BLOCK B: Cry Out My Name, by Rose

Cry Out My Name

CRY OUT MY NAME
by Rose

"— Você não vai embora com ele — Uma voz profunda gruniu na minha orelha.
— Por que não?
— Porque você vai embora comigo."
Gênero: PWP, Romance, Citrus, UA
Dimensão: Oneshot
Classificação: Restrita

Tradução: Nikki

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Capítulo Único

 

Uma típica noite de curtição com as amigas. Eu estava elegantemente vestida, no vestido mais curto e saltos mais altos que possuía. Não por atenção. Não para fazer inveja às outras garotas. A verdade era que eu claramente queria algo. Não importava com quem ou onde fosse, eu só queria transar. Fazia — bem, tempo suficiente — desde que eu havia sussurrado palavras obscenas no ouvido de alguém, e seria uma mentira descarada dizer que não estava terrivelmente desesperada para fazê-lo novamente.

Foi quando eu o vi: o loiro gostoso na pista de dança, se acabando, um copo de algo na mão. Sem gelo, como a minha bebida. Se era para que a bebida não ficasse aguada ou porque o gelo fazia doer os dentes, eu não sabia, mas esperava em cada deus de cada religião que fosse a primeira opção. Eu não queria um cara cheio de frescuras — eles choravam depois do sexo. Muito pouco atraente.

Ele dançava com seus amigos ao redor, sorrindo casualmente para eles enquanto se engajavam em papos de garotos (era incrível que eles pudessem ouvir seus próprios pensamentos acima da música alta, quanto mais conversar). Se ele não estivesse interessado em mim, então seus amigos estariam. Especialmente o ruivo com o sorriso lindo.

Mas ele era meu prêmio, minha presa.

Nossos olhos se encontraram como a mira de um míssel, forte e feroz. Ele sustentou meu olhar e eu ofereci um sorriso sensual. Ele sorriu de volta e me enviou uma piscadela atrevida. Atraente a ponto de encharcar calcinhas e com um lado atrevido e sedutor. Esse cara era tão perfeito que não podia ser real. Devia ser fruto da minha imaginação. Eu esperava que não.

Só quando a mesa que eu e minhas amigas compartilhávamos estava cheia de copos vazios e canudinhos florescentes que eu me dirigi para a pista de dança. Eu tropecei atrás das minhas amigas pela massa de pessoas, minha garrafa pela metade de um líquido azul com gosto vibrante na minha mão, e dancei com elas. Uma delas passou o braço pelo meu ombro, me agarrando enquanto gritava “eu te amo!” sobre a música barulhenta. Eu ri e pressionei meus lábios em sua bochecha, deixando uma marca de batom na sua pele antes que a próxima música começasse a tocar e eu, a me mover com a batida. O braço deixou meus ombros, mas um diferente circundou minha cintura, enquanto um peito firme se pressionava contra minhas costas. Sorri presunçosamente — a julgar pelo cheiro, era um garoto. “Ah, então o loirinho decidiu entrar no jogo”, pensei enquanto me movia com ele, rebolando contra seus quadris. Meus olhos se arregalaram. Garoto grande.

— Posso te arranjar outra bebida? — disse uma voz na minha orelha. Eu me virei para olhá-lo.

Droga. Não era o loirinho. Nem mesmo o ruivo fofo. Era algum outro garoto. Não era feio, mas não chegava aos pés da minha presa de cabelos claros. “Ah, ok”, pensei, “tarde demais, loirinho”. Além disso, eu havia dito que não me importava com quem, só queria ir para cama com alguém. Não adiantava ansiar por alguém que não tinha tomado nenhuma iniciativa.

Eu sorri e assenti antes de segui-lo para o bar. Me virei para olhar sobre o ombro e vi o loiro gostoso.  Ele olhou atrás de mim e praguejou, com raiva, desviando o olhar. Não pude deixar de lamentar quando seus dentes capturam o lábio inferior ao enunciar o “f” em “fuck”. Mas que pena. Achado não é roubado.

