SUPER JUNIOR: Fingers, Tongue, Lips; by Lily


Fingers, Tongue, Lips

FINGERS, TONGUE, LIPS
por Lily
@JustAVitamin

Meu problema tem nome e sobrenome.
Kim Heechul é o nome do gay que adora acabar com minha sanidade.
Oh querido, ou tu vira 100% gay ou me joga na parede e me...
Apenas um desabafo sobre Kim Heechul.
Gênero: Citrus, Humor
Dimensão: Oneshot
Classificação: Restrita
Aviso: Heechul é fixo.

Beta: Nikki

ܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔܔܢܜܔ

 

Capítulo Único

 

Esse filho da puta quer acabar com minha vida só pode! Não sou obrigada a ver isso e ter que me fingir de parede, porta, cadeira, ou qualquer outro objeto.

, respira e se explique.

Então, sou , staff do Super Junior, Suju, Chupa Junyeo, como queira falar, trabalho aqui há um ano.

Os membros pelos quais sou responsável pela roupa, produção, acessórios, maquiagem e lá vai porrada, são: Kangin, Yesung, Sungmin, Henry e Heechul.

Até que é tranquilo, não reclamo, mas o pau quebra mesmo quando estamos em época de Super Show, é um inferno nos bastidores para trocar roupa, penteado, sapato, palmilhas, enfim.

Mas a correria não é o problema, já me habituei a isso.

Meu problema tem nome e sobrenome

Kim Heechul é o nome do gay que adora acabar com minha sanidade.

Oh, querido, ou tu vira 100% gay ou me joga na parede e me fod*. Me chama de touch screen e me toca, encarna o DJ e me mostre o talento dos seus dedos!

Pronto falei.

E além de ter nome e sobrenome, ele tem língua e boca e, meu deus, que língua e que boca!

Às vezes viajo naquela boca carnuda e perfeita, às vezes não, o tempo todo, confesso.

Fico pensando em como seria aquela boca me beijando, beijando minha boca, meu corpo, minha... Tá parei.

E eu poderia conviver com a dúvida de como seria esse gay me chupando, mas ele insiste em me provocar.

Sério, não estou brincando, e não estou vendo demais, essa bicha me provoca, eu sinto, pena que só a provocação, a boca dele que é bom, não sinto nada.

Só para não dizer que é coisa da minha cabeça, no dia em que fui apresentada como a mais nova staff, os meninos foram educados e me cumprimentaram normalmente e se afastaram para cuidarem de suas vidas de idol, ele esperou todos saírem e veio em minha direção andando lentamente mantendo contato visual, seu olhar dizia:

“Estou te enfeitiçando, , e agora todas as noites você terá sonhos molhados com minha boca e por mais que você peça a outros homens para te realizarem, não se sentirá totalmente satisfeita. Só eu serei capaz disso. Sofra, otária.”

E ao lançar o feitiço com o olhar se aproximou e com esses lábios feitos pelo demônio, afinal, Deus jamais lançaria uma tentação dessas no mundo, ele beijou minha mão demoradamente.

— Prazer em conhecê-la, , será um prazer trabalhar com você.

“Será um prazer você trabalhar em mim, filho de chocadeira.”

Devia ter falado isso, mas era meu primeiro dia no trabalho, então apenas grunhi, pois tinha perdido a capacidade da fala, corpo fraco e traidor, me deixando na mão.

— Também... prazer. Digo, será um prazer também.

O vagabundo riu da minha cara e saiu se achando.

— Miserável!

Então esse foi apenas o começo das dores, ou melhor, das não dores, meu sonho esse homem (oi?) me causar dor, de prazer, claro, afinal não sou personagem de fanfic de Crepúsculo que virou filme.

E sempre esse enviado das trevas para me fazer pecar em pensamento, me tentava, trocava de roupas na minha frente, me mandava colocar sua gravata sem se contentar em ficar parado, mas vinha se aproximando até que sua boca ficava na direção da minha.

Minha vontade era de puxá-lo pela gravata e lascar-lhe o beijo, mas, contudo, todavia, entretanto, era uma mosca morta que precisava de dinheiro.

E fora isso, ele ainda vivia encostando em mim sempre que passava, tinha necessidade de tocar no meu rosto, ou braço, ombro, sempre que falava comigo?

Tinha necessidade de me cumprimentar dando um beijo na mão?

Tinha necessidade de passar aquela língua pelos lábios?

