OTHER: Destiny, by Pâms

Destiny

DESTINY
por Pâms

"Dizem que ao nascermos temos nosso destino traçado, mas é claro que nossos pais iriam ajudar neste assunto." - Me
Gênero: Comédia Romântica
Dimensão: Longfic
Classificação: PG-17
Aviso: POV / Songfic / Personagens Ye Eun, Jung Ah, Dong Ho, Dong Hee, Mary e Jessica são fixos.

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# Capítulo 1 # Capítulo 2 # Capítulo 3 # Capítulo 4 # Capítulo 5 # Capítulo 6 # Capítulo 7 # Capítulo 8 #

 

 

CAPÍTULO 1

 

“Você não pode escapar de mim
Porque você é meu destino.”
- Destiny / INFINITE


Nunca pensei que concordaria com os clássicos das Disney, mas realmente madrastas são bruxas maquiavélicas, mas no fim o destino sempre nos traz um príncipe para nos salvar. Tudo começou quando eu tinha sete anos, minha mãe havia sofrido um acidente de carro e depois de dois anos em coma faleceu no dia do meu aniversário. Eu fiquei alguns anos sem falar, sentia uma imensa saudade da minha mãe, foi nesta época que meu pai amargurado pela perda, resolveu se jogar de vez no trabalho e aceitou a oferta de um amigo coreano para se mudar do Brasil e montar um negócio com ele.

Meu pai aceitou de imediato, não sabia se daria certo, mas aceitou sem pensar duas vezes, vendeu nossa casa que era herança da mamãe, saiu do emprego, arrumou nossos passaportes. No começo passamos por momentos difíceis, morávamos em dois cômodos, como eu não falava coreano passei três anos da minha vida sem estudar.

O sócio do papai senhor Dong Hee, tinha uma esposa e um filho, e mesmo tendo várias responsabilidades com sua família, montou a empresa junto com o papai, ele ainda trabalhava em dois empregos e doava 35% do que ganhava para meu pai. Foram anos duros e sofridos em nossas vidas, até que finalmente papai e o senhor conseguiram juntar dinheiro para registrar a empresa e divulgar seu trabalho.

“Você se lembra de viver a vida sem um cuidado
E nunca pensar sobre como se tornar multi milionários.”
- Help Me Find a Way / Lunafly


Eles montaram uma produtora de dorama chamada Styleships Entertainment, que felizmente depois de 7 anos de sofrimento, perdas e ganhos, se consolidou e estabeleceu, com muito esforço se tornando a melhor no ramo, ambos construíram um império. Todos os dramas produzidos pela empresa, eram os de maior audiência.

Neste meio tempo, papai conheceu uma ajumma chamada Jung Ah, no início ela era legal comigo, me ensinou a falar coreano fluente, mas com o passar dos anos ela foi se mostrando quem realmente era, uma perfeita megera.

A empresa estava em seus anos de glória, tendo contratos até com emissoras japonesas e taiwanesas, mas papai e o senhor não estavam muito bem, devido ao estresse pelo trabalho, noites de sono perdidas e má alimentação nos anos de sofrimento, eles ficaram doentes e alguns órgãos dos seus corpos começaram a falhar. Após longos dois anos de tratamento em Londres, uma notícia cruel se abateu sobre minha cabeça, papai e seu sócio haviam falecido duas horas da manhã de uma sexta-feira chuvosa.

Eu passei dois longos dias chorando, meu pai era literalmente minha única família, não conseguia acreditar que ele não estaria mais ao meu lado, me pergunto por que o destino foi tão cruel assim comigo.

Novamente permaneci em silêncio diante daquele últimos momentos em que eu teria com meu pai, passei todo o velório e enterro tendo que aguentar as falsas lágrimas da minha madrasta, se mostrando a viúva desamparada, tive vontade de sumir no mundo, morrer também. Não conseguia nem mesmo dormir, tinha pesadelos toda noite, eu olhava para as paredes da mansão onde morávamos, só conseguia ver tristeza e sonhos que meu pai não iria mais viver comigo.

“Querida não chore, esta noite, depois que a escuridão passar
Querida não chore, esta noite, nada disso terá acontecido
Não será você que terá uma vida curta, no final, você não tem que saber
Então, querida não chore, chore, porque o meu amor vai te proteger”
- Baby Don't Cry / EXO


Duas semanas se passaram e seria a leitura do testamento conjunto do meu pai e do senhor , foi então que eu o vi pela segunda vez. estava com o semblante tão abatido quanto o meu, sua mãe ao seu lado, ambos também vestidos de preto simbolizando o luto. Até mesmo o irmão do senhor estava presente com sua esposa e os dois filhos, e sua irmã Ye Eun. Minha madrasta estava acompanhada de sua amiga britânica Mary, era de mais para mim suportar a dor de perder meu pai, e ainda ter que suportar o fingimento delas perto de mim, não era mais novidade que ela havia se casado com meu pai pelo dinheiro.
Ás uma hora em ponto, entramos na sala de reunião do prédio da empresa e nos acomodamos sentados em volta da grande mesa de vidro. Assim o advogado Han abriu a porta e começou a ler:

“Nesta data presente, ambos os solicitantes senhor Rafael e o senhor Dong Hee, gozando de boas e incontestáveis sanidade mentais, de livre e espontânea vontade e de acordo com suas esposas e também testemunhas, deixam seu último desejo em vida para que seja realizada em morte.

Todos os bens: imóveis, veículos, objetos de arte no geral, passará irrevogavelmente para os únicos herdeiros primogênitos e . Quanto a empresa Styleships Entertainment, será dividida as ações em 50% para cada uma das partes, os tornando donos plenos.”

O advogado Han parou por um momento e nos olhou:

— Até aqui está tudo entendido?

— Sim — eu assenti e olhei para minha madrasta sorrindo, ela me lançou um sorriso debochado como se soubesse que não era o fim, eu fiquei séria e olhei para o advogado, já imaginava que os próximos palavras não seriam saudáveis, afinal meu pai sempre gostava de pregar peças em mim.

— Por que a pergunta? — pronunciou . — Tem alguma outra parte nesse testamento?

—Sim — respondeu o advogado Han retirando uma segunda folha, começando a ler:

“Ao finalizar, ressaltamos que há entretanto uma condição que se não cumprida poderá revogar e anular este testamento.

Primeiramente, ambos os primogênitos terão que selar uma união estável simbolizada pelo casamento, com duração mínima de 5 anos, para provar que são responsáveis o suficiente para merecerem a herança ao longo deste tempo que permanecerão unidos não poderão tocar em nenhum recurso produzido pela herança, tendo que se sustentar por esforço próprio, e por último para certificar a lealdade e confiança ambos terão que se manter fieis ao longo destes 5 anos, caso contrário a união não terá validade e os herdeiros não terão direito a nada.

Fracassando neste quesitos, a herança da senhorita passará totalmente para sua madrasta a senhora Jung Ah e a herança do senhor passará para seu tio Dong Ho. Com este desejo, finalizo as declarações deste testamento.”

O advogado Han nos mostrou as assinaturas validando o testamento, tanto eu como ficamos sem reação:

— Bem, convido a todos a se retirar, ambos os herdeiros precisam conversar, pois a decisão tem que ser de comum acordo — pronunciou o advogado Han. — Daremos a vocês 30 minutos.

Todos saíram entre cochichos, mas eu só consegui notar um sorriso calculista nos lábios da Jung Ah. Os dez primeiros minutos permanecemos calados olhando para as paredes e desviando os olhares de um para o outro:

— Tenho certeza que isso foi ideia do meu pai — eu disse.

— O que pretende fazer? — Sua voz era grossa, porém tinha um toque incomum de suavidade.

— Decisão unanime. — Eu respirei fundo — Posso ser sincera?

— Deve. — Ele olhou para mim.

— Eu não quero que todo o sacrifício do meu pai vá parar nas mãos de uma pessoa como minha madrasta. — Eu o olhei. — Eu não te conheço, mas pelo seu olhar, você também não quer ver os esforços do seu pai nas mãos do seu tio.

—Então haverá um casamento. — Ele se levantou e foi até a porta.

Nós anunciamos nossa decisão a todos, o advogado Han pegou nossas assinaturas para registrar no cartório, o prazo que teríamos para realizar o casamento seria de 7 dias. Minha única satisfação em tudo isso, foi a cara de derrota que minha madrasta fez quando anunciamos. Eu sei que não será fácil, mas não permitirei que ela vença.

A cerimônia seria somente no civil, um casamento simples e sem festa, era somente negócios. Nós dois decidimos tudo em segredo para impedir que algo ou alguém nos atrapalhasse no cumprimento do prazo.

Finalmente no sétimo dia estava eu e , frente ao advogado Han e o juiz de paz assinando os papeis do casamento, no lugar do tradicional beijo dos noivos, selamos com um aperto de mão, mais que isso, era o início de uma aliança escrita pelo destino.

“E agora eu estou preso dentro de um buraco
Alguém salve minha alma
Eu acho que todo o meu tempo foi roubado.”
- Help Me Find a Way / Lunafly

 


N/A: Uma história aleatória que surgiu na minha mente em plena manhã de quarta-feira dentro do metrô.


 

CAPÍTULO 2

 

“Os golpes da bandeira ao vento, minha visão se torna mais escura
Eu serei capaz de ver o meu destino.
O vento agitava a bandeira, os meus passos estão perdidos ao longo da frente
Eu seria capaz de chegar ao meu destino.”
- Destination / SHINee

Tudo que eu havia planejado para meu futuro havia sido frustrado, nunca imaginei que me casaria aos 22 anos, ainda mais por dinheiro, bem, neste caso foi pelo meu dinheiro. Eu e estávamos mais perdidos que tudo, a única certeza que tínhamos era de estar casados, sem saber onde morar e como íamos nos sustentar.

Não por que éramos aqueles filhinhos de papai que recebiam mesada no final do mês, nós trabalhávamos na produtora, mas como estávamos impedidos de tocar em um só centavo da herança, isso inclui o dinheiro da Styleships, resolvemos de comum acordo nos demitir. Ficamos com a roupa do corpo, iríamos começar do zero e tentar sobreviver a esses 5 anos de casamento.

tinha um amigo de infância chamado Park JinHo, dono de uma loja de games e CDs que resolveu ajudar dando um emprego para ele. era uma pessoa justa, não prezava favoritismo e sim a meritocracia, então pediu seu amigo para colocá-lo na menor função da loja. Ele havia feito a mesma coisa quando começou a trabalhar na produtora, de faxineiro à diretoria em poucos anos.

Já eu não tinha muito amigos, na verdade só tinha duas, graças a minha madrasta.

Uma que sempre foi gentil comigo desde sempre era a Ye Eun, pois trabalhávamos juntas nos sets de filmagem dos dramas. Eu sempre me encantei com este universo, mais ainda com os figurinos. Sabendo disso, Ye Eun, que conhecia uma senhora dona de uma loja de roupas, falou sobre mim, foi só ela ver meu curriculum que se interessou, assim como , eu também prezava obter as coisas por mérito, então pedi a senhora Go Mi Nyu para me contratar como vendedora.

Quanto aonde moraríamos, um minuto de silêncio ao me lembrar desta parte, não imaginava que os alugueis de Seoul fossem caros e por ironia do destino fomos morar no mesmo loft de dois cômodos de quando eu era criança. O lugar meio pequeno, tinha somente o banheiro além do cômodo principal. Ao lado da porta de entrada, tinha uma bancada com uma pia e uma geladeira meio velha, acho que me lembro dela ainda, havia duas banquetas de baixo da bancada, mais à frente debaixo da janela tinha um armário e o fogão, definitivamente eu me lembrava daquele fogão, e bem ao fundo ao lado da porta do banheiro um sofá-cama, confesso que teoricamente o loft era somente para uma pessoa, mas com o dono havia se tornado amigo do meu pai, abriu uma exceção novamente, nossa era o loft ter sigo alugado já com mobília, talvez o destino seja bonzinho as vezes.

