WHY NOT
by Sarah B.
Eu estava pronta para um novo relacionamento, um que envolvesse amor e sexo. Muito sexo se ele estivesse envolvido.
Gênero: Romance, Citrus, PWP
Dimensão: Shortfic
Classificação: Restrita
Tradução: Nikki
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Parte 1
— Buzine para mim mais uma vez — eu sibilei em advertência, afastando os fones dos ouvidos.
— Qual é, gata! — O cara sentado no conversível sabia que era sexy e seu corpo me dizia tudo. Ele tinha um braço esticado nas costas do assento do passageiro e fazia caras e bocas para mim. — Eu não sou um cara mau. Não é minha culpa se você é uma mulher bonita. Tive que parar para informá-la.
— Continue indo — insisti.
— Vamos dar uma volta! Eu posso te mostrar um mundo ideal, como você nunca viu — ele disse, acenando com a mão na frente do rosto na marca registrada estilo Alladin. O que era uma evidência de que ele estava mesmo fazendo referência à música tema do desenho.
— Por acaso sua mãe te ensinou que era legal buzinar para garotas na calçada? — perguntei. O tráfico estava começando a se obstruir ao redor do carro dele. Eu estava ficando embaraçada.
— Me diga seu nome, linda — insistiu. Ele soltou o sinto de segurança e ficou no banco. — Eu não vou embora até ter seu nome.
Meu rosto ficou ainda mais vermelho.
— Por favor. Talvez se você tivesse vindo até mim na rua ao invés de buzinar, mas isso é... obsceno!
— Sabe o que é obsceno? O fato de que eu estou te assediando e você ainda está resistindo a mim.
— Então você sabe que está me assediando? — Cruzei os braços e um sorriso repuxou o canto da minha boca.
Ele assentiu.
— Você é o tipo de garota que não vai se apaixonar por mim de outra maneira, então estou agindo como um idiota por você. Que tal me recompensar com seu nome?
— Qual é o seu?
Ele sorriu de repente. Saltou do carro, e outro motorista buzinou escandalosamente enquanto se desviava para evitar atropelá-lo.
— Não se mate por tão pouco!
Ele caminhou para a calçada e estendeu a mão para apertar a minha.
— Meu nome é , mas a maioria das pessoas me chama de .
— — cedi. — Agora mexa-se. Você está bloqueando o trânsito. Meu ônibus está preso lá atrás.
— Me deixe te dar uma carona — ofereceu.
— Não, obrigada. Eu não pego carona com pessoas loucas.
Seu sorriso era deslumbrante. Ele não era tipicamente bonito, mas havia algo sobre ele que era quente. Sexy até. Sua personalidade era eletrizante.
— Bem, espero te ver por aí — ele disse.
— Me dê seu celular — pedi, estendendo a mão. Ele o fez sem hesitação. Digitei meu número e o devolvi.
— Se me ligar em um bom dia, talvez eu esteja disposta a sair para tomar um café ou algo assim com você.
sorriu. Ele se inclinou e beijou minha bochecha. Eu o encarei em choque.
— Que foi? Eu sou louco.
—✰—
A lembrança dos lábios dele na minha bochecha parecia ficar mais forte a cada dia. Era tolice, porque ele era só um garoto idiota que apertou sua buzina idiota para mim e era idiota.
Argh, ele tinha até roubado minha habilidade de pensar em bons insultos.
Fazia três dias desde que ele tinha mexido comigo. Eu estava ficando estranha. No Brasil, eu teria esperado por isso, os homens demoram um bom tempo antes de ligar, mas na Coreia era diferente. Eles logo ligavam para provar que gostavam de você. tinha mostrado tanto interesse, o que tinha acontecido desde então?
Não gostava de pensar nisso, mas provavelmente não seria difícil para um cara como encontrar uma nova garota para dar em cima. Não era como se eu fosse algo de especial.
Eu só tinha que esquecê-lo. Aquilo tinha sido uma daquelas coisas que simplesmente não deram certo.
—✰—
Dois dias depois eu entrei num Café e pedi um chá verde. Enquanto esperava, uma mão tocou meu ombro.
— Ei, gata.
Eu me virei, chocada.
— ?