Tinha necessidade de morder os lábios sempre que me olhava? Tinha? Não tinha.

Vontade de passar pimenta nessa boca dele, e quando ele colocasse essa língua desgraçada para fora arder até não poder mais.

Ou melhor, nem ia fazer efeito, quem come kimchi apimentado como café da manhã não terá problema com um pouco de pimenta nos lábios.

Como eu tinha inveja...

Não é do Gunhee, nem do Siwon, nem do Yunho, ou de todos os bofes que todas as pessoas desconfiam que ele se envolve ou se envolveu.

Na verdade, eu tenho sim, mas tenho uma inveja do cão da boca e da língua dele.

Mas o quê...?

Isso mesmo, tenho inveja porque a língua dele sempre toca a própria boca, a boca dele sente a língua dele.

Tá, sou estranha e parei com a loucura.

Mas que culpa tenho eu se queria essa língua na minha garganta e no meu útero?

Eu tento superar e colocar na minha cabeça que essa coca é fanta e ficar louca/doente/neurótica por outro, principalmente os que têm anaconda de estimação e curtam ppks.

Mas eu sinto do fundo da minha imaginação fértil e pervertida que esse infeliz corta pros dois lados, e com certeza já pegou mais mulher que os outros 14 do grupo, e ouso dizer, mais que os 14 do grupo, as da Amber e da Taeyeon.

Enfim, loucuras a parte.

Estou aqui com esse demônio do lado indo para o aeroporto, ele vai gravar um programa chinês e adivinhem quem vai ser sua única staff na viagem inteira?

Eu mesmo, a traidora de país na vida passada, tenho certeza que na vida passada era uma vadia destruidora de lares, maníaca por sexo, e nessa vim pagando meus pecados, cobiçar um sem respeito e nunca poder tê-lo.

Ele foi dormindo praticamente a viagem toda, já que na noite anterior farreou a noite toda com os amigos: Gunhee, Hongki, Jangsuk, e demais bichas famosas da Coreia.

Acabei adormecendo também e quando acordei senti sua mão em minha coxa. Mantive os olhos fechados sentindo sua mão ali.

Meu deus, como eu era carente, a mão sobre uma calça jeans e eu quase me derretendo.

Tenha mais amor próprio, , se valorize.

Eu não! É o Kim Heechul com a mão na minha coxa, mais pra cima que pra baixo, o mais próximo que já esteve da minha perseguida.

Ninguém me toca, só ele, claro. Me deixem surtar e me desvalorizar, amor próprio pra quê?

Quase que implorei para ele acordar e me levar no banheiro que tinha um serviço para ele, mas o comandante anunciando que estávamos quase pousando desviou meu foco.

Nessa semana, o segui todos os dias ao estúdio, o arrumava e produzia durante o dia e toda noite, pela janela do hotel, o via sair de táxi, para sabe-se lá Deus onde.

E eu ficava no quarto sozinha, lendo fanfics restritas com o nome dele e me auto consolando.

Oh, vidinha cruel.

E às vezes nem precisava de fanfic, fotos e gifs dele com língua de fora não faltam no google.

É só ir no Google pesquisar e pronto, prazer sozinha garantido.

Se um dia alguém visse meu celular estaria perdida, iam pensar que eu era uma stalker sassaeng.

E nessa noite de verão na China, não quis ficar em casa pensando besteira, resolvi fazer besteira, dei à doida, mas também ele me mandou um torpedo à tarde me mandando levar outra toalha para ele na sauna dizendo que a dele estava ocupada.

Pensei que estaria com outro homem e fui até desanimada, e ao entrar ele já estava com uma toalha enrolada na cintura, sentado e com as pernas entreabertas.

-ya sempre tão eficiente, como sempre é a melhor. — Levei a toalha até ele, e assim que parei em sua frente, ele levantou, tirou a toalha...

Espera, escrevi errado.

ELE LEVANTOU, TIROU A TOALHA DA CINTURA, ISSO MESMO, FICOU PELADÃO, ME DEU A TOALHA USADA E PEGOU A LIMPA DA MINHA MÃO. E A SONSA IDIOTA, TAPADA, BURRA IGUAL A UMA PORTA NEM SE MEXEU, FICOU P-A-R-A-D-A!

 

Podem trazer as pedras para a praça pública que estou indo até lá por livre e espontâneo merecimento.