“Deixando para trás a atmosfera estranha de ver esta nova tendência
O sentimento de não ser capaz de ver pela frente,
Feche os olhos e senti-lo passo a passo
O fertilizante do futuro, agora avança abençoado diante de nós.”
- Destination / SHINee


Os primeiros 6 meses foram fáceis e passaram rápido, acho que foi por causa do nosso trabalho, mal parávamos em casa, nossa vida era baseada em horas extras. Só conseguia vê-lo quando estávamos de folga, que por coincidência era no mesmo dia, passávamos a maior parte do tempo em silêncio, ele sentado na banqueta lendo jornal e eu encolhida no sofá-cama ouvindo música, não éramos próximos e quando trabalhávamos na produtora eu nem o via também, nunca tive curiosidade em saber como ele era, só sabia o básico que papai falava. Ah, appa se estivesse vivo, eu te mataria.

Um ano se passou e mantínhamos a nossa rotina, foi quando adoeceu, foi uma manhã chuvosa de domingo que ele acordou ardendo em febre, eu liguei para a loja do amigo dele e para a minha, onde eu trabalhava, avisando que iríamos faltar devido a condição dele. Eu estava desesperada com medo que ele piorasse, e não tinha dinheiro para levá-lo ao hospital.

Abri o sofá-cama e o coloquei deitado, será que ele havia ficado assim por minha causa? era tão cavalheiro que havia me deixado dormir no sofá-cama, enquanto ele dormia no chão, agora estou me sentindo culpada por isso, ele sempre se preocupou em me deixar confortável, até mesmo nas noites de inverno.

Tomei coragem e enfrentei a chuva forte, corri até a drogaria mais perto e comprei um antitérmico para ele, quando voltei o encontrei caído no chão.

. — Eu o ajudei a se levantar e o coloquei novamente no sofá-cama. — O que estava tentando fazer?

— Estava te procurando. — Sua voz era baixa e fraca, isso me deixava mais preocupada.

— Ok, agora você me encontrou. — Eu peguei um copo com água e dei um comprimido a ele.

Me sentei ao seu lado e passei alguns minutos medindo sua temperatura com um termômetro que encontrei na caixinha de primeiros socorros dele:

— Não deveria ter faltado — disse ele. — Eu estou bem.

— Ah, sim. — Eu ri baixo o olhando, troquei o pano umedecido que estava em sua testa. — Vamos combinar assim, você está bem e eu estou em casa por que ganhei uma folga por ser a funcionária do mês.

Ele riu com um pouco de dificuldade e ficou me olhando por um longo tempo, eu nunca havia parado para analisar o quanto aquele olhar era profundo e envolvente:

— Obrigado — disse ele com um sorriso de canto.

— Estamos juntos nessa, e além do mais eu não quero ficar viúva com um ano de casada — eu brinquei o fazendo rir.

— Vamos chamar isso de loucura ou coragem? — Ele tossiu um pouco.

— Vamos chamar isso de destino. — Eu peguei o termômetro e olhei. — Hum, sua febre abaixou um pouco, isso é bom.

— É por que você está aqui.

Eu sorri de leve, fiz que ia me levantar e ele segurou minha mão:

— Fica.

— Ok. — Eu me ajeitei ao lado dele.

A noite passou e ao amanhecer ele já estava melhor, nunca me senti tão aliviada na minha vida. Era segunda e estávamos de folga, eu comprei ramem para comermos:

— Foi uma noite longa — eu disse.

— Me desculpe. — Ele terminou de comer.

— Por quê? — eu o olhei.

— Por ter ficado doente.

— Não foi sua culpa. — Eu me levantei do sofá-cama — E era sobre isso que eu queria falar, sua febre deve ter sido por que você dorme no chão, então a partir de hoje vamos dividir o sofá-cama — completei.

— Você não se importa? — ele me olhou confuso.

— Não vou te deixar ficar doente de novo, não por isso. — Eu cruzei meus braços, estava tentando não imaginar como seria isso.

— Se você insiste. — Ele deu um sorriso um tanto malicioso, aí está um lado dele que eu não sabia que existia.

— Afaste este sorriso do seu rosto, senhor . — Eu fiquei séria tentando segurar o riso.

Nós olhamos por um tempo, eu nunca havia despertado a curiosidade de saber como ele realmente era, mas naquele momento tive uma pequena vontade de conhecê-lo melhor:

— Como era o casamento dos seus pais?

— Normal, eu acho — ele respondeu. — Mais normal que o nosso.

— Isso é um fato. — Eu ri — Qualquer casamento é mais normal que o nosso.

— Sinto muito pelo seu pai, você só tinha ele.

— Depois da morte da minha mãe, aprendi a lidar com a dor.

— Você é uma garota forte.

— Vou levar como elogio. — Eu pisquei e sorri.

“Mesmo que o tempo passe ou mesmo que tudo mude
Eu prometi que estaria ao seu lado.”
- Angel / Teen Top


De repente meu celular tocou, era o amigo de perguntando se ele estava bem, nos falamos rapidamente e eu entreguei o celular para ele, não demorou muito e sua face alegre se desfez, ele trocou algumas palavras com seu amigo e desligou:

— Temos um problema — disse ele, me entregando o celular.

— Surpreenda-me. — Peguei meu celular e coloquei no bolso da minha blusa de moletom que eu estava vestida.

— A loja do meu amigo assinou um contrato com a produtora, de exclusividade.

— Ah não. — Eu me sentei no sofá-cama — Diz que não é sério.

— Mas é, a loja dele vai ser reformada e vai trabalhar com produtos ligados diretamente à Styleships.

— Aposto que foi ideia da minha madrasta.

— Aposto que foi do meu tio.

— Fechado. — Eu o olhei.

Estava mesmo muito fácil este primeiro ano, mas é claro que o destino estava a favor da megera da Jung Ah. mesmo não estando totalmente recuperado se arrumou e foi para loja do seu amigo. Eu estava nervosa demais para esperar, então peguei minha bolsa e fui para o prédio administrativo da produtora. Quando cheguei, fui direto para sala da bruxa e entrei sem dar tempo para a secretária dela me anunciar:

— Foi você não foi? — disse, segurando minha raiva.

— Oh! ficou pobre e perdeu a educação. — Ela me olhou com deboche.

— Eu não gasto com pessoa como você.

— Então… — ela se levantou da cadeira mantendo seu olhar de superioridade — Do que estou sendo acusada agora?

— O contrato com a loja Art Drama, foi você não foi?

— Hum, a loja onde o outro herdeiro trabalha.

— O nome dele é .

— Ah, sim — com cinismo —, o pequeno rapaz, infelizmente desta vez o prazer não foi o meu, mas se cuide querida, por que não sou a única na lista de espera pela herança.

Eu a olhei me segurando para não jogá-la pela janela, seu olhar irônico de superioridade me matava de raiva:

— Cinco anos passa rápido e quando acabar…

— Querida — ela me interrompeu —, melhor não contar vitória antes do tempo, afinal nos próximos quatro anos tudo pode acontecer.

Eu saí da sala transbordando fúria, caminhei pelo corredor até trombar em alguém:

— Me desculpe — eu disse meio desnorteada.

— Não tem problema — disse .

— Oh, é você.

— Está tudo bem? — Ele me olhou.

— Sim, tenho que ir.

— Espera. — Ele segurou no meu braço. — Foi meu pai, eu sinto muito.

— Fala do contrato?

— Sim, eu vi você entrando na sala da senhora Jung Ah.

— Obrigada por dizer. — Eu sorri e me afastei indo em direção a saída.

Eu e não éramos assim muito próximos, mas eu o conhecia mais por causa de Ye Eun, ele era gentil e educado, nó tivemos dois encontros no parque proporcionado casualmente pela irmã dele, Ye Eun sempre quis que fôssemos da mesma família, mas eu não podia me lembrar desta parte, não agora.

Quando cheguei em casa já havia chegado, ele estava lendo jornal:

— Então como foi? — eu disse ao dependurar minha bolsa ao lado da porta.

— Tive que pedir demissão. — Ele suspirou fraco, parecia irritado.

— Você ganhou, não foi a megera.

— Eu sei.

— Estava calmo demais.

— Quem te disse?

— Eu fui até a produtora falar com ela.

— O que ela te disse?

— Ameaças à parte, me lembrou que falta quatro anos.

— Meu tio disse o mesmo pelo telefone. — Ele me olhou sério. — Ainda quer continuar?

— Sem medo, até o fim. — Eu estiquei minha mão direita. — Então parceiros?

— Parceiros. — Ele sorriu e, pegando em minha mão, me puxou me abraçando. — Eles não vão vencer.

Naquele momento eu senti que estava imune a qualquer ataque da bruxa Jung Ah e do tio dele.

“Talvez seja amor; não importa onde eu te veja,
Meu coração se enche de emoções
Você acordou o meu coração frio e enferrujado.”
- My Heart is Touched / Personal Taste OST (SeeYa)

 


 

CAPÍTULO 3

 

“Então, sou muito pequena
Para lutar contra
As ondas violentas que fazem tanto barulho, mas
O mar vai se dividir
E abrir um caminho para mim
Um dia
Nós podemos ser divinos.”
— Divine / Girls Generation


Mais 6 meses se passaram e finalmente havia conseguido em emprego de entregador de jornal, eu havia ficado feliz por ele, só iria trabalhar durante a semana. Já comigo as coisas não estavam boas, sob influência da minha madrasta, a dona da loja havia me transferido para a joalheria, onde a filha dela era a dona. Eu deveria ter desconfiado disso, logo na minha segunda semana trabalhando lá, a gerente da loja me acusou de roubo, chamou a polícia e fez um escândalo. Resultado, a aprendiz de bruxa tinha colocado um bracelete a mando da megera e eu fui presa, nunca fiquei tão envergonhada na minha vida, depois que o delegado pegou meu depoimento, eu fiquei esperando meu marido chegar, meu marido, agora esse termo soa um pouco mais natural:

— Vim assim que pude — disse ao entrar na sala onde eu estava com o delegado.

— Eu juro que não foi eu. — Eu o olhei quase em lágrimas de novo.

— Eu sei. — Ele sorriu para mim e olhou para o delegado. — Você tem outras provas além do bracelete na bolsa dela?

— Não, mas esta já é suficiente — retrucou o delegado.

— Creio que não. — Ele se sentou tranquilamente na cadeira que estava ao meu lado. — Os armários não tinham cadeado, e o local onde ficam não tem câmeras, a gerente é a única que têm a chave e total acesso às joias, poderia muito ter sido implantado.

— Então, essa é uma acusação muito grave… — o delegado começou a tentar rebater.

— Acho que não há mais nada a ser declarado, não estou acusando, mas o senhor deveria ver todos os lados dos fatos, nem mesmo uma investigação foi aberta quanto a isso.

— Bem, eu…

— Não precisa se explicar, podemos resolver de forma rápida, eu pago a fiança dela e não processo o senhor por negligência, afinal todos tem o benefício da dúvida.

— Claro, tem razão. — O delegado preencheu uma papelada e me fez assinar, ele iria investigar e eu teria minha liberdade provisória.

Quando saímos da delegacia, eu peguei na mão :

— Obrigada.

— Parceiros, lembra?

— Posso te fazer uma pergunta?

— Sim.

— Onde conseguiu o dinheiro?

— Economias.

— Não acredito que gastou comigo. — Eu fiquei um tanto chateada comigo mesma, que burrice não imaginar que a megera tinha armado tudo isso.

— Quando recebemos a herança, você me devolve. — Ele segurou minha mão e sorriu. — Vamos para casa.

