OTHER: After The Lights Go Down, by Nikki

After The Lights Go Down

AFTER THE LIGHTS GO DOWN
por Nikki

Ele a conheceu nos bastidores. Era para ser só mais uma garota para passar a noite, mas havia alguma coisa no sorriso dela, que o fazia perder o fôlego. Ela fazia tudo ter sentido. Quando as luzes se apagavam, quando os gritos se calavam, era a voz dela que ecoava em sua mente.
Gênero: Romance, Drama, Songfic
Dimensão: Oneshot
Classificação: PG-15

Beta: Alyssa

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I

 

Ele a conheceu nos bastidores, onde eles haviam passado horas incontáveis ensaiando. Mesmo que raramente ficassem sozinhos, por vezes se esquecia de tudo ao redor e só se concentrava na dançarina à sua frente. Como naquele momento. Eles estavam de pé no palco, frente a frente, as respirações pesadas se misturando, enquanto o som da música que estiveram apresentando diminuía e dava lugar aos gritos histéricos das fãs e os lightsticks eram sacudidos freneticamente. Mas ele não reparava em nada disso.

As luzes foram apagadas e a plataforma abaixo deles começou a descer. Era hora de sair de cena. Ele sentiu a mão delicada apertando sua cintura em busca de apoio. ergueu o rosto para ele e sorriu, compartilhando a satisfação por mais uma performance realizada com sucesso. A última, já que aquele era o show de encerramento da turnê.

adorava o modo como os olhos dela se iluminavam quando sorria. Era sua maior recompensa por todo o esforço. Ele ainda relutou um pouco antes de soltá-la quando a plataforma tocou o chão, mas precisava trocar de roupa para voltar ao palco depois do solo do .

— Bom trabalho. — Ela piscou, se afastando relutantemente para ir se juntar aos outros dançarinos. sorriu sem falsa modéstia; eles realmente haviam feito um excelente trabalho. A química entre eles quando dançavam era gritante e ele continuamente se perguntava se seria assim também na cama. Não duvidava, mas teria que deixar para pensar sobre isso mais tarde.

Obviamente estavam todos cansados quando o show acabou, mas isso não os impediu de se reunir na casa de para comemorar o fim satisfatório de mais uma etapa.

E a bateria parecia não acabar. Estavam todos tão excitados, que conversavam e riam sem parar. já estava começando a achar que virariam a noite ali, quando viu se levantar e anunciar que precisava ir embora.

— Mas ainda nem deu uma da manhã! — protestou , fazendo um tremendo esforço para enxergar os ponteiros do relógio de pulso. Ele estava bêbado, assim como os outros. Só se mantinha sóbrio, já que tinha seus próprios planos para aquela noite.

— Eu tenho um vôo amanhã cedo. Ou hoje, melhor dizendo.

— Eu te dou uma carona — falou em tom baixo, se aproximando dela. Estava com receio de que o ouvissem e começassem a caçoar.

— Não precisa, eu...

— Seu hotel fica no meu caminho. — Não era exatamente verdade, mas ela não precisava saber disso.

— Tudo bem.

virou de costas para ocultar o sorriso de satisfação, enquanto ela ia pegar suas coisas e se despedir dos colegas.


Ela ria de alguma coisa que havia dito, quando ele parou o carro próximo ao hotel. Ele adorava o poder que tinha de fazê-la rir. Adorava o som do riso dela.

— Obrigada pela carona. — Ao ver um sorriso triste substituir a expressão alegre, se lembrou do que ela havia dito na casa do .

— Você vai mesmo embora amanhã?

Ela assentiu.

— Eu vou fazer o teste para um musical em Nova Iorque.

sabia que, com o fim da turnê, nada mais a prendia ali. Isso reduzia drasticamente o tempo que ele tinha para agir.

— Será que...

— Você não...

Os dois se calaram e riram por falar ao mesmo tempo.

— Primeiro as damas — ele disse.

— Não quer entrar? — Apesar da parca iluminação, ele sabia que ela estava corando. — Quero dizer...

