picante borbulhando.
— Ótimo, você chegou — disse minha mãe vindo da sala de estar. — Temos que fazer bulgogi!
— Hmm... Estamos esperando alguém? — perguntei ansiosamente.
— Ah, não — respondeu. — Nós fomos convidados a visitar nossos vizinhos. A família .
~~Continua~~
N/A: Hmm… está escondendo algo!
E o objeto da quedinha secreta do foi revelado ser você!!! Heheheh
Por favor, comente abaixo e se gosta da históra, por favor, compartilhe com seus amigos! Eu realmente aprecio o apoio de vcs! Vocês são incríveis! Amo vcs!!!
N/T: Vocês vão notar que alguns nomes que antes podiam ser substituídos acabaram se tornando fixos (o irmão da protagonista, a melhor amiga,...) por necessidade. Senão ficaria um número muito grande de perguntas. Sorry por isso :3
~Nikki
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Uaaaaaaaaaaaa! Que perfeitaa... *----* Se você não att logo omoni, te dou um tiro. /apanha
ResponderExcluirÉ siim... Concordo com ela...
ExcluirPrecisamos de mais!!! VC TEM QUE ALIMENTAR NOSSO VICIO!!!
Por favor continua!!!!!! Adorei é muito boa. Quero ver o resto.
ResponderExcluirContinua, por favor! *u*
ResponderExcluirEu sou louca por essa fic! <3
Logo logo tem mais! ^^ Brigada por comentar =*
ExcluirContinuaaaaa ;-)
ResponderExcluirContinue, por favor :33 tá perfeito
ResponderExcluirContinuaa
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