STAY FOR BREAKFAST
por Frogs of Chocolate
Às vezes é difícil esquecer alguém, mesmo se só a teve por uma noite.
Gênero: Romance, Citrus
Dimensão: Oneshot
Classificação: PG-15
Co-autora: Nikki
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Capítulo Único
suspirou, recostando no couro frio da cadeira, enquanto a garota à sua frente continuava se esforçando para agradá-lo. Os lábios dela roçavam suavemente sua barriga nua. fechou os olhos.
Não importava quantas garotas, não importava quantas vezes — ele não conseguia pensar em ninguém além dela. Não importava que aquele não fosse o toque dela, assim que ele fechava os olhos, era ela quem o fitava com a avidez dançando nos olhos e um sorriso sedutor nos lábios.
Mas não dessa vez.
— Sinto muito — ele murmurou, abrindo os olhos. A garota à sua frente, naturalmente ela tinha que ser , ergueu os olhos para ele, surpresa.
— Não estou indo bem? — ela perguntou, lágrimas brotando de seus olhos. revirou os olhos.
— Você não é ela — ele disse lentamente. Ela mordeu os lábios, subindo em seu colo.
— Eu podia ser ela — sussurrou em seu ouvido. lutou contra o impulso de rir da garota. Ninguém podia ser . Ele já tinha tentado aquilo.
— Sinto muito. É melhor você ir.
— Mas acabamos de começar! — ela choramingou, correndo uma mão trêmula para dentro da sua calça. se levantou sem aviso, fazendo a garota cair no chão. — Por que fez isso?!
— Eu disse que é melhor você ir — repetiu, a irritação fazendo seus olhos arderam com uma perigosa chama âmbar.
— Eu achei que você gostasse de mim! — ela gritou, chorando. Sua maquiagem pesada começando a borrar.
— Posso pagá-la, se quiser — ele disse simplesmente.
Não a culpou quando ela estalou um tapa no seu rosto.
Ela deixou a sala em uma rajada de cabelos , seus saltos metálicos estalando sobre o assoalho de madeira do apartamento dele.
suspirou e afundou na cadeira. Ele pegou a garrafa de whisky e sorveu alguns goles profundos, se permitindo relaxar contra o couro frio, enquanto as memórias inoportunas começavam a envolvê-lo. Não importava o quanto tentasse, ele nunca conseguia escapar dela.
—✰—
— Feliz Ano Novo, .
Foi todo o aviso que ela deu antes de puxá-lo pela gravata e lhe dar um beijo que o assombraria constantemente em seus sonhos. Mesmo muito depois do gosto dela ter sido varrido de seus sentidos. Os lábios dela eram quentes, convidativos. Seu perfume, que mais tarde ele descobriu ser Black Rose, pairando ao redor deles numa pesada nuvem de sensualidade; enquanto ele se permitia, só dessa vez, não se importar se haviam repórteres por perto documentando todo o affair; ele se permitiu relaxar contra ela completamente.
— Bem, isso foi interessante, .
Ela o fez se sentir jovem e inexperiente, algo que nunca havia sentido, mesmo estando ainda na casa dos vinte. Ela o fez corar só de olhá-lo com um sorriso arrogante nos lábios macios. Seus cabelos estavam arranjados em cachos, macios espirais . O vestido prata que ela usava era positivamente pecaminoso pelo modo como o tecido roçava em seu corpo.
era o tipo de garota que podia vir de gola rulê e saia cotelê até o pé e ainda assim parecia que ela queria te comer de sobremesa. Lentamente. Lambendo os lábios languidamente; imperturbável e sem pudor do prazer que obteria disso.
— Quer sair daqui? — ela sussurrou, um brilho não-muito-inocente em seus olhos. Seus braços o tinham enlaçado possessivamente, demarcando seu território. A festa de Ano Novo, se poderia realmente ser chamada de festa, estava sendo oferecida pelos novos funcionários da Embaixada, um grupo bastante numeroso de velhos que andavam por aí como se tivessem uma vassoura permanentemente alojada em seus traseiros. Desnecessário dizer, tivera a esperança de uma fuga durante toda a noite. — Esses velhos decrépitos estão me enchendo o saco.