— Obrigada. Essa estava suada — falou, sorrindo malicioso e passando a língua nos lábios.

Seu corno, claro que suou, é uma sauna.

Sua otária, claro que ele sabe que é uma sauna, só fez isso para te provocar.

Por isso peguei meu celular e inventei mil desculpas para o manager na Coreia me dizer aonde ele tinha ido e o segui até lá o mais piriguete que consegui, do tipo sexy sem ser vulgar. Mas ainda assim, vestida para dar para o Heechul.

Se conseguiria? Não sei, talvez, TOMARA! Mas fui.

Segundo o manager, ele estava em uma boate de Beijin, Pequim pros fracos, e era à fantasia, clichê, eu sei, mas me deixem.

Peguei uma máscara qualquer que estavam vendendo do lado de fora e pensei: Fud*u. Como vou achar esse cara de arroz no meio desse bando de china?

Mas estava contando com minha obsessão por ele para encontrá-lo e também com o poder de seu cabelo vermelho.

Meu Deus, esse cabelo vermelho divo, como eu “amadoro”, invejo, idolatro esse cabelo perfeito que ele tem.

Já amava castanho, mas aí para me deixar ainda mais doente, ele pinta de vermelho.

Foi um dia triste pros meus sentimentos vê-lo chegar do cabeleireiro com essa perfeição vermelho-sangue.

Gunhee, um beijo, meu amor!

Procurei pela boate inteira com esperança de que algum desses mascarados de cabelo vermelho fosse ele, mas conferi um por um, olhando em seus olhos — sim, eu chegava exatamente assim:

Ni-Hao (Oi). — Quando via que não era ele: — Duibuqi (Sinto muito).

Rodei de cabo a rabo aquele lugar, o xingando até suas futuras reencarnações. Meu pé estava me matando naquele peep toe. Mas eu estava determinada, o procurei inclusive no banheiro masculino e no feminino por via das dúvidas, mas nada do desgraçado.

O infeliz tinha passado a perna no manager e na staff otária; agora estava eu, cansada, pés mutilados, com fome, por que a sonsa não jantou antes de sair de casa e levou pouco dinheiro, o que tinha daria para o táxi e escolher entre beber ou comer, e olha, comida faz feliz, porém não afoga as mágoas.

Mandei descer uma dose de tequila, coloquei limão e sal na mão e entornei o primeiro copo.

— Ahhh... Sinto que posso viver, ou perder o fígado se continuar nessa vida. — Mas ainda mandei o segundo, o terceiro, o quarto,... até que perdi as contas, literalmente, bebi até o dinheiro do táxi.

Ferrou, agora teria que ficar por ali mesmo até a manhã chegar e ir de ônibus.

E mais uma vez, só para não perder o costume:

Oh, vidinha cruel.

Abri a bolsa já literalmente (totalmente, completamente) tonta, e tentei separar o dinheiro do ônibus em outro bolso, e...

Merda vezes merda elevada à décima potencia, porque miséria pouca é bobagem.

O dinheiro, celular e passaporte caíram no chão, pulei do banco de uma vez para catar tudo e guardar e o resultado:

Isso mesmo, mais merda.

Cai de cara no chão, a saia veio para barriga e os filhos do cão ao invés de me ajudarem pegaram os celulares.

Maldita tecnologia.

Aí sim pensei:

“Acabou vida, adeus faculdade, adeus morar sozinha em Seul, adeus novo emprego, adeus registro de família, adeus Coreia, adeus mundo.”

Com a foto da minha bunda exposta por aí não havia lugar na terra em que pudesse esconder minha vergonha, ou talvez até tenha: Espírito Santo, estado mais flopado do Brasil.

Mas ao invés de ver os flashes, senti algo cobrindo minha bunda, estava salva, ainda existem pessoas boas no mundo.

Ainda envergonhada recolhi meus pertences bem devagar, esperando que o povo voltasse a fazer o que estava fazendo.

E só assim, bem devagar voltei a me sentar, com o terno agora amarrado na cintura, então, a saia que eu pensei que tivesse levantado quando cai, tinha ficado presa na banqueta.

Salva pelo terno e pela máscara + cabelo bagunçado na cara suada.

Por isso o povo quis pegar o celular, até eu faria isso— mentira, não faria.

Fiquei com o terno na maior cara de pau, de ousada (morta de vergonha) nem procurei o dono, pedi a última dose de tequila com o dinheiro restante, tinha que manter a postura.