O homem que me pagou a bebida era até agradável, mas Senhor, ele era entediante. Não estava bêbado o suficiente, enquanto eu estava, então minha paciência era menor que o normal. Mas ele ia servir. Além disso, pelo que eu senti quando dançamos brevemente, ele era bem dotado, e isso era a única coisa na minha cabeça. Bem, isso e o cara loiro. E a cada minuto que passa, ele ocupava mais e mais minha mente. E parecia disposto a permanecer por lá.

Pedi licença ao meu acompanhante e, enquanto eu meio caminhava, meio tropeçava em direção ao banheiro, duas mãos fortes agarraram minha cintura e me puxaram ligeiramente para trás.

— Você não vai embora com ele. — Uma voz profunda gruniu na minha orelha.

— Por que não?

As mãos me fizeram girar e, vejam só, o rosto do loirinho estava a centímetros do meu.

— Porque você vai embora comigo.

E então seus lábios estavam nos meus e eu não acho que já tenha sentido algo mais macio. Seu lábio inferior era mais cheio do que parecia e eu não pude deixar de morder suavemente, ganhando um gemido e um pequeno sorriso em recompensa por meus esforços.  Seus beijos eram vorazes e tinham gosto de álcool, e suas mãos desceram para minha bunda, sem medo de apertá-la. Gemi dentro da sua boca e me pressionei contra o corpo flexível. Hmm. Ele era ainda maior que o outro cara.

 — Meu nome é . Para você saber o que gritar.

Sua mão segurava a minha, enquanto ele me guiava para fora, assobiando por um táxi e me puxando com ele. Seus lábios não deixaram os meus a viagem inteira, só para dizer seu endereço para o taxista. Suas mãos continuaram a vaguear — seus dedos trilhavam meu pescoço e minha clavícula, toques leves para me provocar, enquanto a outra mão agarrava e apertava minha coxa, me fazendo gemer baixinho. Minhas mãos correram para seu peito, ocasionalmente se inserindo por baixo da camisa dele. Nós saltamos do táxi assim que ele parou, e nos dirigimos para o prédio depois que arremessou algumas notas para o motorista, que deu a partida murmurando algo sobre malditas crianças loucas por sexo.

Agora de pé no elevador, as mãos de tinham mais lugares para agarrar, acariciar, apalpar. Ou seja, minha bunda. Eu gemi na sua boca e pressionei mais meu corpo contra o dele pela segunda vez naquela noite, minhas mãos se entrelaçando entre os fios descoloridos.

Nos mudamos do elevador para seu apartamento, um lugar vazio e escuro. Mas eu não prestei muita atenção no interior, visto que haviam dedos abrindo o zíper do meu vestido. Depois de chutar meus saltos para longe, eu o livrei da jaqueta. Mais alguns passos guiados para trás e eu caí de costas em sua cama, ele rastejando para cima de mim meio segundo depois, com a boca em meu pescoço. Seu ataque era desleixado e desesperado, como se quisesse provar tudo de mim, deixar cada pedaço de pele com sua marca, seu selo. Ele queria me fazer dele. E eu estava longe de recusar.

Quando ele mordeu um ponto logo acima da minha clavícula, eu arfei e murmurei algo. Poderia ter sido uma palavra, poderia ter sido o nome dele... pelo o que eu sabia, poderia ter sido o número do meu cartão de crédito. Todo pensamento coerente tinha me abandonado no momento em que ele pressionou os lábios nos meus, lá no clube. Ele sorriu e, com um movimento rápido e habilidoso, meu vestido estava no chão e alguns segundos depois, minha roupa de baixo se foi também. Eu puxei sua roupa, ansiosa para tirá-la, com pouco sucesso. Culpei o álcool. Ele riu, um som que me fez morder meu lábio, e me ajudou a arrancar sua camisa. Imediatamente, eu cravei minhas unhas em seu peito, fazendo-o soltar um gemido por aqueles lábios pecaminosos.