Ele sorriu estupidamente.
— Eu gosto como você diz meu nome.
Eu apertei meus lábios.
— O que você quer?
Ele se encolheu, parecendo chocado com meu desabafo. Eu também estava. Eu estava mais chateada com a rejeição dele do que pensara.
— Está zangada?
— Não — rosnei. Suavemente. Ao longo dos últimos dias eu tinha ficado extremamente irritada. Por quê? Não fazia ideia. Eu me sentia uma idiota.
inclinou a cabeça para mim.
— Me desculpe por não ligar.
— ‘Tá, certo. Por que você se incomodou em vir aqui se não quer me ver?
sorriu timidamente.
— Você está com raiva porque eu não liguei.
— Não, eu não me importo — insisti.
riu.
— Gata, você não apertou o ‘salvar’.
— O que?
— Você não salvou seu número. Só fechou a tela e eu não tive como te contatar.
— Oh. — Agora eu me sentia estúpida e embaraçada.
— Que tal sentarmos perto da janela e termos um primeiro encontro improvisado?
Eu hesitei, ainda envergonhada, mas finalmente assenti.
— Eu adoraria.
me lançou aquele sorriso eletrizante e eu senti meu estômago revirar.
Aquele maldito bastardo sexy.
Parte 2
O primeiro encontro terminou em uma mesura respeitosa.
O segundo terminou em um beijo suave na bochecha.
O terceiro encontro acabou com um beijo casto nos lábios.
Para o final do quarto encontro, eu tinha imaginado nada menos do que uma intensa sessão de amassos. Eu realmente gostava dele. E definitivamente o desejava. Só que ele parecia contente em esperar e ir devagar.
O que era bom. Eu nunca fui vadia. Só fiz sexo uma vez, como meu primeiro namorado. Nosso relacionamento tinha acabado mutualmente depois de três anos, quando tomamos rumos diferentes para a Universidade.
Eu estava pronta para um novo relacionamento, um que envolvesse amor e sexo. Muito sexo, se estivesse envolvido.
Mas quando rolava o quinto encontro, fui pega de surpresa.
Ele me imprensou contra a porta da frente, os lábios cobrindo os meus num beijo duro. Sua língua separou meus lábios, ao mesmo tempo que eu lhe dava acesso. Suas mãos deslizaram pelas laterais do meu corpo, segurando meus quadris e me puxando contra ele. Seus dedos eram fortes e me machucaram com a força que ele me segurava.
Inclinei a cabeça e sua língua explorou ainda mais o calor da minha boca.
Não tinha certeza de qual era o gosto dele, mas era de um maravilhoso. Eu gemi impotente contra ele, movendo os quadris sem descanso contra os dele.
Era possível sentir sua ereção me pressionando. Ele deixou escapar um gemido baixo, sexy, enquanto eu afundava contra ele.
— — disse, usando seu nome real como costumava fazer sempre que falava sério com ele. — Quer entrar?
Ele se afastou de repente e balançou a cabeça.
— É melhor não.
Eu estava ofegante. Engoli em seco e franzi a testa.
— Como?
— Tenho que trabalhar de manhã.
Aquilo foi tudo o que ele disse. Ele beijou minha testa e esperou que eu entrasse em casa. Eu me recostei contra a porta, sentindo-me quente e derrotada.
—✰—
Se eu esperava que as coisas progredissem nos próximos encontros, estava muito enganada. Ele não dava nada mais do que beijinhos gentis, sem apalpar ou pressionar ou beijos molhados.
Era satisfatório, mas não o melhor que poderia ser e eu estava preocupada. O que tinha causado essa mudança nele? Seria eu? Talvez o beijo não tivesse sido tão bom para ele quanto para mim?
Três meses nesse relacionamento e talvez ele quisesse cair fora, mas não sabia como dizer isso.
Quando veio me buscar para um dos nossos encontros, eu abri a porta e o mandei entrar. Eu caminhei para a cozinha.
— Você não está pronta — ele disse, tentando não me encarar no meu pijama. Eu usava uma blusa branca que ia até o meio das coxas e uma das minhas calcinhas mais sexys.
Era meu último esforço para chamar sua atenção. Entretanto ele não estava olhando, ele olhava para qualquer lugar menos para mim.