Coloquei com muito pesar o sal entre os dedos, espremi o limão e segurei o copo, querendo chorar. Bêbado é foda.

Respirei fundo, me despedi: adeus tequila, você me ajudou muito amiga latina. Te quiero.

E solenemente aproximei a mão da boca, porém senti uma mão no meu pulso afastando-o de mim.

— Não! — gritei, tentando puxar a mão, aproximar da minha boca outra vez. E quando abri os olhos, só tive tempo de ver uma cabeleira linda e vermelha se abaixando e chupando o tempero da minha mão...

Paraíso, apenas.

A boca dele em contato comigo, não um beijo na mão meus amigos, mas uma sugada. Fui ali morrer e já volto.

Depois ele pegou a tequila, que eu nem lutei, fraca demais para isso, e entornou na boca.

— Já deu de bebida por hoje não é, dona ? Já deu de bebida e confusão por hoje — falou o mascarado.

Ao ver apenas de camisa social e colete, cobri o rosto com as mãos, saí disposta a conquistar um gay e acabei saindo envergonhada.

Como eu amo minha vida.

— Vamos embora?— ele disse, tirando minhas mãos do rosto.

— Ah não, só mais uma dose. — Fiz cara de cachorro que caiu da mudança.

— Você está bêbada demais. Sério, sua cara e esse fedor de álcool te denunciam.

— Não é para mim — falei, colocando limão e sal outra vez entre os dedos. — É pra você, Kim Heechul.

Estava bêbada e humilhada, mas também desavergonhada e, como já disse, sem amor próprio.

Ele pediu outra dose e outra vez, encostou os lábios na minha pele. Fechei os olhos realizada, podia ser a última vez que isso acontecia, já que staffs que se engraçavam com os idols era demissão na certa, e tenho certeza que o Heechul não iria querer uma louca perto dele, e com razão.

Se pelo menos eu fosse macho poderia ter uma chance, porém não era, se conforme.

O que podia fazer era aproveitar esse pequeno momento e pedir para, na próxima vida, vir em forma de homem, bem gostoso. Mas do jeito que era azarada ele viria uma mulher sapata, ou um hetéro homofôbico.

 Mas como prometi que seria a última, segurei sua mão quando ele a estendeu e me ajudou a sair da banqueta, fui andando me escondendo atrás dele, já que o terno só escondia parte detrás.

Ele levava minha saia rasgada na mão, mas assim que alcançamos a rua, a jogou na primeira lata de lixo que viu.

— Que desculpa foi aquela que deu para o manager?— perguntou, já dentro do táxi, eu me mantive o tempo todo olhando pela janela aberta. — O quê? Eu esqueci meu remédio de gripe e saí? Sabe o quanto ele me repreendeu por fazer a pobrezinha da staff sair do seu momento de descanso para me procurar em uma boate? Hum?

— Não. Não sei.

Estava começando a ficar enjoada.

— E eu já estava em outra festa quando ele me avisou que você estava indo para aquela boate e eu tive que deixar meus amigos e ir te procurar numa boate com todo mundo mascarado. Se queria tanto assim me ver era só falar.

Convencido de merda, e pior, com razão.

Pode se achar, você pode.

— Me desculpe por estragar sua noite — falei, me fingindo arrependida, já que nem remorso passou por mim, imagine arrependimento.

— Não precisa se desculpar — senti sua voz amenizando e ele começar a gargalhar, o olhei assustada, ops, rápido demais, senti tudo rodar. — A festa estava um saco, todo mundo falando em chinês e eu sem entender porra nenhuma. Quando chego na boate te vejo igual a uma louca parando todos os meus seguidores de cabelo vermelho e depois entrando no banheiro masculino.

— Oh merda! — sussurei.

— E depois no banheiro feminino, que aí sim eu ri como um louco. Mas nada se compara a você caindo de cara no chão e melhor, sem saia. — Ele gargalhava, ferindo meu orgulho.

— Você é mau.

— Não sou mau, você que é engraçada. Se eu fosse mau não teria te coberto e ainda pegado o celular para filmar seu traseiro. E ainda usaria o vídeo para me masturbar na falta de playboy.

— Como se você curtisse isso! — falei, debochada.

— Ué? Não curto?— perguntou, estreitando os olhos e mordendo o canto do lábio inferior.

“Não faça isso, demonia, estou tentando ganhar um pouco de respeito aqui.”