Ele deixou escapar uma risada; a escolha de palavras não era tão elegante quanto ele teria esperado da filha de um congressista. Claro, ele aprenderia mais tarde que família era uma palavra proibida no vocabulário de .
— Sem compromisso, prometo — ela acrescentou, de modo persuasivo, pressionando seus quadris contra os dele.
— Como posso dizer não?
Mesmo agora, ele não teria hesitado.
Aquela primeira noite foi de exploração apressada, ávida. A manhã chegou rápido demais; a luz do sol trouxe consigo a revelação de que em duas semanas, ele seria nada mais que um rosto qualquer na página social do Korean Diary ao lado de . O que tinha sido arriscado, ousado, especial para ele, não tinha passado de recreação para ela, algo que ela deixou bastante evidente quando partiu.
— Bem, foi satisfatório — ela disse, se espreguiçando languidamente, sem se importar que o lençol de linho estivesse embolando no seu colo, deixando-a completamente descoberta. Ele tinha simplesmente assentido, muito esgotado para falar. — Por que está tão quieto? Acho que me lembro de você sendo bastante desinibido durante a noite — ela o provocou.
— Engraçadinha — ele resmungou.
— Você vai sentir falta dessa engraçadinha — ela havia replicado, levantando-se para procurar suas roupas. Apesar da nudez, movia-se pelo apartamento dele como se fosse a dona do lugar. Ele a encarava, impressionado que alguém pudesse estar tão confortável e absolutamente confiante em sua própria pele. , ele havia decidido, era uma espécie de mulher completamente diferente.
— Quer café-da-manhã? — ele perguntou, desacostumado a acordar com alguém ao lado.
Ela soltou um tipo estranho de riso, encarando-o como se ele estivesse completamente fora de si. Então, uma espécie de sorriso indulgente adornou seus lábios, ainda escuros com os resquícios do batom que ela havia passado na noite anterior.
— Sem compromisso, lembra? — Ela zombara, indo buscar um par da sandália alta prata do outro lado da cama. — Isso pode ser duro para suas sensibilidades nobres de diplomata, mas esse foi um caso de uma noite, querido.
Ele a fitou, sem graça.
— É só um café-da-manhã.
— É, e depois será só um almoço, só um jantar... só um encontro — comentou, seus lindos olhos olhando para o céu. — Não, obrigada. Você é um cara maravilhoso, mas não, obrigada.
tentara dissimilar seu ego que tinha sido completamente esmagado debaixo dos saltos dela.
— Como quiser.
Ela rolou os olhos novamente.
— Se continuar me encarando assim, talvez eu nunca saia daqui — ela riu.
Ela parou na porta.
— Eu te ligo — mentiu, sua voz com um pequeno toque de ironia. Por um momento, somente quando estava fechando a porta, o olhou como se quisesse dizer algo mais; estava visível no lampejo de incerteza em suas feições. Então, ela gritou um casual e apressado “Ciao” e se foi.
Foram semanas de lavanderia até finalmente conseguir tirar o maldito cheiro do perfume dela dos seus lençóis.
—✰—
foi interrompido de seus pensamentos por uma batida na porta. Ele suspirou e pousou a taça de Odgen’s sobre o tampo da mesa antes de levantar para atender a porta. Ele supôs que seu ‘caso’ tivesse esquecido algo... ou quem sabe ela tivesse voltado para agredi-lo mais um pouco. Ele não a culparia.
Ela abriu a porta e pestanejou por alguns instantes. Era oficial; ele tinha bebido além da conta.
— Erm, oi — murmurou a aparição. — E aí, vai me deixar entrar?