— Claro! — ele respondeu apressadamente, soltando o cinto, com medo de que ela voltasse atrás. Ele pegou um boné no porta-luvas e ergueu a gola do casaco antes de acompanhá-la para o hotel. Por causa da hora, o saguão estava felizmente vazio e os poucos funcionários que estavam ali nem lhes deram uma segunda olhada. notou que suspirou, parecendo aliviada, quando eles entraram no elevador.

O silêncio que os seguiu até o quarto andar era quase palpável. Ele queria dizer alguma coisa, qualquer coisa, para preencher o silêncio, mas as palavras simplesmente não vinham. Era ridículo, levando em consideração que nunca faltara assunto nos meses em que trabalharam juntos. Agora não lhe ocorria nada. quase riu de si mesmo quando percebeu o motivo; não era hora para conversa. Não cabiam mais palavras naquele momento, era hora da ação.

Ele a segurou pelo pulso quando ela esticou a mão para abrir a porta do quarto. Não havia surpresa em seus olhos quando ele a imprensou contra a parede e fez o que havia desejado desde o dia em que a conhecera; beijou seus lábios com ardor. Sentiu os dedos gelados afundando em sua nuca, trazendo-o para mais perto. Enquanto a língua macia com gosto de energético deslizava pela sua, ele sentia o contorno das curvas dela contra seu corpo. Impaciente por senti-la melhor, abriu o zíper do casaco dela de uma vez. Ela repetiu o gesto com o dele, enquanto ele tentava abrir a porta. Depois de forçar a maçaneta várias vezes em vão, ele finalmente percebeu que a porta ainda estava trancada.

— A chave... — ela sussurrou contra a boca dele. Só quando ela repetiu pela terceira vez, ele se afastou o suficiente para entender o que tentava dizer. A chave havia caído. Ele não perdeu tempo, pegou o objeto imediatamente e abriu a porta.

Quando eles entraram, ela pressionou o corpo contra o dele, fazendo-o recuar até se chocar contra a parede. Os dois riram quando ela se atrapalhou com os botões da camisa dele. , que não queria perder mais tempo, a afastou um pouco para tirar a camisa pela cabeça, fazendo dois botões voarem com a pressa. Enquanto tentava desafivelar o cinto, notou que ela se livrava da própria roupa. Ele tirou a calça rapidamente e se aproximou dela, querendo ele mesmo terminar de despi-la. Seus lábios voltaram a se encontrar, famintos. agarrou os cabelos dela, enquanto sentia os dedos delicados afundando nas suas costas. De repente, eles desabaram na cama, ele por cima dela, ambos sem saber como haviam chegado ali. Ela riu, aquele riso que o fazia prender o fôlego.

— Depressa demais? — ele perguntou, descendo os lábios pelo seu pescoço.

— Devagar demais — ela respondeu com uma voz sexy que provocou uma pontada no baixo-ventre de , puxando o rosto dele de encontro ao seu. Ele estava prestes a penetrá-la, quando se lembrou de um detalhe. Começou a levantar, mas ela o prendeu com as pernas. — Onde pensa que vai?

— Controle de natalidade — ele gemeu, lamentando não ter se lembrado disso antes de jogar a calça longe. Com a mente enevoada pela excitação, ela demorou alguns segundos para entender.

— Eu tomo pílula.

sorriu e voltou a relaxar em cima dela, adorando a sensação do corpo quente contra o seu. Adorando o aroma suave que desprendia da pele macia. Adorando o jeito apaixonado como ela respondia. E o jeito como eles se encaixavam perfeitamente. Parecia que cada curva do corpo dela havia sido moldada especialmente para acomodar o seu corpo.

E adorou o jeito como ela gritou seu nome quando chegou ao ápice.

He met her backstage
She was supose to be just another girl for the night
But there was something in her smile that stopped his breath
She made everything make sense



Alguma coisa acordou . Ele não tinha certeza do que, talvez algum barulho. O aposento estava escuro, as cortinas fechadas, mas ele sabia que já era de dia. Ele se virou para olhar o outro lado da cama, mesmo sentindo que estava sozinho. Temeu que ela tivesse ido embora sem se despedir. Exalou audivelmente quando a viu sair do banheiro e se equilibrar em um pé só para calçar o sapato.