Mas o cão é ardiloso e veio se aproximando, me deixando a poucos centímetros de sua boca.

Não sabia o perigo em que estava se metendo ao deixá-la tão próxima assim.

Alguém avisa pra ele que sou doente nessa boca. Ou melhor, não avisem.

Ou melhor, nem precisam avisar, ele sabe, sempre soube e por isso estava me testando assim, mas eu sou fraca, fraca, não aguento isso não, ainda mais com álcool na veia.

— Não curto, ? Tem certeza? — E o desgraçado parou.

Continue vindo vagabundo, tenha a decência de concluir isso.

— N-n-não. É o que dizem as más e boas línguas — consegui dizer.

— E o que a sua língua diz, ? — me provocou.

Aí como eu odeio/amo/mato e morro por ele.

— A minha?

— Sim, a sua?

— Ela... hum... ela diz que... — Eu só sabia piscar os olhos feito bunda de vaga-lume.

— Chegamos — falou, se afastando, s-o-r-r-i-n-d-o.

Vaco.

Heechul me ajudou a sair do carro como um filho da put* que era, digo, cavalheiro.

E me ajudou a chegar até o meu quarto, me levou direto para o banheiro e me colocou ajoelhada em frente do vaso, e meu cérebro bateu um fio para meu estômago, que despejou tudo que havia ingerido nas últimas horas, álcool.

Heechul saiu fechando a porta, nem pude xingá-lo, não gostava nem de vomitar, ainda mais ver alguém fazendo isso.

Provavelmente estava nesse momento ligando para o manager, cavando minha cova.

Parabéns, , você conseguiu estragar tudo.

Aproveitei que estava no banheiro e após escovar os dentes, tomei um banho gelado, me punindo e me purificando.

Só me punir mesmo, para me purificar só banho de sal grosso e sessões de descarrego.

Saí de roupão pensando em algo bem calórico para comer.

— Ah meu deus! — disse, levando a mão ao peito, quase mijada de susto ao ver o Heechul sentado em uma poltrona próximo à janela, com as mãos unidas e pernas cruzadas.

Aristocracia inglesa estava perdendo esse lorde.

— Calma, , sou eu e não o Jack estripador — disse e depois apontou a mesinha a sua frente, e só nesse momento vi a comida. — Coma.

Sentei na cama de pernas cruzadas e me servi de yakisoba primeiro, depois o kimbap, não era bem a comida que queria, mas servia.

Peguei o saquê, mas ele tomou da minha mão e me estendeu o copo de água.

Maldito.

— Eu amo sushi — falou, colocando o salmão na boca perfeita e ainda ousou sorrir. — Adoro peixe — disse, erguendo a sobrancelha e mais uma vez sorrindo.

Maldito, mil vezes maldito.

Continuou comendo o salmão, ora passando no wassabi, ora passando molho shoyo. Ele estava me tentando, era evidente. Não era?

— Tão gostoso — disse, passando a língua nos outra vez lábios, eu estava tão hipnotizada que sorri feito uma pateta e engoli a saliva.

Sim, sociedade, me julgue, minha boca encheu d’água, literalmente.

volte a seus sentidos!”

Ouvi meu cérebro gritar, corri para o banheiro, lavar o rosto.

Me olhei no espelho  e me repreendi:

— Mulher louca, se controla, e volte para lá a mulher madura e forte que nunca foi na frente dele.

— Você está bem? Enjoou outra vez? ­— perguntou quando saí do banheiro, se levantando e vindo em minha direção, que comecei a andar para trás. Até que parei na parede, cercada por ele. — Estávamos falando de algo muito interessante no táxi.

— Estávamos? Nem me lembro.

Se poupe, .

— Sim, acho que sobre minha sexualidade. Se não me engano.

— Passado é passado. — Sorri sem graça.

— Pena que pense assim... — disse, fingindo tristeza enquanto tocava nos meus lábios com sua mão, enquanto a outra se apoiava na parede.

— Por quê? — choraminguei.

— Você me ofendeu. De verdade, agora ficará sem a sobremesa.

— Não! — disse, agarrando sua mão antes que ele tirasse de perto dos meus lábios. Beijei seus dedos desesperada, o fazendo sorrir de mim.

— Você quer que um gay faça algo com você? Enlouqueceu? — disse, puxando sua mão, mas sabia que ele estava apenas me provocando.