Ele simplesmente encarou-a em descrença. Estendeu a mão para tocar um de seus cachos e ficou pasmo quando pôde de fato sentir o cabelo macio entre seus dedos. Os olhos estreitaram-se para ele em suspeita.
— Esteve bebendo, ? — ela perguntou, empurrando-o para poder entrar no apartamento. Como de costume, parecia que ela era a dona do lugar.
— ? — Ele fechou a porta atrás dela.
— Bem, isso é bom, imagino. Por um momento, achei que você não tivesse me reconhecido — ela comentou, petulante como sempre.
a encarou. Ela estava usando um vestido verde impossivelmente curto, seus olhos estavam pesadamente delineados, e seus lábios estavam pintados com um batom neutro. A despeito daqueles adornos, parecia perturbada, desalinhada — tão diferente de como se lembrava dela, mas ele a reconhecera, claro. Como não reconheceria?
— Por que está aqui? — ele perguntou num impulso, passando a mão pelo cabelo sempre desarrumado. Ela estava se sentando em sua cadeira de couro preta, bebericando de seu copo abandonado de whisky. Ela encolheu os ombros, fazendo uma das alças do vestido deslizar pelo ombro nu.
— Minha companheira de quarto me expulsou essa noite — explicou com um pequeno sorriso. — O cara com quem eu estava acabou se mostrando um idiota.
notou as nódoas escuras de dedo em seus braços e uma inesperada pontada de raiva surgiu dentro dele. notou a reação dele, e seu sorriso se alargou.
— Relaxa, tigrão. Eu dei um jeito nele. Um mulher solteira não vai muito longe sem aprender um truque ou dois.
— Acredito nisso — comentou com um sorriso suave, divertido; o pensamento de batendo em quem quer que tivesse deixado aquelas marcas fez com que ele se sentisse um tanto orgulhoso dela.
— Eu só preciso de um lugar para passar a noite, isso é tudo — ela explicou. — Espero que você não se importe...
Era surreal para ele vê-la parecendo tão vulnerável.
— Ok, sem problema — murmurou. Possivelmente deveria ter negado, mas velhos hábitos, tais como cortesia, se mantêm inflexíveis. — Vou ajeitar o sofá, e você pode dormir no meu quarto. — Não queria que ela pensasse que ele esperava algo dela; o que, firmemente lembrou a si mesmo, ele não esperava.
Ela sorriu pra ele, levantando-se.
— Você é um doce — disse em agradecimento. enfiou as mãos nos bolsos e cravou os olhos no chão.
— Se você acha… — murmurou. O sorriso dela diminuiu um pouco.
— Não é uma coisa ruim — sussurrou, sem olhar para ele. Ele se recusou a interpretar algo do que disse. — Você se importaria se eu tomasse um banho? Eu ainda posso sentir aquelas mãos nojentas em cima de mim — ela murmurou. As mãos de cerraram-se de raiva, e ele ponderou, por um insano momento, se conseguiria que ela contasse quem tinha feito aquilo, e então ele faria um pouco de justiça por conta própria.
— Claro — disse firmemente, se perguntando se alguma vez seria capaz de dizer não a ela. — As toalhas estão embaixo da pia.
Dez minutos mais tarde, quando ela se colocou na frente dele com nada exceto uma toalha, desejou ter dito não. Ela endereçava a ele um sorriso suave, seus cabelos caíam em cachos úmidos.
— Gostei do seu shampoo — comentou casualmente, virando a cabeça para poder sentir o cheiro de erva doce que permanecia em seu cabelo. — Cheira deliciosamente.
não pode deixar de pensar que ela devia associar aquele cheiro a ele. Ele se dirigiu para o sofá, assim ela não veria o sorriso levemente presunçoso que gracejava em seus lábios. olhou o sofá de maneira pensativa.
— Você vai mesmo dormir aí? — ela perguntou, sentando na cadeira favorita dele. deu uma olhada nela, mas rapidamente afastou o olhar quando percebeu como a tolha tinha subido pelas coxas quando ela se sentou.