Eu estava conhecendo o lado amigo de , ele era tão divertido e engraçado, passamos o dia na praça em frente ao prédio onde morávamos, com ele me contando sobre sua infância. Quando voltamos para o edifício, ele entrou na frente, enquanto eu fui parada pela esposa do dono do prédio, passei alguns minutos conversando com a ajumma e então eu subi, quando entrei ele não estava lá, estranhei ao primeiro momento, mas não me importei e fui em direção ao banheiro tomar banho, quando abri a porta dei de cara com ele. estava enrolado na toalha, ele me olhou, senti minha face transborda de vergonha, eu tentei controlar meus olhos naqueles poucos instantes de constrangimento, mas não consegui deixar de acompanhar aquelas tentadoras gotículas escorrerem pelo seu abdômen, céus e que abs, fechei a porta rapidamente:

— Desculpa — eu gritei do lado de fora.

Após alguns minutos, ele saiu já seco e vestido com seu pijama, ele não conseguia conter o riso. Eu peguei minha toalha e me tranquei no banheiro, tentei demorar o máximo possível, então quando saí ele já estava deitado no sofá-cama. Eu respirei fundo, até aquele dia eu estava tranquila em dormirmos juntos, mas agora. Me deitei no canto lentamente, quando olhei para o lado ele estava lendo o jornal segurando o riso, apoiei minha cabeça no travesseiro e fiquei olhando para o teto:

— Está tudo bem? — ele me perguntou, rindo disfarçadamente.

— Está. — Eu ri junto. — Constrangedor.

— O que vai fazer agora? — Ele fechou o jornal e me olhou. — Sobre o emprego?

— Eu também tenho minha economias. — Eu ri — Estou pensando em fazer algo que gosto, recebi um e-mail de uma amiga alguns meses e pretendo responder amanhã.

— Vai me contar ou é segredo?

— Ela quer montar um ateliê de moda e quer que eu seja a estilista.

— Hum, interessante.

— Também achei, e estou pensando seriamente em aceitar.

— Tem meu apoio. — Ele deitou e olhou para o teto — Sorte a nós dois.

— Sim. — Eu fechei meus olhos, queria reunir o máximo de esperança que ainda havia em mim.

No meio da noite, eu acordei de repente sentindo um peso em cima de mim, quando abri os olhos, era que tinha jogado sua perna em cima da minha. Eu permaneci imóvel até que ele jogou seu braço sobre mim me abraçando, resumindo passei a noite em claro.

“Deixe-me ver os sentimentos que você possui por mim.”
- Show Me Your Love / Super Junior & TVXQ


Logo pela manhã, ele saiu bem cedo para trabalhar e eu enviei o e-mail para minha amiga, por sorte ela estava online. Jessica era uma garota extravertida, nos conhecemos quando eu tinha 17 anos, em um acampamento de verão de intercâmbio que eu participei, filha de pai coreano e mãe americana, era tão louca quanto eu. Nós passamos horas conversando sobre a ideia do ateliê de moda, Jessica já tinha visto algumas de minhas ilustrações e seu vestido de formatura eu tinha desenhado. Empolgada com a ideia, ela me contratou de imediato, eu fiquei super feliz, finalmente iria fazer algo que gostava.

Quando chegou eu dei a notícia, ele ficou feliz por mim e me deu um abraço de repente, muito espontâneo por sinal:

— Meus parabéns, Coco Chanel — brincou.

— Quem me dera, Chanel é diva. — Eu sorri.

Para comemorar a boa notícia em meio a tantas dificuldades, ele me levou para comer kimbap em uma barraquinha de rua que ficava próximo ao jornal onde ele trabalhava. Após comermos, caminhamos um pouco conversando:

— Eu também tenho uma notícia.

— Boa ou ruim? — perguntei, apreensiva.

— Não se preocupe, é uma boa notícia.

— E qual é?

— Fui promovido a redator.

— Sério? — Eu o olhei surpresa, era a terceira promoção dele em 6 meses de trabalho.

— Sim. — Ele sorriu.

— Que bom. — Eu o abracei também no impulso e depois me afastei meio sem graça — Parabéns!

— Obrigado. — Ele pegou a minha mão e me puxou novamente me abraçando. — Não precisa ficar constrangida, amigos se abraçam.

Eu suspirei aliviada, tínhamos subido de nível novamente, de parceiros à amigos, fico me perguntando se avançaremos mais, não que eu queira, mas as vezes me pego olhando pra ele dormindo, ele sorri enquanto dorme, é tão lindo.

Finalmente um dos dias esperados pelos casais havia chegado para nós, era nosso aniversário de casamento, estávamos completando 2 anos. Eu não estava me importando muito, agi normalmente o dia todo, havia passado à tarde conversando com Ye Eun e no shopping. Quando voltei para casa à noite, entrei e vi em cima da bancada nosso jantar preparado, com direito a luz de velas, fiquei sem reação:

— Surpresa — ele sussurrou em meu ouvido, aparecendo de repente atrás de mim.

Meu coração parou por um momento, senti um frio na barriga, meu corpo congelou, a voz dele tinha um tom profundo de malícia, eu virei para trás respirando fundo, de parado meu ritmo cardíaco tinha se transformado em bateria de escola de samba:

— Nossa. — Eu o olhei e disfarcei. — Estamos comemorando o quê?

— Interessante sua memória. — Ele riu fingindo acreditar na minha falta de memória. — Dois anos, te lembra algo?

Eu sorri disfarçadamente, é claro que eu sabia, mas nunca imaginei que ele fizesse aquilo. nos preparou ramem, eu nem sabia que ele cozinhava, o cheiro estava bom e o sabor melhor ainda, quando terminamos de comer, ele pegou uma garrafa de cola e sacudiu:

— Que tal um brinde. — Ele sorriu de canto.

— Nem pense em abrir essa garrafa. — Eu o adverti.

— Me impeça. — Ele deu uma gargalhada.

Eu fui pra cima dele tentando pegar a garrafa, ele abriu um pouco derramando em cima de mim, eu fingir estar brava e segurando o riso e forcei a garrafa para o lado dele o molhando também, nós rimos um do outro e continuamos nossa falsa guerra pegando outra garrafa.

Resultado, terminamos totalmente molhados com o chão alagado e rindo de tudo aquilo, eu tentei me deslocar até o banheiro, mas escorreguei e no susto, me pegou pela cintura, nos olhamos por um tempo, a escola de samba no meu coração havia retornado, eu não sabia o que fazer, ele ainda estava me segurando, nossa respiração em sincronia. se aproximou mais, e mais, e mais, suavemente até que seus lábios encontraram os meus, um gosto doce e envolvente.

“Quanto mais eu te conheço, meu coração estremece
Tudo que eu consigo fazer é sorrir
Será que devo tentar te roubar um beijo?
Isso vai me fazer ficar mais perto do seu coração?”
- Standy By Me / Boys Over Flowers OST (SHINee)

 


 

CAPÍTULO 4

 

“Eu nunca disse isso antes, mas
Pra te dizer a verdade, naquele dia
Eu pude sentir meu coração acelerar
Desde o começo, eu sabia
Eu não tinha certeza, mas senti
Como se nosso destino já estivesse decidido.”
- In Your Eyes / To The Beautiful You OST (SHINee)


Eu não sabia mais como nos definir, em dois anos de casados havíamos mudado nosso status muitas vezes, será que eu deveria nos definir como amizade colorida? Nos dias que se correu eu procurei não encará-lo muito, mas sempre pegava ele me olhando quando fingia estar lendo o jornal sentado na banqueta perto da porta. Não falamos sobre o beijo, agíamos normalmente como se nada tivesse acontecido.

No calendário marcava o fim do mês de abril e eu iria encontrar minha amiga no aeroporto, estava ansiosa para começar a montar a filial do ateliê de Jessica em Seoul, eu já estava desenhando alguns croquis para ela, mas ter uma filial aqui seria diferente. Ao encontrá-la, ela me contou seus planos sobre a filial, eu fiquei mais empolgada ainda, fomos a cafeteria Coffee House, onde conversamos mais um pouco enquanto matávamos a saudade.

— Mas quem diria, a pessoa que eu jamais pensaria que iria se casar aos 20. — Ela começou a rir.

— 22 — eu a corrigi.

— Que seja. — Ela não ligou e continuou rindo de mim.

— Mas você sabe que foi por causa da herança.

— E como ele é? — perguntou Jessica, fazendo uma cara de interesse meio repentina.

— Ele quem? — desconversei, me fingindo de desentendida.

— Como quem, seu marido, quem mais seria?

— Ele é normal, como qualquer marido.

— E é bonito?

— Não sei. — Eu tentei manter a tranquilidade, mas aquelas perguntas estavam começando a me incomodar.

— Não sabe? — Ela me olhou sem reação. — Você está casada há dois anos e não sabe me dizer se ele é bonito?

— Ai, Jessica, para. — Tentei não explodir, ok, me incomodou de verdade. — Como eu disse, nosso casamento é pela herança, e vamos fechar este assunto. — Me veio algumas indagações, por que ela queria saber tanto sobre ele, ele era meu, pelo menos até o final dos 5 anos.

— Boa tarde — disse , ao aparecer de repente.

— O que você está fazendo aqui? — O olhei surpresa.

— Estava em uma reunião de trabalho. — Ele sorriu para mim de leve.

— Em uma cafeteria? — O olhei séria.

— Ciúmes? — De leve seu sorriso ficou mais malicioso.

— Curiosidade. — Eu tranquilizei meu olhar. — Ah, esta é Jessica, minha amiga que te falei.

— Prazer. — Ele esticou a mão em cumprimento e curvou um pouco a cabeça.

— Nossa. — Ela pegou sua mão e sorriu. — Igualmente.

Primeiro, não gostei daquele sorriso gentil dele, segundo, não gostei daquilo que parecia um leve brilho nos olhos de Jessica e terceiro, eu estava começando a ter um sentimento de posse naquele momento:

— Eu vou deixá-las, não quero atrapalhar. — Ele me olhou. — Chegarei um pouco mais tarde hoje.

Ele se afastou e eu me segurei para não furar os olhos de Jessica.

— Então esse é o seu marido? — ela perguntou.

— Sim.

— E você não querendo me responder se ele era bonito.

— Isso não importa, Jessica.

— Como não? Como foi a primeira noite do casal?

— Que pergunta é essa? — Eu a olhei assustada.

— É uma pergunta normal, todo casal tem uma noite mais quente, geralmente é a primeira.

— Prefiro não responder. — Eu desviei o olhar, respirando fundo.

— Espera. — Ela me olhou por um momento paralisada. — Você está brincando? Como um marido desses, vocês não…

— Jessica, para.

— Nossa, quando terminar esses 5 anos me fala, assim posso me candidatar, por que com um marido desse…

— Jessica, sério, não viemos aqui para falar da minha vida conjugal. — Eu me senti mais irritada ainda, principalmente depois de suas últimas palavras, senti meus punhos fechados na hora.

— Ok. — Ela desviou o olhar para pasta que estava sobre a mesa. — Vamos falar de negócios então.

Eu não conseguia me concentrar, as palavras de Jessica eram como um martelo em minha mente, nem mesmo conseguia imaginar minha vida após estes 5 anos. À noite quando cheguei em casa, ele já estava no sofá cama lendo seu jornal, eu permaneci em silêncio, não conseguia parar de pensar no sorriso de Jessica para ele, será que eu estava mesmo com ciúmes?

— Parece ser simpática tua amiga. — ele puxou assunto.

— Simpática? — eu o olhei tentando controlar minha raiva. — Traição dá perda de herança.