— Por favor! — Sim, eu implorei, me apedrejem, mas pelo menos adiantou. Ele não me torturou muito, achava que teria que me ajoelhar, e eu faria isso, caso precisasse.

Ele abriu meu roupão, me analisou e me julgou.

Viado.

Mas estava no fundo do poço, numa carência dele que já durava um ano, precisava matar minha vontade, para que orgulho?

Deixei cair o robe e o beijei.

Ai, meu deus, beijei o Heechul.

BEIJEI O KIM HEECHUL!

JÁ PODEM LEVAR MINHA ALMA!

Apesar de eu ter começado a beijá-lo, ele assumiu o controle, segurou em minha nuca e me deu um tremendo desentupidor de pia. Que desentupidor de pia!

Sério, poderia morrer naquele momento, o beijo que eu sempre sonhei em ganhar, estava rolando há tempos e não via previsão de parar, mas acabei me afastando para respirar, ou morreria mesmo, por falta de oxigênio no cérebro.

Ele sorriu da minha cara e voltou a colar os lábios nos meus, e depois procurou minha língua, não resisti e sorri, o fazendo parar e sorrir da minha cara.

— Malva... — isso, a grande estrela do universo me cala com um beijo e me joga nessa cama.

Agora não me deixe aqui na cama pelada sozinha, vem pra cima e faz o que tem que fazer, seja homem, por tudo que é mais sagrado, seja homem!

Ele se deitou em cima de mim, vestido.

Corno.

E me beijou ainda mais.

— Meu pescoço agora — pedi.

Nossa, estava descendo morro abaixo, pedinte, indigente, mendigo.

— Como quiser — disse, colocando a boca no meu pescoço.

Só digo uma coisa, ligou em cima, ascendeu em baixo.

Disparei o alarme de baixo, alguém me socorre, chama o samu, para ele, lógico, vou dar canseira nesse bastardo, me vingar os 365 dias que passei o desejando.

Ele beijou o outro lado de meu pescoço, como se meu pescoço fosse uma língua, chupando, parecia um vampiro sugando sangue.

Eu empurrei sua boca para baixo e me obedeceu, beijando meu ombro, colo e...

Isso mesmo, sigam a sequência, meus seios, e ficou, sugava um, sugava o outro, eu nem fiz questão de segurar gemido, gritei mesmo, que batam na minha porta para reclamar, mas batam amanhã, obrigada.

— Continue... — Olhem a mendiga voltou, digam oi.

— O que quiser, . — Ai, como eu te amo, cara, casa comigo. Ok, não exagera, mas então seja pelo menos meu amante, continuei exagerando. Ok, então faça pelo menos a caridade de fazer isso pelo uma vez ao ano.

Ele continuou descendo ao infinito e além, e eu subindo, subindo, subindo.

Senti meu corpo flutuar quando ele apenas roçou de leve a boca, me arrepiando até os fios já depilados.

Ele sorriu e voltou a roçar.

— Desgraçado.

Ele sorriu e então...

NIRVANA.

Minha alma saiu, me senti deixando aquele corpo por uns segundos, para depois voltar e sentir meu corpo tremendo de prazer, e fazendo muito escândalo.

Heechul continuava a me beijar e sugar, enquanto prendia meu quadril contra a cama, e o primeiro orgasmos de muitos que planejava chegou.

Relaxei na cama curtindo aquela sensação de felicidade, não sei como o GD se sente fumando orégano, mas acho que é parecido com isso. Paz, felicidade, outro plano. Quem precisa de orégano quando se tem sexo oral? Só a pizza mesmo.

— Again — pedi, rainha dos mendigos passando.

— Again? — sorriu, cansado. Cara, tu não fez nada, tome vergonha seu velho.

— Again and again and again and again — cantarolei a música do 2PM, o fazendo sorrir.

Voltei a dobrar minhas pernas e começou a me beijar pelas coxas, sempre descendo, eu já ria, antecipando minha felicidade.

Mas dessa vez ele apenas beijou levemente e se ergueu, e eu como uma pessoa madura, protestei, fiz birra.

Ele só sorriu, debochado, e mostrou a mão, me fazendo sorrir.

— Pode ser também — concordei.

Sua promíscua, vulgo safada.

Ele trabalhava bem com os dedos também, e como trabalhava bem. Pensei enquanto ele enfiava os dedos dentro de mim e...

Espere minha alma voltar para dentro do corpo outra vez.