— Te acordei?

— Não. Que horas são?

— Seis e meia. — Ela pegou alguma coisa na bolsa e voltou para o banheiro. — Eu tentei não fazer muito barulho, mas minha coordenação motora não é das melhores pela manhã. Desculpe.

se xingou internamente. Ela já estava praticamente pronta para sair e ele ainda nem se levantara da cama, quando pretendia ter acordado mais cedo para aproveitar os últimos momentos com ela.

Jogou os lençóis para o lado e vestiu a cueca, então foi até à porta pegar a calça. Estava toda amarrotada, mas não havia tempo para se preocupar com isso. voltou a sair do banheiro e ele finalmente parou para reparar o quanto estava linda. Ninguém diria que havia ficado acordada até às quatro da manhã fazendo amor. Ele abaixou a mão que segurava a calça, se sentindo um caco.

— É sempre assim?

— O que? — ela perguntou distraidamente, dando uma última olhada pelo quarto para ver se não havia esquecido nada. Por sorte, havia deixado a mala pronta antes de ir para o show no dia anterior.

— Sempre acorda linda assim?

Ela riu, enfeitiçando-o mais uma vez.

— Ainda bem que você não me viu quando acordei. — Ela fez uma careta e mostrou o estojo de maquiagem e a chapinha que estavam em cima da mala aberta. — Essas coisas fazem milagres.

Ao ver a mala, finalmente se deu conta de que o tempo deles havia se esgotado. E ele não queria isso. Não queria deixá-la ir. Vestiu rapidamente a calça amassada e se aproximou dela, enterrando o rosto no pescoço esbelto.

— Tem mesmo que ir? Não pode adiar o voo?

Ela fechou os olhos e estremeceu com o arrepio que a percorreu.

— Sabe que não — respondeu num fio de voz.

— Devia ter me acordado mais cedo.

A verdade era que ela preferia ter saído sem que ele acordasse. Odiava despedidas. E vê-lo ali de pé, lindo e sedutor — mesmo com o rosto inchado, o cabelo despenteado e a carinha de cachorro sem dono — só tornava mais difícil partir. Era ridículo se sentir envolvida depois de uma única noite, mesmo que a atração tenha sido plantada e bem cultivada nos últimos quatro meses. Havia sido só uma noite, nada mais, nada menos. Mesmo que se dessem bem, mesmo que se entendessem e gostassem da companhia um do outro, eles viviam em mundos completamente diferentes. A vida dele não o permitia se envolver seriamente com ninguém.

— Eu tenho que ir — ela disse, forçando um sorriso e se afastando dos braços dele para fechar de vez a mala. Não precisou erguer os olhos para perceber que ele havia ficado sem ação diante do seu distanciamento.

— Eu te levo ao aeroporto — ele disse finalmente, recolhendo a camisa do chão.

— Não precisa, eu chamei um táxi — esboçou um sorriso trêmulo, esperando que fosse convincente. — Ele já deve estar chegando.

— Então vou te acompanhar até lá embaixo — obviamente não estava conformado.

— É melhor não, . É de manhã, tem muita gente lá fora. Podem te reconhecer.

Ela estava certa e ele sabia. Não havia nada que ele pudesse fazer além de deixá-la ir. Sem conseguir esboçar nenhuma reação, ele a viu se aproximar e depositar um beijo suave em seus lábios.

— Obrigada.

— Por...?

— Por ter me escolhido para participar do seu solo — ela respondeu depois de pensar um pouco. — Pelos últimos meses e... pela carona. — Ela sorriu, dando um passo atrás.

assentiu lentamente e então a viu pegar as malas e deixar o quarto. Estava abalado demais para conseguir reagir.

After the lights go down and after the screams go dead
Her voice it still echoes in his head
After the lights go down and after the lust and fame
His heart it still beats to the sound of her name

 


 

II

 


Ele se jogou na cama, exausto, tanto física quanto emocionalmente.