“Você tem um gênio forte
Mas eu gosto disso
Você fica mais bonita quando está irritada.”
- Yeowooya / Lunafly


Eu entrei no banheiro e me tranquei lá por horas. Eu estava furiosa pelo comentário dele, com raiva pela insinuação de Jessica e revoltada com esse casamento que estava me fazendo fica apegada a ele, acho que de amizade colorida naquela hora nos tornamos desconhecidos novamente. Me acalmei um pouco, lavei meu rosto e saí do banheiro, ele estava de pé, parado e de braços cruzados me olhando, será que ele tinha permanecido assim todo aquele tempo?

— O que foi aquilo?

— Aquilo o quê? — minha voz estava áspera, eu não sabia como controlar aquele sentimento horrível de ciúmes que eu sentia.

— Só vou dizer uma vez, então preste atenção. — Ele me olhou sério. — Eu não vou te trair, nem hoje, nem amanhã, com nenhuma mulher deste planeta, incluindo sua amiga Jessica, serei fiel a você até o fim.

Eu fiquei em choque e sem reação, ele se aproximou de mim e me puxou para perto dele, me olhou suave com serenidade e me beijo novamente, confesso que fiquei surpresa, senti meu corpo cambalear, será que a amizade colorida havia retornado ou iríamos avançar mais?

Ele se afastou um pouco de mim, eu não sabia o que dizer, meus batimentos acelerados, o que estava acontecendo com nós dois? Ele pegou as chaves em cima da bancada:

— Já volto.

— Aonde… — eu hesitei em perguntar, será que ele estava irritado comigo?

Ele saiu sem dizer mais nada, não acredito no que tinha acontecido, me sentei no sofá cama, queria desabafar com alguém, mas não tinha ninguém que eu poderia confiar além dele. Minutos depois retornou, estava com um pacote em suas mãos, me entregou permanecendo em silêncio e se deitou ao meu lado fechando os olhos.

Abri o pacote sem entender, era uma barra de chocolate, não me contive e minhas lágrimas começaram a surgir com rapidez. Acho que ele me entendia melhor que eu mesma, será que eu estava com TPM, ele percebeu e eu não? Eu deitei lentamente ao lado dele, deixei passar alguns minutos e me aninhei no seu braço juntando meu corpo ao dele, olhei rapidamente e percebi que ele estava segurando o riso, não acredito que aquele noite estava sendo assim, queria muito avançar nosso status de amizade colorida para quase apaixonados, será que ele realmente sentia algo por mim?

Passaram 6 meses trabalhando no ateliê da Jessica, por mais que eu confiava em , eu não confiava nela. Sempre que ele aparecia para me buscar, ela dava um jeito de se aproximar e puxar assunto. Foi então que um dia ela se excedeu nas provocações, não consigo nem lembrar da cena dela perguntando ao se ele aceitaria ter um encontro com ela depois do nosso divórcio. Eu não me contive em arrancar algumas mechas daquele cabelo ruivo dela, mas é claro que foi lindo ver a marca da minha mão no rosto dela, foi épico!

Resultado, eu estava feliz e desempregada novamente. não havia entendido por que eu tinha me demitido, mas não perguntou o motivo.

“Você tem que algo que eu preciso
Eu estou dizendo isso no caso de você não saber, eu também sou um homem
A visão não é tão seguro, não acorde meus instintos.”
- Seeing You Or Missing You / Lunafly


Era novembro e estava rolando a festa de aniversário da empresa, por mais que não trabalhávamos, ainda éramos herdeiros, então eu e fomos convidados a festa. Quando chegamos, todos ficaram surpresos, as coras de nossa roupa eram a mesma. Tenho certeza que a maioria apostou que não sobreviveríamos nem 1 ano, e olha só estávamos completando quase 3. Eu agi naturalmente com relação aos olhares fulminantes da megera, além do mais eu ouvi os comentários de que ela estava com planos de investir no ateliê de Jessica, a bruxa e a aprendiz.

Enquanto foi cumprimentar sua mãe, eu fiquei caminhando pelo jardim que tinha a lateral do prédio, neste momento apareceu.

— Quem é viva sempre aparece — disse ele.

— É, eu ainda estou viva, sobrevivendo. — Eu o olhei — E você?

— Sobrevivendo a sua ausência nos sets de gravação — ele riu. — Aquilo é uma loucura sem você.

— Imagino. — Eu desviei o olhar para o espelho d’água. — Onde está Ye Eun?

— Viajando. — Ele se aproximou mais de mim. — Temos outra produção no Japão.

— Hum. — Eu permaneci parada onde estava, não percebendo sua aproximação. — Mais um j-drama.

— Sim. — Ele se posicionou ao meu lado e segurando em meu braço me virou em direção a ele. — Posso te esperar?

— Esperar para quê? — Eu o olhei sem entender, e realmente não estava entendendo o que ele estava falando.

Ele me abraçou de leve e acariciou meu cabelo, eu fiquei paralisada.

— Te esperar, para você ser minha — ele sussurrou em meu ouvido.

Eu não tive tempo para responder, quando me dei conta senti uma mão nos separar bruscamente, era que havia aparecido, ele deu um soco na cara de o derrubando no chão, fiquei assustada no momento:

— Traição dá perda de herança — disse num tom firme, rude e áspero ao olhar para mim.

Sem reação eu estava, sem reação eu fiquei, ele saiu com raiva, eu olhei para e o ajudei a se levantar:

— Você está bem? — perguntei, me preocupando com ele.

— Acho que tem alguém apaixonado. — Ele sorriu.

Não sei como, mas eu senti através do seu olhar que aquilo era uma armação, é claro que o tio de iria utilizar como uma estratégia para atrapalhar tudo, como eu não pensei nisso antes. Me desviei dele e saí do jardim, quando passei pelo saguão esbarrei na megera.

— Então, sobrevivendo? — Senti um tom irônico, então ela deu uma gargalhada.

— O que você quer? — Eu estava nervosa e aflita.

— Nada, só queria olhar para seu rosto de derrotada. — Ela colocou aquele sorriso de superioridade no rosto. — Vamos ver até quando essa brincadeira vai durar, é um homem e pelo visto está zangado com você. — Ela saiu com seu andar sinuoso, dando mais gargalhadas.

Eu realmente não entendi o que ela tinha me dito, pelo menos não queria entender, será que a suposição de estava certa? Nós tínhamos mudado nosso status para apaixonados incubados?

Eu procurei pelo prédio inteiro, mas já tinha ido embora. Saí correndo, peguei um táxi e fui para casa. Quando cheguei ele estava sentado na banqueta lendo jornal, eu respirei fundo, estava com medo do que aconteceria a seguir, queria que nada daquilo tivesse acontecido. Permanecemos em silêncio, eu me sentei no sofá cama colocando meus pés para cima me encolhendo, ele ainda estava com a roupa da festa, fechando seu jornal, tirou o paletó do terno e a gravata, ele abriu o armário para pegar o pijama, não sei se ele havia reparado que eu estava lá, mas ele parou frente ao espelho e começou a desabotoar a camisa.

Ok, neste momento nem o Papa conseguiria me fazer desviar o olhar, ver a linha de suas costas estava me deixando desnorteada, eu me levantei mais que depressa e peguei meu pijama que estava debaixo do meu travesseiro, eu não conseguia ser capaz de continuar naquele ambiente. Entrei no banheiro, deveria ter trancado a porta, será que foi intencional aquele pequena fresta entre a porta e a parede? Eu troquei de roupa lentamente, ouvi os passos dele, mas não dei importância, lavei meu rosto e saí, ele estava me olhando sério, eu o olhei por inteiro rapidamente, ele estava somente com a calça do pijama, comecei a pensar onde estaria a blusa dele.

Eu me desviei e ao passar por ele, segurou em meu braço e me virou em direção a ele, meu corpo gelou na hora:

— Não vai falar nada? — ele perguntou.

— O que eu falaria? — Eu o olhei. — Entendi o recado.

— Parece que não. — Ele segurou no meu outro braço — Posso ser sincero?

— Sim. — Eu quase gaguejei na hora, estava com medo que ele desistisse de tudo.

— Estou cansado. — Ele deu um passo para frente e eu recuei. — Estou cansado de me segurar perto de você, eu sou um homem e abraços não estão me satisfazendo.

. — Eu recuei ainda mais, até que senti minhas costas encostarem na parede. — Eu não estou te entendendo.

— Então entenda agora, nós seremos um casal de verdade, não vou mais me segurar perto de você.

Agora sim eu estava entendendo o que a bruxa havia dito, todo aquele tempo estava se segurando perto de mim, em quase três anos de casado ele havia sido tão gentil e nunca forçado nada. Ele finalmente se aproximou mais de mim e me beijou, com toda a intensidade que ele estava guardando todo esse tempo. Não imaginada que tínhamos esse fôlego, naquela noite senti que o loft havia ficado menor do que já era, a tradicional noite de núpcias havia se concretizado e nosso status mudado para casal apaixonado em andamento.

“Houve um evento que me fez feliz hoje o momento quando
Te conheci e o fato de que eu sabia que tinha alguém para ama.”
- Creating Love / Personal Taste OST (4minute)

 


 

CAPÍTULO 5


“Isso é amor, isso é amor
O vento soprando suavemente, as flores puras que florescem nas ruas
Isso é amor, isso é amor
Você me fez perceber que até as coisas banais podem ser amor.”
- This Is Love / Super Junior


Não contive meu sorriso de manhã ao acordar, ele já tinha saído para o trabalho e tinha deixado uma rosa salmon com as bordas avermelhadas e um bombom ao meu lado, senti um suspiro de felicidade vindo de mim. Ainda não acreditava nos acontecimentos da noite anterior, por que passou tão rápido? Pela primeira vez, eu concordei com o que o destino havia reservado para mim. Finalmente eu era uma mulher casada de verdade!

Mais 6 meses se passaram, eu ainda estava desempregada, a única notícia era que o delegado havia conseguido as provas da minha inocência, meu nome foi limpo e a loja da senhora Go Mi Nyu teve que me pagar uma pequena indenização.

Eu estava triste por ficar em casa, mas para espantar o desanimo resolvi preparar uma comemoração para o aniversário de . Passei a manhã pensando no que faria, então entrei na internet e selecionei uma receita super fácil de cupcake, eu sabia que ele amava sobremesas, após anotar os ingredientes que precisava, fui ao supermercado fazer uma pequena compra, estava um dia lindo e ensolarado. Ao retornar para casa, parei por um momento na porta para ajudar a senhora que morava no apartamento em cima do nosso a levar suas compras, e depois retornei ao loft.

Queria muito fazer uma surpresa, mas chegou bem na hora que eu estava começando a separar o que havia comprado:

— Hum… — Ele se aproximou devagar. — O que está aprontando?

— Eu nada. — Eu me virei tentando esconder a bagunça que tinha feito na bancada.

— Não é o que me parece. — Ele riu.

— Ok. — Dei um suspiro fraco. — Estava tentando fazer algo para seu aniversário.

— Interessante. — Ele pegou o papel que a receita estava anotada — Cupcake.

— Você não deveria estar trabalhando?

— Resolvi chegar mais cedo. — Ele pegou a tigela que estava em cima da bancada, arredou para perto dele e quebrou os ovos dentro — Que bom que cheguei, não é?

— Ei! — Eu peguei o pacote de farinha, antes que ele pegasse e o olhei. — Eu estou fazendo isso, kojo!

— E você sabe fazer? — ele riu.

— Receitas existem para ajudar.

— Tudo bem, vou ficar aqui do lado observando. – Ele cruzou os braços, segurando o riso.