Agora espere ele parar de tremer.

Agora... esquece, não lembro mais nem do meu nome.

Ele se deitou ao meu lado, apoiando a cabeça com o braço, enquanto contornava meus mamilos, parecia uma criança com um brinquedo.

E por falar em brinquedo...

— Heechul, não posso ter outra rodada?

— O que quer dessa vez?— disse, olhando para mim.

— Meu terceiro orgasmo. — Sim, eu disse isso. — Mas com... — falei, apontando seu membro dentro das calças, ainda, palhaçada.

— Vai sonhando, .

— Mas por quê? — até me sentei, indignada. — Começou termina.

“Está achando que isso aqui é bagunça?”

— Você começou, não eu.

— Eu?

— Sim, quem se pendurou no meu pescoço foi você.

— Mas porque você me tentou.

— Eu? — disse, fechando os braços sobre si, e fazendo cara de indignado.

Vagabundo, desgraçado, ordinário.

— Ok, vamos supor que a culpada sou eu, você não pode continuar de onde paramos? — perguntei, mudando de tática, atuando fofa.

— Não, não podemos. Sou gay, lembra? Ou seja, ele não gosta disso — falou apontando para minha vagina. — Desculpa. Agora eu preciso ir. Deu vontade de transar e não tem quem me coma. Boa noite, , ah e troque os lençóis, estão muito molhados, você pode pegar um resfriado. Durma bem, espero que tenha te ajudado.

— Vai-se-fud*r.— falei, respirando fundo, tentando achar alguma dignidade.

— Vou mesmo, já que não tem nenhum macho para fazer isso por mim.

E saiu sorrindo, me deixando um grande ponto de interrogação:

O que eu estava sentindo nesse momento?

Êxtase? Depressão? Felicidade? Vergonha?

Tudo isso e mais um pouco? Sim, tudo isso e mais um pouco.

 

Algumas horas depois num avião com destino à Coreia

Fingia que dormia ao lado dele, com um grande óculos escuro na cara, aparentemente ainda tinha emprego, apesar de não ter dignidade, mas ok. Aceito isso.

O olhava de canto de olho desde que nos encontramos no saguão do hotel, e sempre que fazia isso, via seu sorriso de deboche.

Bicha má, vingativa, vadia.

Mas, , pense no lado bom, essa boca carnuda e linda que está babando nesse momento enquanto olha “disfarçadamente” já esteve em seus lábios, nos dois, então não se abata.

Como não? Eu nunca mais vou ter isso de novo.

Essa língua que passa em seus lábios.

Essa boca carnuda e gostosa.

E esses dedos, meu deus, esses dedos.

O que fazer?

Como sobreviver?

— Quer parar de me cobiçar? Estou me sentindo um frango rodando no forno.

— Desculpa — falei, cabisbaixa, olhando pela janela do avião, tentando achar algo interessando no meio das nuvens, sem força nem para brigar com ele.

— Está perdoada, — falou tocando minha perna, que dessa vez estava com vestido, num tecido leve, sim, sou dessas iludidas, vai que...

Senti seu toque e fechei os olhos e aproveitei talvez um dos últimos toques dele tão perto da...

Cala a boca do pensamento, , se recomponha.

— Obrigada por me perdoar.

— Já que resolveu ser obediente, vamos ali no banheiro.

— Banheiro? Fazer o quê...? — olhei para ele, que sorria com malícia enquanto segurava minha mão, comecei a sorrir com ele e agarrei forte sua mão.

Estava indo mais uma vez para as nuvens, literalmente.

~Fim~


N/A: Desde sempre tive tara na boca do Heechul, mas em uma dessas madrugadas de insônia, surgiu a fic.
@JustAVitamin


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3 comentários:

  1. O que acontece quando uma petal louca maluca, tarada na boca, língua e dedos dele(sim, isso me descreve tbm, adoro até as mãos extremamente lindas do Chull) chega aqui e vê uma fic com o Heechul? Isso mesmo um pré infarto antes de ler a fic, que convenhamos está muitíssimo interessante e quase me deixou sem respirar, adorei essa fic.

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  2. Eu tive o privilégio de ler esta fic em primeira mão e só posso dizer uma coisa: Amigaaaaa Ameeeeeeeeei!!! Ri do inicio ao fim e sério, impossível n surtar com esses dedos, língua e boca. Ate eu que não sou petal, me tornei depois dessa kkkkkk

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