Eu tinha me aprontado para dormir em vez de para sair porque eu tinha sentido que estava se afastando. Queria dar a ele a chance de terminar comigo. E se ele não fizesse, eu faria isso por ele.
— Eu vou ficar em casa essa noite — eu disse.
— O que? — perguntou. — Achei que você queria ver aquele filme...
— Eu só-
— Não importa. Eu vou — disse .
Então, teria que ser eu, ele não ia tomar a iniciativa.
— , quero dizer, . — Eu o encarei, cruzando os braços. — Acho que nós temos que terminar.
— O quê?! — Ele parecia chocado.
— Olha, eu gosto mesmo de você, mas desejo sexual é a metade de um relacionamento e se você não sente isso, então não há nada que nós possamos fazer.
De alguma maneira, no momento seguinte, eu acabei na mesa da cozinha, minha blusa erguida até logo abaixo dos seios.
Olhei para ele com os olhos arregalados. Ele estava olhando para minha calcinha de renda, quase transparente.
— Verde é minha cor favorita. — Sua voz era quase um grunido.
— O que está fazendo? — perguntei, surpresa, enquanto ele afastava minhas coxas e pressionava a mão contra minha virilha coberta.
Eu me contorci sob ele, chocada com seu toque quente.
— Não é óbvio? Vou transar com você em cima dessa mesa, então toda vez que você for comer ou tiver companhia aqui, você pode pensar em como é bom me ter dentro de você — ele disse. — Quero que você fique instantaneamente molhada toda vez que sentar nessa mesa e enquanto estiver aqui na cozinha, você só vai pensar em mim e no meu corpo e no que eu te faço sentir.
Meus olhos se arregalaram e eu abri minha boca para falar, mas os lábios dele já estavam sobre mim. Nossas línguas se encontraram e se massagearam, arrancando gemido atrás de gemido da minha garganta com a sensação da sua boca e seu jeito atrevido.
Meu corpo tremia, e eu gemia seu nome.
— Você quer mesmo fazer sexo comigo?
— Gata, eu teria transado com você naquele dia no meu carro. Você não tem ideia das coisas que eu quero fazer com você — sussurrou no meu ouvido, enquanto beijava uma linha pelo meu pescoço, tão molhado e negligente que eu estava desalinhada debaixo dele, fazendo todos tipos de ruídos embaraçosos.
Sua mão parou entre as minha coxas. Seu dedo pressionava arduamente contra meu clitóris e eu me impulsionei contra seu corpo.
— Ah, gata, você já está quase lá? — perguntou, esfregando mais rápido.
— Pare— tentei implorar, mas era tarde demais, ele não parou e meu corpo se retesou.
Eu ofeguei e minha cabeça caiu para trás contra a mesa.
— Me toque. — Foi um pedido, mas eu senti em meu corpo como uma ordem, e minha mão deslizou pelo seu peito, torcendo seus mamilos e captando seu gemido em minha boca aberta. — Wow. Faça isso de novo.
Eu sorri e o virei, ficando por cima. Minha camisa abaixou cobrindo minha bunda e balançou a cabeça.
— Erga sua camisa, sem tirá-la. Fique de calcinha mais um pouco. Porra, você é sexy — rosnou, enrolando a mão no meu cabelo e beijando minha boca. Seus beijos eram quentes e rudes, sua respiração estava pesada contra minha boca e eu senti meu corpo pronto para um novo orgasmo.
Eu já estava molhada e pronta.
Eu me afastei de sua boca e beijei seu pescoço, lambendo sua garganta e sugando seu pomo de Adão. Seus dedos voaram para os meus quadris e ele tentou me puxar contra seu corpo.
Mas eu resisti e olhei para ele enquanto lambia seus mamilos através da camisa. Sua garganta produziu um som baixo.
— Quando essa porra se tornou tão sensível? — Ele ergueu os quadris, pressionando contra a coxa que estava entre as pernas dele.
— Posso mordê-los? — pedi, com a voz embevecida de prazer.