Eu assenti, ainda contrariada, coloquei o açúcar e os outros ingredientes deixando a farinha por último. Estava misturando tudo tranquilamente, quando de repente jogou um pouco de farinha no meu rosto, eu me virei no susto e meu cabelo ficou todo branco, o olhei e rindo, joguei um pouco nele, fizemos uma guerra de farinha, eu tentei fugir, mas ele era mais rápido e mais forte que eu. Resultado? Todo o loft estava branco de farinha, assim como eu e ele sujos e rindo de tudo aquilo, parecíamos duas crianças.

se aproximou de mim e me ajudou a retirar o excesso de farinha do meu cabelo, suas mãos eram leves e seu toque suave:

— Acho que está bom, agora só com água mesmo.

— Isso é um convite? — Ele me olhou com aquela malícia que só ele tem.

— Não. — Tentei segurar o riso, sem sucesso. — Preciso de mais farinha, ainda quero comemorar seu aniversário.

— E quem disse que não vamos comemorar? — Ele segurou em minha cintura e me beijou calmamente, bem não tão calmamente assim.

realmente não conseguia se segurar, seu beijo era intenso e incontrolável. Nossa comemoração foi do jeito que com certeza ele tinha planejado, e no fim o cupcake nem fez falta.

“Por causa de você, meu coração é colorido
No mundo em preto e escuro, no momento em que tento fechar meus olhos
Você faz minha vida colorida.”
- Colorful / SHINee


Eu fui acordando lentamente, e me espreguiçando fui sentindo um cheiro gostoso e convidativo, quando abri os olhos, o vi parado em frente o balcão, ele estava fazendo algo, me levantei em silêncio e fui até ele:

— Bom dia — disse ele, ainda concentrado.

— Bom dia. — Eu olhei ao meu redor e vi que o loft estava limpo e arrumado, virei minha atenção para bancada e ele estava decorando os cupcakes. — O aniversário era seu, esse seria meu presente.

Ele terminou de decorar o último em silêncio, se virou para mim e ficou me olhando por um tempo com um largo sorriso.

— Seu amor já é meu maior presente. — Ele deu um beijo de leve em minha testa. — Tenho uma coisa que queria te falar.

— O que é?

— Eu estava pensando, vi seus desenhos e como você gostou de trabalhar com sua amiga…

— Ex-amiga — eu o corrigi.

— Sim, ex-amiga. — Ele riu. — Enfim, por que você não abre seu próprio ateliê?

— Eu? — Eu me afastei um pouco dele. — Como? Eu não tenho dinheiro para isso, o que ganhei da indenização não daria nem para o começo.

— Você quer ou não? — Ele me olhou sério.

— Eu gostaria, mas…

— Sim ou não? — insistiu ele.

— Sim, eu quero.

— Não se preocupe com o dinheiro. — Ele se aproximou de mim e me abraçou. — Vai dar tudo certo.

Algumas semanas se passaram e havia me ajudado a organizar minha lista de necessidades para montar meu ateliê. Nunca conheci uma pessoa tão comunicativa e cheia de contatos como ele. Conseguimos que o seu jornal promovesse meu ateliê fazendo uma matéria sobre mim na parte de cultura e entretenimento.

Foram dois meses de muitos croquis, modelagens e costuras de teste, até que consegui elaborar uma coleção de sete peças todas inspiradas na bandeira da Coreia do Sul. havia comprado duas máquinas para mim, ainda queria entender de onde ele havia tirado aquele dinheiro, afinal todo investimento estava saindo dele. A seção de fotos da minha coleção foi feita no Rio Cheonggyecheon, e o próprio foi o fotógrafo, gostaria de saber se há mais alguma qualidade dele que eu não sei. Meu marido é literalmente uma caixinha de surpresas.

Em menos de uma semana a edição do jornal já estava pronta e sendo comercializada nas bancas, minha ansiedade era grande, o jornal que ele trabalhava era conceituado e muito famoso. Recebi várias críticas construtivas de diversos personalidades da moda, era um sonho sendo realizado graças a ele, o homem que o destino colocou em minha vida, acho que deveria agradecer nossos pais pela ideia de nos unir.

“Poderei alcançar o melhor da minha vida
Como se eu não vivesse sem arrependimentos
Com a mente que se agitou, e ficou cheias de esperanças.”
- S.E.O.U.L / Super Junior & Girls Generation


Era sábado à noite e eu estava sentada no sofá-cama em meio aos lápis de cor e papeis espalhados, desenhando alguns croquis de sapatos e acessórios, quando ele chegou:

— AnnyeongHaseyo — ele disse ao entrar já fechando a porta.

— Boa noite. — Eu permaneci com minha atenção voltada para meu croqui.

— Hum. — Ouvi alguns passos dele — Não vai olhar para mim?

— Desculpa, estava concentra… — eu levantei minha face e o olhei, vi um bouquet de rosas rosadas em sua mão direita — … da.

— Parabéns! — Ele me entregou o bouquet.

— Não é meu aniversário. — Eu peguei as rosas, ainda admirada, sorri para ele. — Mas obrigada, são lindas.

— Que bom. — Eu o abracei no impulso, depois me afastei. — Acho melhor colocá-los em algum lugar.

Ele foi para o banheiro, enquanto eu tentei encontrar um jarro para colocar as rosas, não demorou muito e ele saiu:

— Você jogou todas as suas camisas fora? — eu perguntei o olhando, vendo que estava somente com a calça do pijama, eu segurei a respiração, as linhas do seu abs ainda me deixava desnorteada, não acreditava que tudo aquilo era só meu.

— Esse lugar fica quente quando estamos juntos. — Ele riu, vindo em minha direção.

— Sei. — Eu o olhei, rindo. — Tira esse sorriso malicioso dos lábios, senhor meu marido.

— Adoro quando me chama assim — ele me abraçou, segurando em minha cintura.

— É, senhor meu marido.

— Hum. — Ele me olhou — Tenho outra novidade.

— Outra?

— Sim, terá um evento de moda promovido pelo ministro da cultura, para apresentar novos estilistas ao mercado, tomei a liberdade de inscrever seu ateliê.

— O quê? — eu o olhei — , eu não estou pronta para esse nível.

— Tenho certeza que está. — Ele beijou minha testa — Além do mais, eu estou aqui para te ajudar e a Ye Eun também.

— Ye Eun? Como?

— Ela se demitiu da produtora, eu pedi a ela para te ajudar, acho que tem uma sócia agora.

, já estou te devendo tanto, como vou pagar?

— Com beijos. — Ele me deu um selinho de leve e sorriu.

— Seu bobo. — Eu o abracei forte.

Os dias se passaram e eu fui até o local do evento com a Ye Eun para acertar os detalhes, selecionamos as modelos que desfilariam com minhas peças e assinamos os termos de responsabilidade e compromisso com o evento, eu descobri que o ateliê da Jessica iria participar também, será que sabia disso? pelo sim, pelo não, era questão de honra ser a melhor nesse evento.

Com a ajuda de Ye Eun, eu completei minha coleção aumentando para 12 looks totalmente inspirados na bandeira sul coreana, senti um pouco de ansiedade em saber se os críticos iriam gostar das novas peças. Felizmente, eu tinha , meu amado marido para me acalmar!!!

 

“Porque eu sei mais do que qualquer um a força e o significado do amor.”
- All My Love Is For You / Girls Generation

 


 

CAPÍTULO 6

 

“Eu continuo a me apaixonar, me apaixonar
Quando te vejo, meu coração, oh, oh, oh, oh
Apaixonar-se, se apaixonar
Eu só quero você, o que devo fazer garoto?”
- Falling In Love / 2NE1


Faltava 2 das para o desfile, eu estava terminando os últimos ajustes das peças nas modelos, Ye Eun estava me ajudando, passamos a tarde organizando as araras com as roupas e fomos para casa. Quando cheguei no loft estava saindo do banheiro e como sempre sem camisa, ele parou na porta e ficou me olhando, respirei fundo olhando aquele abdômen me hipnotizar como todas as outras vezes, seu corpo ainda estava exalando o vapor da água quente do chuveiro:

— Acho que teremos que ir às comprar — eu brinquei, tentando voltar a minha sanidade.

— Eu gosto assim. — Ele soltou um riso alto e caminhou até mim. — Como estamos?

— Se for o desfile, está tudo pronto, amanhã faremos o ensaio com as peças.

— Hum. — Ele me abraçou pela cintura. — Então…

— Então? — Eu segurei o riso. — Que olhar malicioso é esse? — Eu não aguentava aquele olhar, sentia minhas pernas bambas com aquilo.

— Podemos comemorar antecipado. — Ele sorriu de canto.

— Até imagino no que esteja pensando. — Eu envolvi meus braços no pescoço dele.

— Saranghae! — ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo arrepiar e me beijou de leve.

A intensidade em que demonstrava em seus beijos me deixava sem fôlego, não vimos a hora passar e infelizmente ela passou tão rápido. Desta vez eu acordei primeiro, quando tentei me levantar, me puxou pelo braço me fazendo deitar novamente:

— Onde pensa que está indo, mocinha? — ele sorriu.

— A mocinha tem um compromisso.

Ele ergueu a face e olhou no relógio da parede as horas, e jogando seu corpo sobre o meu me deu um selinho:

— E você acha que eu vou te deixar sair a essa hora? São seis da manhã e eu quero dormir mais.

— Nada disso. — Ele se afastou e deitou ao meu lado me puxando, eu me aninhei nos braços dele. — Agora sim, do jeito que eu gosto.

Eu ri baixo, nós ficamos assim por algum tempo, conversando. À tarde, eu me encontrei com Ye Eun em frente ao edifício que seria o evento.

— Então, animada? — disse Ye Eun, transbordando empolgação.

— Posso ser sincera? — Eu respirei fundo. — Estou nervosa.

— Calma, amiga, vai dar tudo certo. — Ela sorriu.

Vai dar tudo certo! Por que será que essa frase só funciona quando o falava. Quando entramos na sala que havia sido reservada para mim, eu fiquei em choque.

— Céus! O que aconteceu aqui? — disse Ye Eun.

— Oh não. — Eu olhei para o lugar que estava todo revirado, as peças de roupas no chão rasgadas, eu senti as lágrimas rolarem em minha face.

“Seu coração que costuma ser forte se torna frágil quando eu estou magoado
Silenciosamente pegue minhas mãos, silenciosamente me abrace,
Eu apenas desejo esses pequenos confortos
Você não sabe do meu coração, que sempre quer fazer mais por você.”
- No Other / Super Junior


Eu liguei para e contei o que havia acontecido, estava desesperada, ele tentou me acalmara pelo telefone, mas não dava, eu estava nervosa de mais, com raiva de mais e revoltada de mais, havia somente uma pessoa para resumir aquilo: Jung Ah!

Eu fiquei alguns minutos ajoelhada no chão chorando em meio as roupas, nem mesmo Ye Eun conseguia encontrar palavras para me fazer ficar melhor, quando chegou eu me levantei e o olhei, tentei limpar as lágrimas que ainda estavam no meu rosto.

— Pâms, está melhor agora? — se aproximou de mim, já me abraçando.

— Não, não consigo me conformar. — Eu me aninhei nos braços dele. — Tenho certeza que foi a bruxa.

— Eu também não duvido disso. — Ele se afastou de mim. — Mas não vamos deixar isso passar.

— O que quer que eu faça? — eu o olhei.

— Faremos esse desfile. — Ele retirou sua mochila das costas. — Trouxe suas coisas de costura, tenho certeza que terá uma ideia.

— Temos menos de 24 horas. — E, pela primeira vez em meses, eu estava insegura.

— Me dá isso aqui. — Ye Eun pegou a mochila. — Sabe quantas roupas tivemos que consertar naqueles sets de filmagem? — Ela riu. — Isso não é nada.

— Ye…. — eu nem terminei e ela me puxou pelo braço.

Passamos à noite e a madrugada consertando todas as 25 peças dos 2 looks da coleção. No final, tudo ficou ainda mais lindo do que já era e eu estava acabada de tão cansada.