Todo final de show era a mesma coisa. Quando as luzes se apagavam e ele voltava para o backstage, imaginava que ela estaria lá, junto com os outros dançarinos, e sorriria para ele. Quando os gritos histéricos das fãs se calavam, era a voz dela que ainda ecoava em sua mente.

Sozinho numa cama de hotel, no escuro, tinha a impressão de que se olhasse para o lado, ela estaria ali dormindo. Mas não estava. Se fechava os olhos, via seu rosto. Se sonhava, podia vê-la sorrindo para ele. E então dançando; e ir se afastando, se afastando... para tão longe que logo não passava de um pontinho no horizonte. Aí acordava com sua própria voz chamando o nome dela.

? — costumava chamar sonolento naquelas ocasiões, quando eles dividiam o quarto. — Volta a dormir, cara.

E ele tentava. Mas era difícil com tantas lembranças pulsando em sua mente. Por que não conseguia esquecê-la? Estavam tão distantes fisicamente; mas sempre tinha a impressão de que poderia encontrá-la em todo lugar onde ia. Talvez na esquina, num restaurante... No show.

Por que se enganara dizendo que seria fácil esquecê-la? Que ela era só mais uma garota para passar a noite e nada mais? Por que se negara a acreditar que não podia simplesmente ficar parado vendo-a ir embora?

O tempo passava, mas nem assim o arrependimento diminuía. A dor sim, talvez, mas continuava revivendo aquele dia — aquela noite — inúmeras vezes em sua mente.

Mais de um ano havia se passado e não tivera nenhuma notícia dela. Poderia tê-la encontrado, se realmente quisesse. Mas era um covarde. Ela havia indo embora, não havia? Tinha sido escolha dela. E ela sabia onde encontrá-lo, mas nunca o procurara. bem que tentara esquecê-la; havia procurado em outros braços aquela sensação de estar completo, realmente tentara fazer dar certo, mas sempre faltava alguma coisa.

Às vezes ele se perguntava se tudo aquilo — a dança, os sorrisos, as piadinhas compartilhadas, a química, aquela noite, o sentimento — não passara de uma ilusão.

Sometimes he wakes up calling out for the one good thing he let go
In a lonely hotel room he tries to relive that night
And to see her smilling for him

 


 

III

 

Uma das coisas que mais gostava quando viajava para outros países era a liberdade de poder andar pelas ruas sem se preocupar em ser assediado. Claro que de vez em quando acabava se deparando com alguma fã, mas não era nada comparado com a perseguição que sofria na Coreia.

Ele estava nos Estados Unidos, junto com os outros integrantes, para preparar o novo álbum. Depois de passar quase o dia todo no estúdio treinando as músicas em inglês, ele usou a desculpa de comprar um café para esticar um pouco as pernas. Ao invés de entrar na cafeteria da esquina como de costume, ele seguiu adiante e dobrou na próxima esquina. Do outro lado da rua havia uma praça onde várias crianças brincavam e alguns conversavam, fingindo prestar atenção nas crianças. Ele sorriu observando uma senhora elegante tentando acalmar um bebê que esperneava impaciente no carrinho. Um pouco mais a frente havia outra cafeteria e foi para lá que ele se dirigiu.

segurou a porta de vidro para uma idosa com as mãos ocupadas passar. A senhora murmurou um agradecimento e ele sorriu. Já ia soltar a porta quando notou outra pessoa vindo em sua direção. Ele piscou, certo de que sua mente estava lhe pregando peças. Não podia ser ela, era impossível.

Mas era ela. À medida que a distância entre eles diminuía, ele percebeu que não era uma ilusão. notou o momento exato em que ela o reconheceu. Os olhos dela se arregalaram e ele quase pôde ouvir a exclamação muda que seus lábios formaram.

Foi quase como se o tempo tivesse parado. Todas as vozes, o barulho que vinha da rua e do estabelecimento pareciam totalmente distantes. Só havia , parada a sua frente, parecendo exatamente a mesma de dois anos atrás.