— Porra — rosnou e eu tomei isso como um sim. Puxei sua camisa para cima e a forcei sobre sua cabeça. Sua mão deslizou no meu cabelo novamente e eu peguei um mamilo na boca. O ruído que ele fazia era pouco audível até que meus dentes ficaram mais ásperos, e ele estava xingando e soltando gemidos imponentes.
— Merda, isso é tão bom — ele disse. — Onde você aprendeu a mexer a língua assim?
Corei.
— Sair com você me fez assistir um monte de pornô.
Aquilo o fez dizer algumas palavras que o fariam apanhar da mãe.
Eu beijei sua barriga plana, levemente musculosa, e em seguida sobre a protuberância na sua calça. Ele se apoiou, enquanto eu esfregava meu rosto contra ele. Seus olhos escureceram de desejo e seus lábios macios se separaram, suspiros irregulares deslizavam através deles.
— Não desta vez, doçura — disse , balançando a cabeça. — Desta vez vou provar o quanto quero você.
— Eu acho que você já provou-
— Devo parar?
— Não, por favor não — implorei. Ele assentiu e sorriu.
se levantou, e eu tentei me mover, mas ele me impediu.
— Fique de joelhos. Sobre os cotovelos também, com a bunda para cima — ele ordenou. Minhas coxas tremiam quando eu fazia o que ele tinha dito. Senti suas mãos nos meus quadris, ele abaixou minha calcinha e eu engasguei quando o ar fresco atingiu minha entrada molhada e aquecida. Ele estava de pé atrás de mim encarando minha bunda e a cavidade entre minhas pernas.
— ! — implorei.
— Sim, gatinha? — perguntou, mas ele claramente não esperava uma resposta.
Eu senti um dedo penetrando na minha abertura e empurrei para trás, tentando levá-lo mais para dentro.
Seu nome saiu em um gemido alto e comecei a me mover contra seu longo dedo. Ele adicionou outro dedo e eu pressionei minha testa contra o antebraço.
— Já chega, me fode agora — pedi.
Ele riu, mas foi um som profundo.
— São nesses momentos que eu gostaria de ter melhor controle .
— Acredite em mim, seu controle é impecável. Levou três meses para ele desabar e você arrancar minha roupa — me queixei.
Ele riu novamente, mas dessa vez ele estava tirando a calça e pegando algo no bolso.
— Sorte sua que eu estava preparado para isso.
Camisinha, pensei ao ouvir o rasgo. Ele me puxou da mesa para que meus pés tocassem o chão, mas meus seios nus foram pressionados contra a madeira fria.
Em segundos ele se pressionava contra mim e eu me senti preenchida pela sua plenitude dentro de mim.
— Tão quente — gemeu. — Droga, gata, você é apertada.
Se eu não estivesse sobre a mesa, teria desmoronado.
— -… — Eu não conseguia pensar em nada para dizer, só havia a sensação de desespero na minha voz.
— Eu sei, baby — ele disse, roçando nas minhas costas enquanto seus quadris começavam a se mover mais rápido. Inclinou-se para a frente fazendo seu peito pressionar contra minhas costas. Eu estremeci com a sensação da sua pele quente.
Ele virou meu rosto e me beijou novamente, nunca diminuindo o ritmo.
Eu gritei no exato momento em que ele gruniu, e nós dois gozamos, o mundo borrado e os corpos em chama. Eu não conseguia respirar, só arfava contra sua boca; os lábios ásperos contra os meus. Ele se afastou do meu corpo e eu me senti estranhamente vazia. Me virei e deitei completamente em cima da mesa.
Ele jogou a camisinha no lixo perto da pia e desabou ao meu lado, suspirando.
— Algum problema?
— Eu queria ter olhado nos seus olhos enquanto fazíamos isso. — Ele franziu a testa. — É mais do que sexo entre nós.
— Eu sei — disse, me aconchegando contra ele. — Nós podemos fazer do jeito que você preferir na próxima vez.
— Por "próxima vez" eu espero que você queira dizer daqui a, tipo, dez minutos.
~The End~
N/T: Hiperventilando aqui! Adorei demais essa fic, sem palavras! Se também gostou, deixe um comentário!
E me digam onde eu compro uma mesa resistente dessa, por favor ;D
~Nikki
Gostou? Então, curta e deixe um comentário!
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