Às 7 da noite começaria o desfile dos jovens estilistas e estava tudo pronto, todas as minhas modelos estavam utilizando uma capa branca com a bandeira coreana bordada nas costas, todas encapuzadas, queria fazer suspense já que a bruxa estava na plateia. Todos os desfiles foram criativos, porém com temas parecidos. Enfim, eu era a última a apresentar a coleção, quando a primeira modelo pisou na passarela e retirou a capa, todos ficaram sem reação no primeiro momento e logo os aplausos foram surgindo na medida que as outras foram entrando, ao final eu e Ye Eun entramos e agradecemos nos curvando em cumprimento. Eu olhei na direção que Jung Ah estava sentada, vi Jessica ao seu lado, eu dei um sorriso debochado e voltei para os bastidores com Ye Eun e as modelos.

Finalmente tinha realizado meu sonho de estilista, me abraçou tão forte me parabenizando, eu estava feliz por tudo aquilo, alguns críticos vieram falar comigo, mas deixei que Ye Eun cuidasse desses assuntos de publicidade e propaganda do nosso atelier.

— Então? — segurou em minha mão, se colocando ao meu lado.

— Parece que essa eu ganhei da megera.

— Sim. — Ele sorriu para mim.

Nós ficamos nos olhando por um tempo até que uma voz feminina que eu desconhecia surgiu atrás de nós:

— Annyeonghaseyo, oppa. — ela era um pouco baixa e magra, o olhava de forma carinhosa como se o conhecesse.

— HyunAh. — Ele se virou imediatamente, talvez a conhecesse. — O que faz aqui?

— Estou passando alguns dias para ver meus pais, liguei para sua mãe. — Ela me olhou rapidamente, vi seus olhos se abaixando, com certeza viu que eu e estávamos de mãos dadas .— Ela me disse que estaria aqui.

— Hum. — Ele respirou fundo, seu rosto parecia confuso e transtornado. — Bem, esta é minha esposa — completou.

— Boa noite. — Eu estiquei minha mão em cumprimento.

— Prazer, sou Park HyunAh. — Ela pegou em minha mão aceitando o cumprimento. — Oppa, sei que deve estar ocupado, mas podemos conversar?

— Sim, claro. — Ele se virou para mim. — Se importa de pedir a Ye Eun para te levar em casa?

— Não, nenhum pouco. — Eu agi naturalmente, mas por dentro queria jogar a garota de uma ponte.

Ele deu um beijo em minha testa e se afastou com ela, eu respirei fundo o olhando ir e tentei não ficar insegura e nervosa, mas é claro que iriam aproveitar o momento para me desestabilizarem.

— Parabéns pelo desfile — disse .

. — Eu o olhei. — Você aqui?

— Ye Eun é minha irmã, se lembra?

— Sim. — Eu desviei meu olhar para porta.

— Preocupada?

— O que você quer? — eu o olhei séria.

— Não precisa ficar assim, não vou tentar nada, apesar de querer. — Ele me olhou...

— Desculpa. — Eu desviei meu olhar novamente. — Acho que ainda estou ansiosa com esse evento, afinal amanhã sairá em todos os noticiários.

— Eu não acho que esteja assim por causa do evento.

—O que quer dizer?

— Teria que ser muito desatento para não perceber. — Ele suspirou fraco. — É, acho que não terei mais chance, eu realmente queria.

— Eu preciso ir embora. — Eu me afastei dele.

Era óbvio que eu estava com ciúmes e certamente havia notado, depois de todos essas meses, todos já notavam que eu e estávamos realmente casados e apaixonados. Quando tomei impulso para sair, ele pegou em meu braço:

— Não precisa ficar assim, HyunAh só foi um passado distante que deixou meu primo, e pelo que vi hoje, você é o futuro dele.

Eu saí de lá, nem mesmo me lembrei de pegar carona com Ye Eun, não queria voltar para casa, não queria conversar com ninguém, eu caminhei pela rua sem direção e sentei em um ponto de ônibus qualquer, comecei a pensar em tudo que havia acontecido desde que me casei com .

“Não há ninguém como você, mesmo se eu olhar em volta é tudo igual
Onde mais procurar?
Uma boa pessoa como você,
Uma boa pessoa como você,
Um coração bom como o seu,
Um presente bom como você.”
- No Other / Super Junior


nunca havia me contado dos seus relacionamentos anteriores, e sempre que eu o perguntava sobre, sua resposta era a mesma, que havia se apaixonado e ferido há muito tempo, fiquei imaginando se esta HyunAh era a pessoa que havia ferido seu coração e pelas palavras de , com certeza era ela.

Eu realmente não queria chorar, mas minhas lágrimas saíram tão espontaneamente, passeis alguns minutos com a cabeça abaixada tentando não pensar em nada, quando senti uma pessoa sentar ao meu lado, tudo ficou muito silencioso por um tempo.

— Não gosto de ver essas lágrimas. — Era , ele me olhava de forma tranquila e serena.

— Me desculpe. — Eu limpei meu rosto de leve. — Elas saíram sem que eu percebesse.
Ele se aproximou mais e segurou em minha mão, nos olhamos por um breve momento até que ele me beijou, o beijo de sempre, suave e intenso, doce e malicioso, meu coração sempre acelerava com isso.

— HyunAh faz parte do meu passado, não foi tão bom assim, por isso nunca quis falar sobre o assunto.

— Ela te machucou?

— Não importa agora, HyunAh sabe que nosso casamento não é mais somente pela herança.

— Não é?! — Eu o olhei meio sem palavras.

Ele me olhou e acariciou meu rosto, um toque suave, seu sorriso me acalmava, seu olhar gentil, fico imaginando como eu evitei ele por tanto tempo, meu marido era mesmo lindo. Ele me abraçou forte, seu perfume era tão bom:

— Não quero somente cinco anos, você é mulher de uma vida inteira, não imagino mais minha vida sem você.

Ele nem esperou eu continuar, mais uma vez me beijou, como aquele beijo era tão bom, eu também não imaginava mais minha vida sem ele, nosso status de casal apaixonado estava mais forte ainda. Ele esperou até que eu me sentisse bem para irmos embora, quando nós voltamos para o loft eu fui trocar de roupa no banheiro, enquanto preparou um chá para mim. Mesmo estando íntima dele, ainda me sentia com vergonha de me trocar na sua frente, quando saí do banheiro me sentei no canto do sofá cama, ele veio até mim e me entregou a xícara de chá, era camomila.

Eu agradeci com um sorriso, meu marido era realmente atencioso e carinhoso comigo, será que era assim um casamento de pessoas comuns? Acho que não, ele não era uma pessoa comum, nosso casamento jamais seriam comum. se trocou na minha frente sem nenhuma vergonha, eu já não me incomodava mais por ele não usar a camisa do pijama, eu até gostava de ver como o corpo do meu marido era lindo, ele se sentou ao meu lado e ficou acariciando meus cabelos. Me senti tão confortável e protegida que qualquer insegurança que eu tivesse não resistiria aquilo, ele começou a cantar baixinho no meu ouvido, não aguentei e logo adormeci em seus braços.

Alguns dias se passaram, a repercussão do evento foi positiva, Ye Eun fechou vários contratos com empresas do Japão e de Taiwan, o ateliê era visitado com frequência por algumas celebridades e nosso showroom era o mais elogiado pelas revistas. Finalmente estava tudo ocorrendo muito bem, até que eu comecei a me sentir estranha, meu corpo sempre cansado, às vezes sentia até náuseas. Ye Eun achava que era por que eu não me alimentava bem, mas o que será que estava acontecendo comigo?

, estava mais preocupado que eu, será que eu estava doente? Nós fomos ao médico, eu estava com medo de ser algo ruim, após vários exames, o médico deu a notícia mais imprevisível.

Eu estava grávida e de gêmeos, faltando 1 ano para completar nossa missão!

“Vamos na mesma estrada, apenas gostando um do outro,
Como uma surpresa, agradecimento, é apenas amor.”
- No Other / Super Junior

 


N/A: Ommo... Gêmeos!!!


 

CAPÍTULO 7


“Você fez o meu coração disparar
Senhor, senhor (o melhor)
Senhor, senhor (é você)
Você faz vidro quebrado se tornar estrelas
O escolhido para me fazer brilhar, esse é você.”
- Mr Mr / Girl’s Generation


A notícia da minha gravidez havia nos deixado de surpresa, não sabíamos se contávamos a todos os se permanecíamos em silêncio, afinal algumas pessoas desejavam nosso mal, e sim eu estava me referindo a bruxa Jung Ah. estava tão atencioso comigo, ele não sabia como reagir, senti que ele estava transbordando de felicidade e eu também. Seria um ano muito duro para nós, afinal eu não poderia fazer muito esforço no ateliê por causa da gravidez, e além de que decidimos que realmente tínhamos que nos mudar.

Apartamento novo de duas suítes, sala, cozinha, lavabo e varanda, não ficaria barato, mas estávamos pensando no conforto dos bebês, após a ultrassonografia o médico afirmou que eu estava com três meses de gestação, era um momento delicado que eu deveria ficar em segurança e conforto. Eu ainda não acreditava, eram gêmeos, e não sabíamos nada sobre ter filhos, acabou comprando alguns livros sobre o assunto, seus olhos brilhavam sempre que falava nos possíveis nomes.

Eu estava me sentindo tão feliz e realizada que nem me lembrava da herança, não me lembrava de nada que não fosse e nossos filhos que cresciam dentro de mim. Era uma sensação única que eu não queria que acabasse, pouco a pouco conseguimos decorar o nosso novo apartamento. A surpresa de nos mudarmos e o fato de eu não estar indo no ateliê fez com que Ye Eun nos visitasse.

— Eu não esperava sua visita — disse ao abrir a porta. — E nem a sua, .

— Ficamos curiosos com essa mudança repentina — disse , dando um sorriso leve.

— Entrem. — Eu abri mais a porta.

Eles entraram olhando em volta toda a decoração do apartamento, veio da cozinha e os cumprimentou formalmente, fiquei meio com receio da sua reação ao ver , mas tudo saiu com a máxima tranquilidade. É claro que não ia criar nenhuma situação que me causasse estresse.

— Surpreendente vocês aqui — disse ao se aproximar de mim e segurar em minha mão.

— Depois de quatro anos naquele mini-loft, queríamos ver onde o casal inusitado estava morando — respondeu

— Casal inusitado? — Eu olhei para . — Esse virou nosso apelido.

— Sim, depois do desfile — afirmou Ye Eun em risos. — Ouvi muitos comentários na Styleships a respeito disso, parece que o plano do tio e do seu pai deu certo.

— Plano? Que plano? — eu perguntei.

— Juntar vocês — respondeu . — Eu me lembro de quando estávamos no colegial e o tio não queria deixar ir para América estudar. Ele queria que meu primo se aproximasse de você.

— Cheguei a suspeitar disso — disse . — Meu pai sempre me falava de você, de como era linda.

— Era? — Eu o olhei.

— Ficou ainda mais — ele respondeu, meio envergonhado.

“Meu coração, diz em voz alta, minha alma livre
Os dias que passam são maiores que o tempo quando eu amo você
Com um coração que sempre se sente como na primeira vez.”
- No Other / Super Junior


De repente eu senti um certo desconforto e saí correndo da sala para o lavabo, me ajoelhei em frente o vaso sanitário e vomitei, ainda não tinha me acostumado com esta parte da gravidez. veio atrás de mim, sendo seguido pelos dois, eu me levantei e lavei meu rosto e minha boca, estava sentindo mesmo um mal-estar. Ye Eun segurou o riso, acho que ela sabia o significado disso, ela já estava mesmo desconfiada antes mesmo de eu ir no médico, não era bem uma surpresa, já que eu e havíamos nos transformado em um casal de verdade.

— Eu sabia — disse Ye Eun.

— Sabia o quê? — perguntou .