— Uhum — ele resmungou, aborrecido consigo mesmo por olhá-la lascivamente; embora ela estivesse provocando e provavelmente tentando obter esse tipo de reação dele. sentia que tinha atravessado o suficiente àquela noite sem acrescentar os avanços indesejados dele.
— Parece terrivelmente desconfortável — continuou, aproveitando para observar a figura esbelta, enquanto ele se curvava para ajeitar mais uma almofada no sofá. — Há espaço mais que suficiente para dois na sua cama.
— Vou ficar bem — assegurou . estreitou os olhos quando notou o quanto os ombros dele haviam ficado tensos. Ela ponderou sobre quanto domínio próprio era necessário para ele agir tão gentilmente. levantou-se e caminhou até ficar de pé atrás dele, seus passos abafados pelo carpete.
— Acho que não — disse simplesmente, colocando uma mão nas suas costas. Ela sentiu seus músculos se retesarem, surpreso pelo contato. endireitou-se e voltou-se encará-la, os olhos estreitos.
— Qual o seu jogo, ? — ele perguntou lentamente, agarrando com força a almofada em suas mãos, como se fosse um escudo. Ela sorriu arrogantemente como se pudesse ler seus pensamentos.
— Você é um cara esperto — ela afirmou, tirando a almofada das mãos dele. — Tenho certeza que pode adivinhar.
— Caso de uma noite, lembra? — ele recordou, pegando a almofada de volta. O sorriso dela era quase predatório quando chegou mais perto.
— Eu quase nunca jogo de acordo com as regras — sussurrou.
— Você fez as regras — frisou nervosamente, recuando um passo. Ela colocou uma mão em seu peito.
— Eu as estou mudando.
Por mais que tivesse se preparado para o que estava por vir, ele não estava esperando o que aconteceu. Os lábios dela encontraram os dele, e o beijo não foi selvagem ou voraz como tinha esperado. Em vez disso, era suave, suplicante, como se ela estivesse pedindo permissão. Mas não era mulher de pedir por qualquer coisa.
Ele deixou escapar um gemido fraco, enquanto as mãos dela se entrelaçavam no seu cabelo. Soltou a almofada e permitiu que seus braços a envolvessem protetoramente. Ela se curvou para ele; só uma toalha entre as mãos dele e o seu corpo nu. sorriu durante o beijo antes de se afastar. Ela lambeu os lábios antes de falar.
— Ainda quer jogar de acordo com as regras? — perguntou, sutilmente se pressionando contra ele de um jeito que o fez prender a respiração. Um milhão de razões de porquê aquilo seria errado surgiram na mente de . Ele fechou os olhos, tentando raciocinar. se moveu novamente e as razões… as desculpas desapareceram, enquanto ele deixava escapar um gemido silencioso.
— Não — ele disse, finalmente. — Mas eu tenho uma condição. — O sorriso triunfante de congelou no meio do caminho.
— Mmhm? — questionou, cautelosamente.
— Você fica para o café-da-manhã — terminou, forçando-se a manter uma expressão séria. bufou, revirando os olhos.
— Não pode estar falando sério — murmurou, traçando um padrão intrincado na nuca dele com o dedo indicador.
— É só um café-da-manhã — frisou com um sorriso leve, soltando os braços como se estivesse prestes a se afastar. rapidamente colocou os braços ao redor dele e o puxou para mais perto. A toalha escorregou ligeiramente.
— Tudo bem — ela retrucou. sorriu diante da sua irritação, sabendo que ela estava provavelmente com medo de se tornar do tipo doméstico. — Vou ficar para o café-da-manhã.
— Bom — sussurrou antes de beijá-la novamente. Certo de que dessa vez seria diferente, se permitiu relaxar completamente e, possivelmente pela primeira vez, também.
~Fim~
N/A²: Espero que tenham gostado! ^^ Não se esqueçam de comentar e me avisem se houver algum erro! ;D
~Nikki
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