No momento em que me dei conta do que estava acontecendo, segurava minha cintura com as mãos e se afundou dentro de mim, me preenchendo completamente com um único  movimento. Minhas costas arquearam e eu gritei ante a sensação de ser penetrada. Foi como encontrar um amigo de infância depois de anos sem vê-lo — fui inundada por uma estranha sensação quente de nostalgia. Nós dois estávamos muito longe de nos preocuparmos com gentileza, ele aumentou seu aperto e começou a estocar mais forte e mais rápido, sua respiração pesada preenchendo o ar do quarto. Eu afundei a cabeça contra o travesseiro e cravei as unhas em seu corpo novamente, dessa vez nas suas costas, enquanto movia meu corpo em sincronia com o dele, como numa dança a dois. Alguns palavrões deslizaram de sua boca e eu observei o modo como seus lábios se moviam, enquanto ele ofegava as palavras, seus olhos embaçados com luxúria e álcool.

As mãos tateavam, as unhas se cravavam, os lábios colidiam. Minha respiração rápida e superficial se misturava com suas arfadas mais elaboradas que ele baforava em mim, cada estocada um pouco mais fantástica que a anterior. Uma em particular me fez agarrar os lençóis e fez uma cadeia de palavrões que haviam se acumulado na minha cabeça se despejarem pela minha boca de uma só vez. Ele gemeu diante das minhas palavras e mordeu aquele lindo lábio inferior, enquanto mirava o ponto que me fez desmanchar. Ele recuou, esperou um segundo (nunca um segundo tinha parecido mais longo) e voltou a me penetrar. Bingo. Ele tinha uma boa pontaria.

— O-Oh, merda, ! — gritei, agarrando seus cabelos, seu hálito quente umedecendo minha pele e enviando calafrios à minha coluna. Mais algumas estocadas certeiras e eu caí de cabeça nas profundezas maravilhosamente deliciosas do orgasmo, o corpo todo tremendo enquanto eu tinha espasmos em torno dele, meus gemidos ecoando pelas paredes, tão alto que eu achei que as pessoas na cidade vizinha poderiam me ouvir. Seus movimentos se tornaram erráticos e a distância entre as arfadas diminuíram. Com mais uma investida profunda, ele gozou, repetindo meu nome incessantemente (eu não me lembrava de ter lhe dito meu nome, mas eu devia tê-lo feito, caso contrário seria ligeiramente assustador). Ele parou enquanto se esvaziava, seu peito arfando sob meus dedos. Seu coração batia a mil por hora, com tanta força que eu jurava que podia ouvi-lo acima dos meus próprios batimentos, e seu cabelo tingido, umedecido pelo suor, aderia à testa. Seus lábios estavam abertos, enquanto ele sugava o oxigênio através deles, e a pele estava pegajosa com mais transpiração. Ele parecia experimentado, devasso, completamente fodido. E nunca parecera mais sexy.

Ele rolou de cima de mim e eu imediatamente me preparei para me vestir, pronta para partir. Ele pegou minha mão.

— Fique.

— Eu deveria ir para casa — respondi. A intensidade do nosso encontro tinha me deixado sóbria e a racionalidade que eu deixei no clube com minhas amigas tinha encontrado o caminho de volta para mim. Falando nas minhas amigas, elas provavelmente estavam se perguntando onde raios eu havia me metido. Além disso, eu tive o que queria da noite. Foi um sucesso. Não havia necessidade de ficar e arruinar tudo.

— Fique e eu te prometo um segundo round de manhã.

Meus lábios inchados se curvaram em um sorriso. Eu não poderia recusar uma oferta dessas.

~The End~


N/T: Alguém liga o ventilador, por favor?


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