— Ela está grávida — respondeu ela.

— Jinja? — me olhou surpreso e ou mesmo tempo desapontado, acho que ele ainda tinha esperanças quanto a sua paixonite por mim.

— Sim — confirmou , dando um sorriso de satisfação, percebi que ambos ainda tinham uma certa rivalidade.

— Hum, acho melhor conversarmos na sala — eu disse.

Nós voltamos rindo, eu chamei Ye Eun para ver o quarto que seria dos bebês, ainda estava tudo encaixotado e bagunçado, e ela me deu algumas dicas de cores para as paredes, Ye Eun entendia muito de decoração.

— Se for menino ao contrário do trivial azul, você poderia colocar um verde piscina, e se for menina nada de rosa, por favor.

— Ye Eun, rosa é bonito — eu questionei.

— Rosa é clichê. — Ela riu. — Eu acho que um alaranjado ficaria lindo e mais original.

— De certo modo você tem razão.

— Eu sempre tenho razão quando se trata de decoração, afinal quem mesmo que cuidava dos cenários dos dramas da Styleships?

— Você. — Eu apontei para ela.

—Viu! — Nós rimos.

Depois fomos para a cozinha, ao contrário do loft, a cozinha era tão espaçosa e bonita, a parede ao lado da porta tinha uma faixa larga de ladrilho hidráulico muito bonita, Ye Eun ficou encantada com o fogão cooktop e a bancada de granito preto, eu vi seus olhos brilhando, ela era reaumente apaixonada por decoração. Eu iria preparar um lanche com a ajuda dela, entre risos e perguntas indiscretas, nós retiramos alguns ingredientes do armário e colocamos na bancada da pia. Combinamos que eu ia preparar os sanduíches e ela o suco de uva.

— Estou tão feliz por vocês, triste por que não será minha cunhada.

— Mas entrei para família — eu disse, pegando o pão de forma na geladeira.

— Verdade, imagina se você tivesse se casado com namorando o — supôs ela, Ye Eun realmente fazia de tudo para que rolasse um romance entre eu e seu irmão.

— Aí seria complicado. — Eu peguei o pote de maionese e comecei a misturar na ricota que estava na vasilha. — Eu gosto do , mas nunca olhei para ele como algo além de amigo.

— Ah, deixemos esse assunto do passado no passado, o que importa é que agora somos uma única família. — Ela deu uma gargalhada engraçada. — Meu irmão logo supera isso, além do mais teremos um novo integrante.

— Novos — eu a corrigi, começando a passar a mistura no pão.

— Novos? — ela me olhou surpresa.

— São gêmeos, só não sabemos o sexo.

— Jinja? — ela deu um sorriso de alegria. — Quero ser madrinha dos dois.

— Jinja! — Eu sorri também. — É claro que vai ser, mas quero que guarde segredo. A bruxa não pode nem desconfiar.

Ela fez um sinal engraçado de juramento, nós terminamos e fomos para sala, eu fiquei impressionada, e estavam conversando de forma tranquila e civilizada, acho que estavam se acertando, ou pelo menos selando um acordo de paz. Eu e Ye Eun colocamos as coisas na mesa de centro, nós sentamos no chão em cima do carpete e das almofadas. Estava mesmo parecendo uma comemoração de mudança, mesmo tentando desfaçar seu descontentamento não deixou de fazer várias brincadeiras e Ye Eun sempre dando dicas de possíveis nomes para os bebês.

— Ah, eu gostei de JinHo — eu disse, ainda rindo do comentário de .

— JinHo? Sério?

— Sim — eu confirmei, gostei.

— E se vier menina, já pensaram? — perguntou .

— Eu gosto de Sunny — disse Ye Eun. — Acho bonito.

— Hum, Sunny. — me olhou. — Achei legal.

— Viu, eu tenho bom gosto. — Ye Eun riu pegando um dos sanduíches.

— Eu acho que terei que regrar minha fome, estou no começo da gravidez e já estou comendo horrores.

— Que medo — disse Ye Eun. — Cuidado, você não pode engorda além do permitido.

— Nós sabemos, o médico nos disse — disse . — Estou controlando a fome dessa leoa.

Todos rimos desse comentário, e de outros que surgiam graças as palhaçadas de Ye Eun.

“Você me apoiou e sorriu,
Porque eu sei mais do que qualquer um a força e o significado do amor.”
- All My Love Is For You / Girls Generation


— Mas agora vocês podem voltar pra empresa — disse .

— Como? — dissemos eu, e Ye Eun juntos.

— Oh, vocês não sabem.

— Não sabemos do quê? — perguntou . — Do que você sabe?

— Bem, é claro que meu pai e a senhora Jung Ah, iriam deixar essa parte encoberta. — riu de leve e bebeu o último gole que estava em seu copo.

— Está falando do quê, irmão?

— Estou surpreso por nem você saber Ye Eun, mas é claro que não saberia, você e são melhores amigas.

— Pare de rodeios, . — Eu o olhei, tentando me manter calma.

, não fique muito nervosa, pelo bebês. — me olhou segurando em minha mão, depois olhou para . — Por favor, nos diga o que sabe sem rodeios.

— Me desculpem. — me olhou. — Não queria te deixar assim, mas é que para mim é novidade o advogado não ter dito isso a vocês dois.

— Dito o quê? — Ye Eun demonstrou impaciência também.

— Existe uma cláusula oculta que anula todas as exigências do testamento e encerra o prazo de cinco anos.

— Que cláusula? — perguntou .

— Filhos — disse ele de forma direta — Tio e o senhor , acreditavam que se vocês dois tivessem um filho o plano deles de juntá-los teria dado certo, então vocês dois estariam mesmo apaixonado um pelo outro. — Ele riu rapidamente. — Eles conheciam bem vocês dois para saber que não teriam um filho sem estarem apaixonados, nem mesmo pela herança.

— Não acredito que meu pai fez isso — eu disse, tentando segurar o riso espontâneo. — Eles realmente não estavam interessados em nos dar a herança, só queriam que ficássemos juntos.

— E conseguiram — disse .

— E como eles podem pegar a herança de volta? — perguntou Ye Eun. — Afinal ainda falta um ano para terminar o prazo.

— Bem, eles devem apresentar o exame de gravidez ao advogado. — se levantou. — Se ele perguntar como descobriram sobre a cláusula, diga que eu contei. O advogado Han sabe que eu sei sobre isso.

— Obrigado — disse ao se levantar e esticar sua mão direita em cumprimento.

— Só fiz o que é certo. — apertou a mão dele. — Não quero ficar com nada que não seja meu no futuro. — Ele olhou para mim. — Bem, temos que ir agora.

— Verdade, até breve, amiga. — Ye Eun me abraçou de leve e se levantou. — Até breve, appa — ela brincou com entre risos.

— Eu levo vocês até a porta.

Eu permaneci sentada no chão, enquanto se despedia deles na porta. Ainda não acreditava no que havia presenciado, teríamos nossa herança de volta e o mais louco, por um motivo que nem imaginávamos. A vida é mesmo surpreendente e nosso destino era mesmo imprevisível.

— Então, o que você tem a dizer? — me olhou ao fechar a porta.

— Bem, estou meio sem palavras. — Eu me levantei. — Sem reação também.

— Se for realmente verdade, não teremos problema com dinheiro mais. — Ele caminhou até mim.

— Tenho medo de todos saberem e acontecer algo ruim.

— Fala da Jung Ah? — Ele segurou em minha mão. — Ela não pode te fazer nada, e eu sempre vou estar com você.

— Não consigo me sentir segura, não quando penso nela. — Eu o olhei, senti meus olhos se encherem de lágrimas.

— Então só pense em mim e nos nossos filhos. — Ele me abraçou acariciando meus cabelos. — Eu vou te manter em segurança, eu prometo.

Sim, nos braços dele eu me sentia segura sempre, me beijou de leve, seu beijo doce e suave que me fazia esquecer todos os problemas.

“Para estar com você por toda a nossa vida, eu aceito.
Te amar, eu aceito
Nos momentos de intenso frio e fortes chuvas, estarei lá para te proteger, eu aceito.
Me deixa ser o único para te proteger, meu amor.”
- Marry U / Super Junior

 


N/A: Próximo será capítulo final!!!


 

CAPÍTULO 8
The End

 

“É de todo meu coração, baby, meu coração que está cheio de você.
Coloque sua mão no meu peito, está batendo
Você é tudo na minha mente, mesmo nos dias difíceis do mundo
Você me faz sentir vivo em um dia cansativo.”
- All My Heart / Super Junior


Finalmente tínhamos finalizado toda a decoração do nosso apartamento, sempre com os precisos palpites de Ye Eun é claro. O quarto que seria das crianças tinha ficado tão lindo, eu estava no sexto mês de gestação, e nesta tarde iríamos ao médico para ver o sexo dessas fofuras que estavam crescendo dentro de mim, nunca imaginei que ser mãe seria tão emocionante.

Quando chegamos ao consultório, o médico já estava nos aguardando em sua sala.

— Bem-vindos novamente, appa e omma.

— Olá, doutor Lee — disse se curvando em cumprimento.

— Bom dia. — eu sorri de leve. — Estamos ansiosos para saber.

— Sim, estamos muitos. — segurou minha mão.

— Bem, me acompanhem até a sala de ultrassom. — O Lee caminhou até a porta e a abriu. — Espero que desta vez eles nos deixem ver — comentou, rindo.

Nós o seguimos rindo, caminhamos pelo corredor principal do hospital até chegarmos no elevador, paramos dois andares acima e seguimos até a sala de ultrassonografia. Ao entrar a enfermeira que já aguardava me levou até o banheiro para me trocar, e quando voltei me deitei na maca, eu estava mesmo ansiosa. ficou ao meu lado segurando em minha mão, logo que o doutor Lee colocou derramou uma gelatina super gelada em minha barriga e colocou o aparelho começamos a ouvir as batidas dos corações deles.

Eu olhei para , ele estava tão emocionado que seus olhos estavam cheios de lágrimas. De repente eu senti uma saudade do meu pai, queria que ele estivesse aqui, presenciando tudo.

— Hum — disse o doutor Lee — Interessante.

— Então, doutor? — perguntou meio apreensivo, olhando fixamente para o monitor. — Descobriu?

— Sim. — O doutor riu. — Desta vez quiseram se mostrar.

— E? — Eu me mexi de leve.

— É um casal.

— JinHo e Sunny — disse se rendendo a primeira lágrima. — Meu príncipe e minha princesa.

— Sim — eu concordei, dando um largo sorriso e sentindo as lágrimas rolarem no meu rosto.

Nós ficamos mais alguns minutos ouvindo aquelas lindas batidas, tirou mais algumas dúvidas com o médico e pegou a pasta com as fotos da ultrassom. Mesmo sabendo da cláusula oculta, eu e decidimos que iríamos levar até o fim, só faltavam seis meses mesmo, então pedimos a Ye Eun e ao que não contassem a ninguém sobre os gêmeos.

Quando retornamos ao apartamento, eu me sentei no sofá da sala, estava cansada, mesmo que minha barriga não tivesse crescido o tanto que o doutor Lee havia presumido, eu carregava três pesos e me sentia como se tivesse puxando um carro sozinha. sentou ao meu lado e começou a acariciar minha barriga.

— JinHo, Sunny, é o appa. — Ele beijou minha barriga. — Appa quer muito ver vocês, mas na hora certa.

— Sim — eu concordei. — Nada de nascerem na data errada.

. — Ele me olhou. — Komawo.

— Por que está me agradecendo? — Eu o olhei.

— Por tudo. — Ele acariciou minha face. — Por estar em minha vida, por me amar, por me dar este presente. — Ele tocou em minha barriga de novo e logo sentimos um chute.

— Ommo. — Eu o olhei. — Sentiu?