... — ela sussurrou, enquanto ele tirava os óculos escuros.

— Ele conseguiu que seus músculos faciais se movessem o suficiente para esboçar um sorriso. — Quanto tempo.

Ela não devolveu o sorriso. Continuava lá, petrificada, usando as duas mãos para segurar um copo de café, a respiração suspensa. mudou o peso do corpo para a outra perna, incomodado, querendo falar alguma coisa, mas parecendo ter perdido a capacidade de formar frases coerentes.

Finalmente ela se moveu, mordendo os lábios rosados cujo gosto ele se lembrava perfeitamente bem. Então ela ergueu a mão direita para afastar uma mecha de cabelo do rosto e ele sentiu como se tivesse acabado de engolir um balde cheio de gelo. No dedo anular de , havia uma grossa aliança de ouro indicando que ela estava noiva. Noiva de outro. Claro, o que ele esperava? Depois de todo aquele tempo...

— Está de férias? — ela perguntou com a voz fraca, sem notar o conflito interno em que ele se achava.

— Trabalhando — a resposta escapou de sua boca quase sem que se desse conta.

forçou um sorriso nos lábios tensos, enquanto tentava clarear os pensamentos. Havia imaginado esse momento centenas de vezes nos últimos anos, fantasiando sobre o que diriam, como o assunto fluiria e como contaria a ele tudo o que tinha a dizer. Mas nunca esperara que fosse realmente acontecer. E agora simplesmente não conseguia encontrar as palavras. Tinha medo. Medo de falar. Medo de calar e perder a oportunidade...

Ouviu uma voz distante chamando seu nome e olhou pela porta aberta que ainda segurava com o corpo. Do outro lado da rua, Janelle acenava, impaciente. A realidade pesou sobre ela, o que a amedrontou ainda mais.

— Eu tenho...

— Tem que ir? — ele completou. assentiu, tendo dificuldades para dizer qualquer outra coisa. — Foi bom te ver — ela o ouviu sussurrar quando passou por ele, tão baixo que ela se perguntou se não havia imaginado.

Enquanto atravessava a rua, ela tentava se convencer de que estava fazendo a coisa certa. Sua oportunidade havia passado há dois anos. Devia tê-lo procurado naquela época, agora era tarde demais. Ela tinha uma nova vida, ele provavelmente também. Os motivos para não tê-lo contatado antes pipocavam em sua mente e ela se questionava se eram mesmo válidos ou se não passavam de desculpas covardes.

As lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, enquanto passava apressadamente por Janelle. ouviu os chamados preocupados da mulher e o ruído das rodinhas de plástico contra o calçamento da praça a medida que Janelle tentava alcançá-la. Mas só parou de andar quando teve certeza que estava longe o suficiente. E fora de vista. Ela se sentou num dos bancos, percebendo que as pernas trêmulas estavam prestes a falhar e depositou o copo de café ao seu lado.

— Meu Deus, ! — Janelle se aproximou dela, preocupada e sem fôlego. — O que houve?

a ignorou e voltou sua atenção para a nenê que se contorcia no carrinho, impaciente para se soltar. Ela estendeu os braços e pegou a menina no colo, com o olhar emocionado fixo no rostinho redondo e rosado. Mal conseguiu conter o soluço ao formar a frase que ensaiara por mais de um ano e que, quando o momento chegara, não conseguira dizer.

Sua filha... ela tem os seus olhos.

Years later he sees her, but when he sees her ring
His words escape and he doesn't say he still tastes her kiss
And she's too scared to say that her child's eyes are his

 

~Fim~


N/A: Eu me apaixonei pela música After The Lights, do Sweetbox, quando vi a letra, antes mesmo de ouvi-la. Já faz uns 7 anos e, desde então, eu tento escrever uma história baseada nela. Já reescrevi centenas de vezes, com diversos protagonistas, mas eu nunca conseguia passar os sentimentos certos para o papel. Ainda está longe de estar perfeito, mas foi o melhor que consegui fazer. xD Espero que gostem ^^
~Nikki


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