— Sim. — Ele sorriu, aquele sorriso que me fazia paralisar no tempo. — Vocês estão felizes como o appa?

— Com certeza. — Eu ri. — Assim como a omma, eles te amam muito.

se aproximou com cuidado e me beijou de leve, então ficou me olhando com suavidade e começou a cantar bem baixinho, sua voz era tão linda, mas uma qualidade que eu havia descoberto em meu marido. Definitivamente aquele casamento era a melhor ideia que meu pai teve para minha vida, e sim o plano dele e do pai de havia dado certo.

“Eu estou realmente feliz nesse momento,
Realmente grato por você ter vindo a mim,
Obrigado por ser quem me ama, apenas você e eu,
E eu, e eu, exatamente você.”
- All My Heart / Super Junior


— Hum. — Eu respirei fundo. — Eu acho que estou com desejo.

— Desejo. — Ele me olhou, surpreso. — Isso é novidade.

— Também acho, nunca tive isso até agora. — Eu me ajeitei no sofá. — Mas eu quero tanto comer yakisoba cheio de frango.

— Você quer que eu faça? Ou prefere que eu compre?

— Seu tempero seria muito bom. — Eu sorri.

— Eu farei então, minha linda esposa.

— Komaweyo.

Ele se levantou e foi para cozinha rindo, era mesmo muito carinhoso e atencioso comigo. Eu liguei a televisão e fiquei vendo um programa de variedades que estava passando, não demorou muito e eu comecei a sentir um delicioso cheiro vindo da cozinha.

— Meu Deus, que cheiro é esse? — eu gritei.

— Diga aos nossos bebês que estou quase terminando — ele gritou entre risos.

— Fique à vontade, demore o quanto quiser — eu disse, rindo também.

A comida dele era tão deliciosa quanto o cheiro que ela exala, meu marido tinha muitas qualidades que eu amava descobrir diariamente. Nós nos alimentamos muito bem e eu ajudei ele a organizar a bagunça que estava a cozinha. Sentamos no sofá da sala e ficamos conversando sobre nosso futuro, ainda faltava os seis meses e mesmo que nada pudesse atrapalhar nosso relacionamento que agora estava em status casal unido, tínhamos que resolver outras questões como o futuro de Jung Ah e o tio dele na Styleships.

Mesmo que eu quisesse colocar a megera para fora da empresa do meu pai, me fez ver que guardar maus sentimentos não trazia benefício para mim, e apesar de tudo, meu pai gostava dela. Decidimos que ambos ficariam na diretoria, mas seria o presidente da companhia, lugar esse que seria dele mesmo se não tivéssemos casados e eu trabalhando lá.

Passaram-se os meses e o dia esperado havia chegado, juntamente com as fortes contrações que me deixavam até sem ar, eu estava em casa com Ye Eun conversando sobre a próxima coleção do ateliê, quando senti a primeira dor. Fechei meus olhos por um momento e me levantei, então senti minha bolsa estourar, Ye Eun ficou mais apavorada que eu, parecia até que era ela a grávida. Eu a acalmei e liguei para , ele estava no jornal e também havia ficado apavorado, eu ri um pouco mesmo sentido as contrações e combinei de encontrar ele no hospital.

Ye Eun me ajudou a pegar minha bolsa e a malinha com as coisas dos bebês que eu tinha preparado há um mês, descemos pelo elevador e quando chegamos na portaria encontramos .

— O que está acontecendo? — disse ele, sem entender.

— Eles vão nascer — disse Ye Eun ainda fora de controle.

— Calma, Ye. — Eu olhei para , rindo. — A bolsa estourou e acho que estou em trabalho de parto. Precisamos de carona, por que sua irmã não vai consegui dirigir assim.

— Percebi. — Ele riu. — Até parece que ela é a grávida.

— Gente — ela protestou.

— Mas é… — Nem consegui terminar e senti outra forte contração. — Ai, acho melhor irmos mesmo, tem gentes querendo nascer.

me ajudou a entrar em seu carro, Ye Eun sentou ao meu lado, ele deu a partida e seguiu, não demorou muito e chegamos ao hospital, já estava na porta nos esperando com a enfermeira e o doutor Lee. Eu saí sendo amparada por que me ajudou a sentar na cadeira de rodas, enquanto íamos para a sala de parto o doutor Lee começou a me fazer algumas perguntas como se eu sabia o espaçamento de tempo das contrações, a esta altura da situação eu não conseguia saber de mais nada, as contrações começaram a voltar ainda mais fortes.

— Ahhhhhhh…. — Eu tentava não gritar, mas a dor era horrível.

decidiu ver o parto, ele ficou ao meu lado todo o tempo segurando minha mão, meu parto seria normal por indicação do doutor Lee, foram 18 horas em trabalho de parto até que finalmente os gêmeos nasceram. Aquele foi um dos momentos mais felizes da minha vida, tirando as dores e toda espera, ver o rosto daquelas duas pessoinhas lindas e pequenas com olhinhos puxadinhos, mais lindo ainda foi ver as lágrimas nos olhos de , o jeito como ele olhava para eles.

"Para prova nosso amor
Mesmo quando estou ferido, mesmo quando eu caio ela é a única
Que permanece do meu lado."
- From U / Super Junior


Depois de todos os procedimentos restantes, eu fui para o quarto onde ficaria e nossos bebês foram para o berçário. Ye Eun e foram me ver, já estava com um bouquet de rosas brancas e me entregou assim que eles entraram.

— Parabéns, omma — disse ele.

— Oh! Komaweyo. — Eu peguei o bouquet e sorri. — Onde está ?

— O appa coruja está no berçário — respondeu Ye Eun entre risos. — Eles são lindos, escolheram já os nomes?

— Sim, JinHo e Sunny.

— Oh, sério? — riu.

— Sim.

— Vamos, me dê isso. — Ye Eun retirou o bouquet da minha mão. — Tentarei colocar isso em algum lugar legal.

— Obrigada. — Eu sorri. — Por estarem aqui, acho que eu e não conseguiríamos sem ajuda.

— Nós que agradecemos — disse Ye Eun, ajeitando o bouquet na bancada perto da janela.

— Apesar dos contratempos, sempre desejei sua felicidade. — me olhou com aquele mesmo olhar decepcionado, eu desejada mesmo que ele fosse feliz também.

— Olá… — disse entrando no quarto. — Estão aqui.

— Sim, nós resolvemos deixar você ter seu momento paterno — respondeu .

— É inacreditável. — Eu sorriu transparecendo emoção. — Eles tem meu nariz.

Nós rimos dele, era visível a felicidade em nossos rostos. ficou detalhando cada traço de JinHo e Sunny, até que a enfermeira os retirou do quarto, pois eu teria que descansar para amamentar melhor. Ficamos somente dois dias no hospital, assim que todos os exames foram feitos ganhamos alta e fomos para casa. Eu já estava conseguindo caminhar melhor, mesmo com os pontos ainda não devidamente cicatrizados.

Como eu teria que fazer muito repouso, a mãe de se ofereceu para me ajudar a cuidar dos gêmeos, nós resolvemos contar a ela, poucos meses antes deles nascerem. Então ela iria morar com nós dois, eu estava nervosa com isso, essa seria minha oportunidade para me aproximar da minha sogra, a senhora Aha era simpática e educada, acho que ela gostava de mim.

Agora que estávamos mais tranquilos, e eu e autorizamos e Ye Eun a contar sobre os gêmeos. Eu queria ter sido uma mosca para ver a cara da megera com essa notícia, os dias foram se passando a muitas pessoas que conhecíamos estavam nos visitando para ver nossos filhos, a cada visita eu via como se enchia de orgulha ao falar sobre eles, nossos gêmeos.

O restante dos meses que faltava para completar os 5 anos finalmente passou, e novamente nos reunimos na sala de reunião da Styleships, desta vez com duas pessoas a mais, JinHo e Sunny. Eu segurei o riso quando Jung Ah fez aquela cara de inacreditável, quando viu os gêmeos, e segurou o riso quando o tio dele fez a mesma cara. Estávamos todos na presença do juiz, o advogado Han releu o testamento e assinou atestando o cumprimento da nossa tarefa.

Assinamos mais alguns papeis, e finalmente o advogado Han anunciou que éramos o herdeiros legítimos e donos de tudo que nossos pais possuíam. A partir daquele momento assumiria a presidência da Styleships, e como havíamos combinado o tio dele e Jung Ah ficariam na diretoria, e mesmo ao se aposentarem continuariam recebendo seus salários, tenho certeza que ambos ficaram surpresos com isso, mas sinto que esse seria um desejo de nossos pais.

Viramos essa página e começamos outra juntos, eu e nos casamos novamente, agora no religioso e ele colocou meu nome no registro da sua família. Nos mudamos novamente, iríamos morar na casa da mãe dele, assim ela iria me ajudar com os gêmeos quando eu estivesse no ateliê trabalhando com Ye Eun, e a senhora Aha não ficaria mais sozinha, essa era uma linda ideia do meu lindo marido.

Era sexta à noite, e havíamos completado sete anos de casados, os gêmeos iriam dormir na casa de Ye Eun com minha sogra. Sim estávamos sozinhos e sim estávamos no quarto, eu na varanda olhando o jardim e ele tomando uma ducha.

— Então, senhora , o que pretende fazer agora? — disse ao sair do banheiro.

— Não sei. — Eu estava debruçada na sacada da varanda, endireitei meu corpo me espreguiçando. — Você tem algo em mente?

— Hum — ele murmurou algo que não entendi.

— Afinal, é sexta e nossos filhos estão fora. — Eu voltei para dentro do quarto e quando o olhei. — Uau.

estava encostado na parede da porta me olhando, sem camisa somente com a calça do pijama como costumava fazer.

— Senhor , o que está pretendendo fazer? — Eu olhei para as linhas sinuosas do seu abdômen. — Por que sua sugestão está muito favorável.

— É. — Ele começou a caminhar em minha direção — Muito favorável?

— É. — Eu respirei fundo, senti meus batimentos acelerarem, ele ainda conseguia me deixar tonta e sem ar. — Extremamente favorável.

— Favorável, adorei essa palavra. — Ele parou em minha frente e colocou suas mãos em minha cintura e aproximando mais. — Saranghaeyo — sussurrou em meu ouvido.

Senti como se estivesse vendo estrelas, depois de sete anos e muitos acontecimento em nossas vidas, havia uma coisa que nunca tinha mudado, os beijos intensos de , e de como ele demonstrava que sempre me queria mais e mais, acho que a saída da minha sogra com as crianças era proposital. E aquilo foi realmente favorável à nossa vontade, aquela noite foi ainda mais quente e intensa para uma noite de inverno, e quem ligava para o inverno, nosso amor nos aquecia a cada beijo e carícia...

Nunca imaginei dizer isso, mas eu amo o meu destino, sou agradecida por ter em minha vida. E nosso status final: casal inseparável em noite de amor!!!!

“Baby, baby, baby, baby, baby, nunca vamos nos separar
Oh minha amada, amada, amada, amada, amada, eu realmente amo você
Garota, garota, garota, garota, garota, aquela que eu escolho é só você
Mesmo para minhas lágrimas, mesmo para os meus sorrisos pequenos, você sabe?
Isso tudo veio de você...

(Baby, baby, baby, baby, baby)
Eu sempre vou te agradecer e te amar.”
- From U / Super Junior

 

~The End~


N/A: Espero que tenham gostado...
Agradeço a todos que acompanharam, minhas dongsaengs Rafa e Nat que sempre pediam mais abs dos ultimates, kkkkkk... E convido a todos a lerem minhas outras fics aqui no Purple Line!!!
Komaweyo, e até a próxima história... Annyeong!!!!
Ps.: Aguardem a Oneshot especial de aniversário de 10 anos de casamento!!!!


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